E depois de um bom tempo de espera, olha só se Digimon não está de volta. Mas espera, o retorno é com o episódio 4, e antes dele vem o episódio 3 e o 2. Além do primeiro também, é claro, mas este já ganhou primeiras impressões na temporada passada. Então vamos relembrar os dois últimos antes de tudo.

Na verdade eu não irei falar tanto sobre os episódios. Até porque eles são mais para criar um início mais agitado e atraente para os novos telespectadores, e ao mesmo tempo trazer algo novo e intrigante para os antigos. O que foi uma ideia interessante.

Na realidade, como fiquei sabendo recentemente, aquele início é meio que uma adaptação do filme “Digimon Adventure: Bokura no War Game!”, e até foi bem colocado. Mas que inevitavelmente irá alterar a lealdade do remake ao anime original, aliás o futuro da nova adaptação é um grande ponto de interrogação.

Mas eu gostaria de fazer jus ao título do artigo e “relembrar” o que é Digimon. Primeiro de tudo sobre a minha própria experiência, e depois colocar rapidamente o anime antigo e o novo lado a lado.

Primeiro, eu nunca joguei os jogos de Digimon e como já disse não vi o filme “Bokura no War Game!” e por isso mesmo fiquei bem perdido com esse início. Mas minha primeira experiência com a obra foi com um filme.

O “Digimon Adventure Movie”, que por sinal se passa antes do anime “Digimon Adventure”. Eu me encantei de imediato, mas nada comparado com o anime que veria alguns anos depois. Gostei tanto do anime que cheguei a assistir ele outra vez já um pouco mais velho, e em ambas as vezes foi dublado. Ver em japonês está sendo bem interessante e estranho ao mesmo tempo.

Vi alguns animes e filmes da obra, e tirando o Digimon Adventure 02 nenhum deles vi por inteiro. Na verdade uns deles eu vi só alguns episódios soltos. Como o Digimon Savers, Digimon Tamers, Digimon Frontier e alguns filmes do Digimon Adventure tri, e só. Mas nenhum, nenhum deles ao meus olhos se compara ao primeiro.

Tanto o mundo é completamente vivo e a ambientação é incrível, como os personagens e suas interações são ainda mais incríveis. Eu diria que esse é a alma do anime antigo, e toda a sua graça está na união e relação dessas duas coisas. Por sinal, nunca mais se viu um mundo e personagens com tamanha força em um mesmo anime da franquia. Claro, essa é a minha opinião do que vi.

Agora sobre os episódios, o que complicou tudo foi esse início. Pois ele deixou claro que a intenção aqui não é sair copiando e colando tudo exatamente da mesma forma que no anime anterior. Muito pelo contrário, ele abriu caminho para algo completamente novo. Agora, o quão novo e original isso será, somente o tempo dirá.

Claro que esse início também acabou falando com uma nova geração, então apresentou um conflito logo de cara, com criaturas maneiras para todos os lados, tenção, míssil intercontinental, o tempo passando e os segundos sendo contados, etc. Algo bem diferente do início do anime anterior.

Mas enfim, além dessa parte completamente agitada no final nós retornamos para um clima mais calmo. Até mesmo alguns dos outros digiescolhidos apareceram, como a Sora que é uma das minhas personagens favoritas do anime antigo. E não vejo motivos para não ser desse também.

Uma coisa que esse início acabou fazendo, e isso é muito interessante, é dar certa atenção para a Kari. Ela será uma personagem muito importante, mas que infelizmente no anime antigo acabou sendo inserida no grupo somente um bom tempo depois.

Agora, como a adaptação alterou o início tivemos a chance de ver mais sobre essa personagem. Claro que não é muita coisa, mas vai ser legal para quando chegar o momento dar aquela sensação de que aquilo já havia sido trabalhado lá atrás. Ponto para o remake.

Além disso logo ao fim desse episódio foi mostrado o digimundo. O que me deixou muito feliz, pois é bom relembrar o que é o digimundo. Aquela apresentação dos primeiros episódios não tem como agradar, só passou por ser algo especial, um início diferente que vinha antes da real aventura.

Aquele que nós vemos no final sim é o digimundo. Bem, muito se perde por causo do estilo de animação, mas desde que consiga passar uma sensação e uma ambientação próxima àquela do anime antigo já estará de bom tamanho.

Mas claro, o anime não precisa seguir exatamente como o antigo. Só espero que ao menos mantenha tudo aquilo que há de melhor em Digimon. E olha, há muitas coisas.

  1. Imagino que depois de sacar a referência a um dos filmes da franquia e ver o andamento dos episódios já passados (vendo análises de quem entende da franquia), a impressão é que o anime quer sim agradar os fãs de longa data, sem esquecer dos novos que estão assistindo. Quando houve o anúncio do anime, fiquei de pé atrás, muito pelo histórico da franquia ser entre altos e baixos; penso que a ideia de um reboot tenha vindo do “sucesso” dos filmes de “Digimon Adventure Tri” que fez o público readquirir gosto de novo pelas criaturas digitais e que o estúdio tem aprovado criar novas versões de obras que ainda tem fanbases firmes. Resultados que também já demonstraram falhas e este é o meu maior medo quanto a esta animação: espero que as referências não estejam lá para impressionar e sim, mostrar o quão diferente a série pode ser.

    Se valeu a pena ver? Penso que sim, convenceu, agora é esperar que o reboot não caia na armadilha de querer ser muita coisa em pouco tempo e sim que crie uma nova aventura, no mínimo, decente e faça jus à fama que “Digimon” tem. E sem hype, porque isso pode prejudicar a experiência desta nova animação.

Deixe uma resposta para Escritora Cancelar resposta