Sono Bisque Doll wa Koi wo Suru – ep 7 – Home date
Quando se fala em dinheiro até tsundere muda o tom, para vermos como mesmo arquétipos podem ser racionais. A Juju é uma gracinha que acrescenta ao anime não só pelos clichês divertidos que traz consigo e sua fofura irresistível, mas também pelo quão boa é como cosplayer.
E se nesse episódio não vimos novas roupas, interações em novos cenários e com novas personagens tomaram a tela e mostraram facetas bem divertidas e reconfortantes do anime, que evolui em todos os seus aspectos e sem abrir mão de elementos que têm dado certo até aqui.
Antes de mais nada, por mais que o Gojo seja um cosmaker que procura conhecer o “objeto” de seu trabalho “a fundo”, a gente sabe que o empréstimo dos discos e a ida dele a casa da Marin para pegá-los foi também uma desculpinha da garota para se aproximar do crush.
A Marin tem se encantado cada vez mais com o Gojo e com ele não foi diferente, mas nesse momento da história o que vemos é uma influencia diferente, que vai além do charme e do desejo carnal e tem raízes mais profundas, afinal, mesmo sem praticar o garoto melhorou em seu ofício.
Alguma influência dela e do mundo que ela está abrindo para o Gojo tem, afinal, foi o único fato novo que aconteceu em sua vida nos últimos tempos, além das coisas se relacionarem, preparar roupas de cosplayer e fazer maquiagem é um laboratório para fazer bonecas mais realistas.
E nesse laboratório o Gojo só tem ganhado, tanto que ainda tem a sorte de ser contemplado com o fanservice que a Marin lhe oferece de vez em quando, que ela pode muito bem ter dado a entender que não a incomoda, mas se não incomodasse mesmo ela não teria se coberto, né.
Com o quão mais ela for se tocando dele como interesse amoroso, mais deve ir se envergonhando por coisas que antes deixava passar numa boa. Em todo caso, o importante foi o que dá título a este artigo, o “home date” sem querer querendo que os dois acabam tendo.
Foi muito fofo ver as reações dela depois que ela se dá conta do que está fazendo, e eu entendo sua insistência em preparar a comida, a casa é dela, é uma questão de cortesia. O trecho de avental já foi um fanservice exclusivo nosso e que foi divertido a sua maneira.
Além disso, em um romcom sempre é importante trabalhar com a quebra de expectativa e a demonstração de qualidades de um personagem para o outro, o que toda essa sequência explora bem, pois o Gojo acaba é gostando da comida, o que faz a Marin ganhar “pontos” com ele.
Acho muito fofo a forma como a Marin fica animada quando está perto dele, quando o observa e se dá conta de suas qualidades. Acho só que está faltando um pouco isso por parte do Gojo, pelo menos sem envolver o ecchi que faz palpitar seu coração. E eu nem falei do quarto, né?
A Marin parece um otaku tiozão que adora garotas fofas e sexys, tendo até dakimakura de personagem de eroge, o tipo de coisa que pegaria muito mal para homens, mas não pega tanto para mulheres, pelo menos não quando elas se impõem como a Marin faz magistralmente.
Outra figura de personalidade é a Juju, que já tem todo o rascunho de sua roupa pronta e bateu um papo legal e instrutivo com o Gojo, que sim, ela claramente reconheceu como um prodígio pelo que conseguiu fazer em uma primeira experiência e sem alguns conhecimentos básicos.
Tem progredido bem a relação da dupla com a cosplayer, tanto que eles marcam de se encontrar para decidir mais detalhes e conhecer uma irmã que é um verdadeiro contraste com a Juju. A mais velha é menor e mais arrojada, enquanto a mais nova é “maior” e mais reservada.
O tipo de extremos que funcionam melhor em animes com a pegada cômica que Sono Bisque Doll tem, mas que tem também a capacidade para explorar essas características e dialogar com as vivências dos personagens. Na melhor das hipóteses isso é utilizado a fim de aprofundá-los.
Não é porque são coadjuvantes que não possam acrescentar a trama, né? Diria até que a falta isso, personagens diferentes, situações diferentes, que não deixem de dialogar com as personalidades e ações dos protagonistas, mas não reduzam a história apenas a eles.
Por fim, foi um episódio com um charme diferente, pois trouxe coisas novas a trama com a perspectiva de serem mais aproveitadas. Achei um exagero o busto avantajado da imouto, mas a gente sabe que é proposital e não é como se esse tipo de “contraste” fosse algo novo.
É claro que o anime não se apoia só nesse fanservice safado, então mal posso esperar para ver as novas roupas, mas, principalmente, conhecer mais coisas sobre a arte de fazer cosplay que posso aprender com esses personagens tão empenhados por aquilo (ou aqueles) que amam.
Até a próxima!