Legend of the Galactic Heroes: Die Neue These Collision – Julian vai à guerra – Primeiras impressões

Minha falta de memória não me permite lembrar muito como estava o anime quando ele parou, mas uma bola já estava sendo cantada e era a do Julian no exército. Se toda nova temporada é um novo começo, então vamos ver a história sob os olhos de quem adentrou o primeiro plano.
Foi só impressão minha ou a qualidade do CGI decaiu? Imagino que o budget de terceiras temporadas sempre é menor exceto para séries em franca ascensão de popularidade. Ainda assim, isso não foi exatamente um problema porque quando foi preciso a animação entregou.
E sim, eu sei que teve infodump nesse episódio, mas foi uma mistura de flashback de um acontecimento relacionado ao contexto explorado nessa volta, além da resposta do Julian a pergunta da Frederica ter explicado um pouco algo relevante sobre o corredor de Iserlohn.
Aliás, a Frederica foi bem receptiva ao Julian nesse episódio, o que me passa a impressão de que vão se dar bem se ela acabar se envolvendo com o Yang. Falando em mulheres, foi engraçado, mas não deixou de ser pesada, a cena em que o Julian e os colegas conversam sentados.
Esses momentos mais leves foram bem distribuídos em um episódio muito marcado pelas primeiras experiências de um jovem recruta e sua constante preocupação com a morte, algo completamente compreensível e que humaniza o personagem de maneira mais natural.
Se ele fosse apenas seguir os conselhos do pai se atormentaria menos, mas não é muito mais crível uma mistura? Ao mesmo tempo em que o Julian hesita e sente medo, ele responde a isso influenciado pelos ensinamentos do pai, o que facilita muito a usa inserção ali.
Gostei muito de como o anime trabalhou essa ideia de maneira pomposa em algumas cenas e realista em outras. Por exemplo, logo desmentem a falácia de que as pessoas que vão morrer sentem a morte. E a explicação é óbvia, quem morre não pode voltar para contar nada.
Outra cena muito boa foi a da reunião estratégica em que o Yang acaba ordenando um ataque em massa a fim de não esticar um combate sem ganhos diante da escassez de recursos da Aliança. Não foi para salvar o Julian, que se arriscou mais de uma vez em lutas de nave.
O ganho de experiência dele foi evidente, e o risco que correu também, tanto que por mais que tenha acabado “tudo bem” no final, mostrar que vários daqueles que ao seu lado estavam morreram e as cicatrizes psicológicas decorrentes disso, foi uma forma de equilibrar as coisas.
Por fim, para uma primeira campanha o Julian excedeu expectativas, mas a expectativa mais importante era a de morte, que não se cumpriu. E é entendendo isso, através de ensinamentos e treinamento, mas também de experiência, que o rapaz amadureceu um pouquinho mais.
Na guerra, assim como na vida, cada ação nossa repercute nos outros, o que nos torna responsáveis não só por nossos atos, mas também pelas consequências deles. Sendo assim, aqueles que sobrevivem devem honrar os mortos ou os ideais e pessoas que protegem perecerão.
Então sim, mesmo que tenha acabado com pompa, foi tudo circunstância. A estrada do Julian mal começou e seu caminho agora está cruzado com o de seu pai, Yang Wen-li, o grande cérebro da Aliança que vive constantemente na linha de frente de uma guerra sem data para acabar.
Até a próxima!
Kondou-san
Começando pelo reparo que fez no inicio, o CGI decaiu mas nada que estrague a experiência e do bom começo desta terceira temporada de LOGH.
Desde do OVA antigo e agora no remake não consigo gostar da Aliança dos Planetas Livres, ela sozinha tem o maior dos plot armor do mundo dos anime, fora que é a representação daquilo que mais odeio, uma democracia mais que corrupta. Sempre achei e continuo a achar o Julian irritante mas neste episódio até que foi ok. Não sei de concorda comigo mas tem coisas neste remake que soam a trash, como por exemplo a conversa do Bateman com o Julian sobre que o Julian não teria a vida fácil no exército só porque é filho adoptivo de Yang. Gostei de terem dado mais background ao treinamento do Julian, no OVA antigo ele tinha ido logo para a frente de batalha, ocultando a parte do treinamento.
Para terminar gostei de terem mostrado o Ivan Konev, o Às dos Ases dos pilotos da Aliança.
Ansioso pelo próximo artigo.