Os episódios 6 e 7 foram um divisor de águas… literalmente. Enquanto um fechava o arco que havia sido iniciado junto do episódio 1, o outro é o início daquele que deve ser o arco final dessa temporada.

Foram tantas emoções que fica até difícil escolher por onde começar, mas vamos seguir a ordem cronológica para ficar mais fácil, certo?

A batalha final contra a tartaruga espiritual e Kyo teve seus momentos “finais”. Apesar de muitos pontos positivos, o vilão da vez quase estragou tudo por ser tão caricato… tudo bem, já era sabido por todos que ele era bem irritante, mas dessa vez ele se esforçou bastante nisso.

Fato é que seu plano era bem estruturado e vencê-lo foi definitivamente difícil. Talvez não só pela preparação prévia que ele fez, mas por conta da Ost que infelizmente era um “obstáculo” bem complicado de superar.

A jornada junto dela foi curta, mas boa e significativa o bastante para que impactasse o resultado final. Como ela mesma disse, Naofumi poderia ser considerado um herói gentil por se entristecer por ela, apesar de tudo o que aconteceu.

O chato disso tudo é que até o fim ela se culpou pelo que aconteceu com as milhares de vidas que foram ceifadas. Só que a culpa não foi dela em momento algum, ainda que sua missão de vida fosse igual.

E apesar da grande assistência da Fitoria a batalha permaneceu sendo bem complicada. Porém tivemos uma estrela dessa vez: Rishia. Sim, aquela que toda hora dava um gritinho irritante. E chamava ou corria atrás do Itsuki.

Sendo sincero, os gritinhos nunca foram a característica que mais me irritava nela e sim, a insistente “busca” pelo Itsuki. Mas ok, ela conseguiu se redimir nesse episódio onde ela simplesmente salvou o dia ao enfrentar seu maior adversário: ela mesma.

Kyo não era um adversário formidável e ela deixou isso bem claro. Ele se preparou muito bem e fez o que pôde para ter sucesso em seu plano genocida, só que a Rishia precisava enfrentar um inimigo mais forte antes de poder salvar seus amigos. E ela conseguiu com louvor.

Não só venceu sua timidez como mostrou que suas habilidades não eram mero enfeite. Seu potencial sempre foi considerado valioso, mas faltava coragem para usar. É bem verdade que isso não é originalmente culpa dela, mas era uma barreira que só ela podia ultrapassar.

Sua contribuição foi essencial, mas ainda faltava um empurrãozinho para confirmar a vitória. O problema é que conforme as coisas davam certo, ficava claro que a hora de “matar” a Ost estava próxima.

Naofumi falhou em usar seu principal escudo. A fúria, ou melhor, o ódio que seria o seu combustível, não estava ali. Claro, Naofumi não odiava Ost e seu alvo não era Kyo. O fato de Ost ter forçado a ativação do escudo da tartaruga e ter feito o disparo doeu, muito mais do que se o Naofumi tivesse feito com suas próprias mãos.

Enquanto tudo estava sendo ativado e o iminente tiro estava vindo, Naofumi não pôde fazer nada além de assistir e lamentar… No final, Ost e a tartaruga foram derrotadas e mortas, para a felicidade daqueles que estavam no campo de batalha e tristeza daqueles que precisavam salvar o dia.

E se acham que o Naofumi e seu grupo teriam tempo para lamentar a morte de uma querida companheira, bom, estavam errados. Kyo abriu um portal para seu mundo, L’Arc e seu grupo foram atrás e, no final das contas, eles precisavam encerrar esse capítulo e vingar a morte da Ost.

Infelizmente aqui começam as minhas reclamações também. Aliás, essa parte nessa nova dimensão não foi ruim, longe disso. Mas tirou um pouco do grau de importância que essa parte tinha…

Para explicar melhor, quando eles se transportam pelo portal do Kyo, todos eles ficam separados. Os únicos que vão parar nesta dimensão onde a Kizuna está é o Naofumi e a Rishia.

Não tem nada da Raphtalia ou da Filo junto dos dois. E porque isso seria tão interessante? Porque o Naofumi fica desesperado atrás da Raphtalia, afinal, há um laço muito forte entre os dois.

Aliás, sendo mais criterioso nisso, a própria batalha final contra a tartaruga foi bem diferente no mangá. Para começar, a velha do ki e a cavaleira da vila do Naofumi estavam ali também.

Fora isso, a batalha foi diferente em vários sentidos. No anime a Rishia foi realmente importante e deram uma boa desenvolvida nela. Já no mangá ela também enfrentou ele, mas não conseguiu ser tão dominante, tendo apenas lutado junto da Ost e causado um ferimento no Kyo.

Além disso tudo, talvez a grande diferença seja na forma como tudo acabou. No mangá, o Naofumi dá o tiro final enquanto todos estão enfrentando golens do Kyo. Já no anime, como mencionado acima, a Ost força o golpe final.

Inclusive quando a Ost e o Naofumi recitam a magia que libera todos, no mangá a construção da cena é bem melhor, com a Ost explicando e ensinando na hora, diferente do anime onde o Naofumi recitou da maneira correta sem explicação alguma.

Por fim, mas não menos importante, ela faz algumas explicações muito importantes antes do Naofumi ir para o outro mundo. Ost revela que os 4 heróis cardinais não podem sair daquele mundo, pois são os protetores dele. Por outro lado, o objetivo dos heróis vassalos é de invadir o mundo “adversário”.

Fora isso, ela também revela que agora que a tartaruga espiritual foi morta, o próximo monstro deve despertar: a fênix. Para finalizar, ela pede que o Naofumi vingue ela, ao invés disso ser uma decisão própria do Naofumi.

Enfim, essas são as principais diferenças entre anime e mangá. Se eu for citar tudo que muda, seria mais fácil fazer um novo artigo. Ao meu ver, algumas mudanças foram ótimas enquanto que outras foram bem ruins e questionáveis considerando o que acontece na obra daqui para frente. Também é bom lembrar que o anime e o mangá são adaptações da light novel, ou seja, é normal que tenha diferenças entre as duas versões.

O importante é que no final do dia tudo, ou quase tudo, deu certo. Agora, resta saber o que espera Rishia, Naofumi, Raphtalia e Kizuna. Querendo ou não eles (exceto a Kizuna) estão em território inimigo e com um nível baixo demais para atingir seus objetivos.

Além disso, me pergunto como vai ficar essa questão toda no mundo original deles. O herói do escudo e seu grupo estão desaparecidos, os heróis restantes estão gravemente feridos e isso é tudo o que o pessoal que ficou naquele mundo vai saber. (a menos que a Fitoria faça algo sobre).

De qualquer forma foram dois episódios bem legais de se ver. Independente das mudanças em relação ao mangá, a obra conseguiu se manter interessante e nos entregar desfechos realmente bons. Agora, resta saber o que vem por aí.

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