Nagumo Ryuunosuke não é ele, mas ela, a onee-san bonitona que o Shinpei assediou sem querer. Nesse episódio ela nos revelou várias coisas (algumas suposições), sendo a principal delas o aprendizado de como matar uma sombra, algo que o Shinpei certamente usará.

Esse episódio escancarou como seria o bad end da história se o Shinpei não fosse aprendiz de Subaru. Aprendiz, pois a habilidade dele é emprestada, além de ter suas limitações, o que condiciona sua jornada para proteger a irmã viva e fazer justiça pela morta.

Justiça naquelas, né, o inimigo é uma entidade sobrenatural que até deu as caras, mas ainda não teve (e talvez nem terá) a chance de ser uma personagem. Mesmo as sombras capacho não foram isso, no máximo elas confirmaram indícios e tornaram tudo ainda mais bizarro.

Mas voltando a onee-san misteriosa/escritora/sniper, ela realmente foi uma “ótima” adição a esse momento da história, tanto pelo que ela revela ao Shinpei sobre as sombras, como por ter entregue um “gatilho” que deve torná-la uma personagem mais participativa na trama.

Não lembro o que ela diz, mas se entendi direito ela diz ao Shinpei o que falar a ela para que o ajude quando voltasse no tempo, a única saída para toda a situação desesperadora que se apresenta a sua frente, com a morte da Mio e de quase todo mundo menos os dois bonitões.

Inclusive, essa foi a única forçada de barra desse episódio, o fato da Nagumo ter demorado a ser absorvida pelas sombras, pois a sombra “pai” sabia do poder do olho do Shinpei, então não tinha motivos para matá-lo, agora, deixar alguém que poderia fazer isso por perto…

Aliás, por que o Shinpei tem o olho da mãe que permite a viagem no tempo? Quem colocou isso nele e com que propósito? Na verdade, o que mais estranho é ninguém notar a diferença de coloração entre os dois olhos ou para os outros, além do Shinpei e a gente, ela não existe?

Outra coisa que me pegou foi aquela cena da visão do tiro que acerta a Nagumo. A cena deu a entender que ela anteviu o resultado daquele disparo, tanto que conseguiu minimizar drasticamente o estrago. Ter ela uns dias antes do festival será de grande ajuda.

Mas não esqueça, ela morreu para a sombra da Mio no primeiro episódio, então não tem nada garantido. No máximo dá para a gente afirmar que agora o Shinpei tem muito mais informação em mãos do que jamais teve, o suficiente para não morrer no festival? Duvido muito.

A tendência é de que o festival seja o bad end pelo menos por um tempo no anime e que o Shinpei ainda vai morrer muitas vezes até esse estágio ser superado. Isso se ele não for realmente a maior tragédia que pode acontecer, o que tornaria o anime maçante a longo prazo?

Não sei, só o que sei é que o Shinpei decepcionou um pouco nesse episódio ao demorar tanto para seguir pelo caminho óbvio, que era morrer, ainda mais após a absorção da Mio. Proteger a Mio foi a missão que a Ushio o deixou, não cumpri-la seria fracasso seu na trama.

E falando da Ushio, ela foi soberba ao dar o socão surpresa no “pai” e agir como uma verdadeira humana, isso mesmo aparentemente sendo uma sombra. A verdade é que ela é a personagem mais enigmática do anime até aqui, um poço de mistérios ambulante.

Afinal, quem é a Ushio que aparece na costa no dia 22? Quem é a Ushio com a qual o Shinpei teve contato no salto anterior e onde ela esteve nos três dias que se passaram até o festival? E quem é a Ushio que aparece no “corredor de ouro” toda vez que o Shinpei volta no tempo?

É só impressão minha ou existem várias Ushios nessa história? Todas elas podem ser a mesma, ao mesmo tempo em que uma pode ser humana e a outra sombra, e pode haver até uma terceira que não é exatamente uma pessoa, mas uma representação inconsciente do Shinpei.

Ela foi o diferencial na escapada desesperada do  herói, ainda que estivesse na cara que ele conseguiria morrer ali. O que não estava na cara era que iriam aparecer sombras gigantescas e bizarras e nem que seria bem estranho ver o Sou “se matando” ou a Mio morrendo como morreu.

Esse episódio veio para chocar, para mostrar como tudo vai acabar se o Shinpei não agir bem e rápido, pois as limitações do olho condicionam suas chances de sucesso. Ele já experimentou o fracasso uma vez, vamos ver se pensará objetivamente para evitar sua irreversibilidade.

Até a próxima!

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