A cara de dar medo da Yor assustou até a Anya e ampliou o arsenal de caras e bocas impagáveis da obra, a maioria proporcionadas pela heroína mirim, que nesse episódio teve muita presença de espírito, mas também contou com a “sorte” para salvar o dia.

Se tem uma coisa boa que a “leseira” da Yor promove são esses momentos em que ela parte ao resgate da filha e demonstra preocupação e carinho genuínos com ela. Ao meu ver só falta uma coisa, que ela pare de usar o “-san” ao se referir a criança.

Quanto a situação apresentada no início desse episódio, minha dúvida logo foi respondida e, pensando bem, era até previsível que o futuro poderia ser mudado porque é o tipo de coisa que acentua o drama, ainda que só momentaneamente, como nesse episódio.

Se o Loid morresse não haveria mais história, então era óbvio que não aconteceria, mas isso não diminui o peso do dilema que a Anya enfrentou ao se deparar com essa possibilidade. Por quê? Porque ela é uma criança e não sabe que é a heroína de um anime.

Em todo caso, o importante mesmo foi vê-la agindo da melhor maneira que conseguiu dentro das circunstâncias apresentadas. Mas sim, espero que um dia ela revele a verdade aos pais e seja aceita mesmo assim (como obviamente será).

E claro, nesse meio tempo espero que ela aprenda a ler as horas. Aliás, o quão cômico é uma criança desse tamainho ter salvo a vida do pai, um espião altamente treinado? E isso após uma exposição sobre os horrores da guerra, para nos lembrar seu peso na trama.

Eu sei que Spy x Family é mais comédia e slice of life que qualquer outra coisa, mas, ainda assim, não vejo problema quando o anime tenta minimamente agregar tensão relacionada a missão. Isso insere a Anya nos problemas do pai e explora o melhor de seus poderes.

Agora ela não só lê mentes como consegue enxergar e mudar o futuro. Será que há garotinha mais forte? Se há eu não sei, o que eu sei é que foi hilário ver as trapalhadas dela na frente da bomba, tendo que contar com a experiência e o “sexto sentido” do pai para salvá-lo.

Aliás, a desconfiança do Loid não foi conveniente dada a estranha mensagem na porta. Seu “sentido aranha” o alertou de que aquilo não fazia sentido e foi por isso que a tragédia não ocorreu. No fim, sem saber pai e filha fizeram um trabalho de equipe para evitar a guerra.

Esforço que não foi desperdiçado com o perspicaz plano do herói. O Keith não ter se dado conta de que era uma armadilha me pegou um pouco na suspensão de descrença, mas se levarmos em conta que era um universitário sem a malícia da guerra e com a adrenalina alta…

Questiono mais os agentes colegas do Twilight não terem atirado em um dos pneus do carro do rapaz. Já não questiono o tiro que o Loid vai dar no cão, pois pelos spoilers que peguei o animal não morre. Nada melhor que salvar o mundo sem desperdiçar a vida do pet, né?

Por fim, a Anya viveu uma grande aventura que a fez amadurecer uns cinco anos em horas, ganhou um amigo valioso (o cão) e descobriu que nem tudo o que passa na TV é igual na vida real. Só em Spy x Famiky mesmo para a família “tradicional” promover a paz mundial.

Até a próxima!

Comentários