O anime de Koi to Uso terminou em setembro de 2017. Foi “quase” fiel ao mangá mas tivemos umas mudanças em alguns acontecimentos e a exclusão de outros. Ao conversar com alguns amigos(as) que também leem o mangá, é de concordância unânime que o mangá é superior ao anime (sério, vejam as notas dos reviews no MAL do anime e do mangá). Claro que não seria muito justo criticar o anime visto que seu final seria aberto mesmo que seguisse a obra original que ainda está em andamento.

O mangá, apesar de até o momento possuir 151 capítulos traduzidos (tem um pouco mais em inglês) permite uma leitura rápida e dinâmica por conta do número de páginas. Cada capítulo possui em média 10 páginas e ao longo da história temos alguns especiais, além do capítulo 00 (one-shot que conta a história dos pais do Nisaka). A arte é parecida com a do anime e por isso não deixa a desejar. Mas a questão é: o que mudou e por onde começar?

Pois bem, o anime adaptou até o capítulo 118. Porém, eu realmente recomendo a leitura completa pois as diferenças entre ambos é considerável e por isso, ler do início acaba se tornando essencial para entender melhor alguns aspectos da obra. Certas cenas do mangá que foram excluídas do anime são vitais para compreender melhor todos os personagens e sim, o anime falhou ao não mostrar certas cenas ou até mesmo em trocar a ordem delas. A maior mudança entre ambos situa-se a partir da peça de Romeu e Julieta. Dessa parte em diante a ordem dos acontecimentos muda consideravelmente e fora tudo isso, a parte final do último episódio sequer existe no original (talvez um dia exista, porque não?).

É um belo exemplo de triangulo amoroso onde é difícil escolher um lado

Antes disso, tivemos outras mudanças relativamente importantes. Como por exemplo no terceiro episódio, onde Lilina pede para que Misaki e Nejima se beijem na sua frente mas Yukari acaba recuando e falhando em sua missão, coisa que não ocorre no mangá, pois lá o beijo acontece. Aliás, ao reler o mangá, tive a forte impressão de que a Misaki foi ignorada no anime. Digo isso pois o mangá mostra e fala bem mais sobre sua família, além de momentos onde podemos entender um pouco mais sobre seus pensamentos e talvez até ter uma ideia melhor sobre seu grande segredo (ainda que não exista pistas muito relevantes sobre sua grande mentira).

No fim, podemos concluir que apesar do anime ter sido satisfatório, passou longe de ser fiel. Basicamente ele pegou os principais acontecimentos, mudou sua ordem e excluiu informações relativamente importantes sobre Misaki e algumas outras sobre Nisaka. Vale lembrar que a falta desses e outros detalhes importantes não torna o anime ruim, mas sim, incompleto. Infelizmente para ter uma nova temporada (se realmente tiver) vai demorar por conta da falta de material que torna essa possibilidade inviável no momento. E bom, eu irei parar por aqui mesmo, afinal, se eu contar tudo o que ocorre depois do anime não teria graça, não é mesmo? Mas ao menos eu posso dizer que…

A obra começa a dar um foco maior no “quase casal” de agentes do governo e a relação entre Misaki e Nejima fica mais próxima.

Espero vocês na próxima!

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