Denji puxou a cordinha, virou o Chainsaw Man e entrou no modo carnificina, resolvendo uma situação que poderia ter sido resolvida mais cedo, mas não tanto visto que o demônio demorou a se agrupar e expor seu corpo original. O arco do oitavo andar foi como veio, rapidinho.

Teve duas coisas que me chamaram atenção nesse episódio, uma foi a pegada mais “lasciva” da segunda parte, a outra as discussões de características de caçadores e o risco do ofício. Além disso, estão atrás do Denji, tem caroço nesse angu que até alguém sem paladar sentiria.

Mas antes, focando nos caçadores, pode parecer meio bobo só jogar a ideia de que são os “porras loucas” que sobrevivem, mas caçadores não lutam usando contratos com demônios? Quanto mais você estiver disposto a dar algo em troca, mais deve receber poder.

Além disso, outro aspecto importante é o da ousadia para fazer algo perigoso. Claro que é meio sacana usar o Denji como ponto de comparação (ele não morre nem matando), mas ele não deve ser o único duro de matar e nem o único capaz de esquartejar um demônio por dias.

Em todo caso, o mais importante do episódio nem foi o desfecho desse breve arco e sim o que se sucedeu a ele. A socialização foi bem razoável após uma missão tão dura e várias tentativas de assassinato contra o protagonista, além de ter dado margem ao ápice dessa semana.

Denji hypou demais um beijo que foi uma merda traumatizante, mas com certeza uma história mais interesse que a de qualquer beijo normal que o garoto poderia ter. Mesmo com a Makima? Mesmo com a Makima. Mas claro, me refiro a nossa capacidade para rir dele.

A cena do Denji desconversando sobre o beijo na frente da Makima e depois confirmando quando a Himeno o interroga foi bem divertida e só reforçou o quão “cabaço” é nosso herói. Nada contra, muito pelo contrário, pois vivo repetindo que entendo ele ser assim.

O acerto da obra é explorar esses momentos não para excitar o público e sim para tanto tirar sarro do herói, quanto expandir seus horizontes, provê-lo com experiências. É só através delas que ele vai se construir como pessoa para, quem sabe, ganhar autonomia sobre si mesmo.

Porque o Denji com certeza não tem isso, não quando a Makima claramente o usa para um propósito que não o revela. Aliás, não quer revelar a ninguém, não à toa enrolou o Aki com a bebida, e o outro ponto que advoga contra ela é a antipatia que a Himeno sente.

Sei que a Himeno gosta do Aki e sente ciúmes, mas será que é só isso mesmo? Duvido. A Makima não demonstraria o mínimo de interesse no beijo do Denji com a Himeno se não tivesse interesse em manter o cabrestro apertado no pescoço de seu dócil bichinho de estimação.

Por fim, gostei da socialização, das apresentações, da forma seca como a brutalidade do trabalho foi novamente lembrada (como se a tragédia fosse o puro e simples cotidiano) e até da Power sendo pentelha. É sério, o retardo da Power me diverte pakas. Eu sou estranho, né?

Só não sou mais estranho (nem bait) que a sequência final extremamente fluida em que a Himeno meio que seduz o Denji. Duvida que ela vomite nela de novo? A mulher-vômito não para. Adorei a cena, assim como a ED estilo ecchi noventista, e vou parar por aqui.

Vá beijar alguém e vomite na boca da pessoa, por favor.

O futuro é pika!

Até a próxima!

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