Spy Classroom (Spy Kyoushitsu) é um anime de espiãs do estúdio feel. que adapta a light novel escrita por Takemachi e ilustrada por Tomari. Segue abaixo a sinopse traduzida e adaptada do HIDIVE (o streaming oficial do anime).

 

“Nações devastadas por guerras agora se valem de agentes secretos ao invés de mísseis. Lily é recrutada para o treinamento de espionagem, mas suas habilidades práticas são horríveis. Desesperada para ser aprovada, ela se junta a “Tomoshibi,” uma unidade para lá de suspeita com gente ainda mais desesperada que ela! Juntos eles devem cumprir uma missão impossível ao derrotar seu instrutor genial. O que Lily e os outros não sabiam é que a verdade por trás da existência da Tomoshibi é mais aterradora do que elas poderiam imaginar.”

 

Os primeiros minutos dessa estreia me deixaram um pouco ressabiado quanto a seriedade do anime. Esse lance de falar em maior espião do mundo é bem bobo e funciona mais em Spy x Family por uma questão de contexto. Esse anime tende a ser menos cômico, em teoria…

Além disso, recrutar garotas fofas e estereotipadas (cof cof waifus) não ajuda. Contudo, acho que a estreia se recuperou em sua segunda metade ao assumir um tom objetivamente mais sério, prático e dinâmico; nos ofertando uma demonstração de talento inequívoco da heroína.

Ainda assim, ela foi falha e perdeu para seu sensei, mas o que esperar de alguém tido como um “fracasso” e alguém tido como o “melhor,” né? Além disso, pensa aqui comigo, se a Lily é mestre em venenos, por que não teve resultados melhores, por que comete esses errinhos bobos?

No fim, a trama nos apresenta a um grupo de desajustadas que, ao menos pela palinha dada sobre a protagonista, tende a ter cada uma seu próprio talento, que não as fazem preponderar por questões outras, tornando o papel de um sensei ainda mais necessário.

A sacada daora é que ele não sabe ensinar, é um prodígio que não sabe codificar as coisas incríveis que faz, abrindo um leque imenso para a discussão não só do que é a transmissão de conhecimento, como do que é o papel de alguém que ensina.

E não só isso, como transmitir esse conhecimento? Teoria costuma ser um saco, ainda mais na ficção, então que tal pôr elas para ralar perante um desafio que a elas pareça inalcançável? Se conseguirem fazer o maior espião do mundo suar tomarão o papel do Tom Cruise haha…

“Não diga, mostre,” parece que o autor da light novel levou essa para o coração e, ao menos se seguir os passos dessa estreia vai investir nisso, tornando uma trama que começa banal, relativamente previsível e caricata em um embate de mentes para lá interessante.

Digo, ao menos essa é a tendência após o excelente embate entre Lily e Klaus, que não perdeu, mas ficou vulnerável. E se ela fosse insana o suficiente (e tivesse ferramentas) para cortar os pés fora? Mal posso esperar para ver as outras seis (e o grupo como um todo) em ação.

Até a próxima!

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