the Iceblade Sorcerer Shall Rule the World (Hyouken no Majutsushi ga Sekai wo Suberu) é um anime de ação e fantasia do estúdio Cloud Hearts que adapta a light novel escrita por Nana Mikoshiba e ilustrada por Riko Korie. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“O Feiticeiro da Lâmina de Gelo é tido como o mais poderoso feiticeiro do mundo, e o herdeiro deste título, Ray White, tem dificuldades em lidar com seu imenso poder. Após lutar na Guerra do Extremo Oriente, sua mais recente vitória, ele desaparece dos campos de batalha, sofrendo de profundos traumas. Três anos se passaram desde então, e Ray se matriculou na Academia Mágica de Arnold, um colégio frequentado pelos maiores feiticeiros do mundo. Como primeiro estudante não-nobre da instituição, Ray sofre da rejeição de seus pares, mas consegue forjar novas amizades e embarcar em novas aventuras.”

 

O trecho inicial que indicava o passado do protagonista não deveria servir como desculpa para descentralizar o foco na sua figura e dar espaço a apresentação de coadjuvantes, principalmente as heroínas (waifu material), mas serviu, e o resultado poderia ter sido melhor?

Talvez, mas mesmo se o foco tivesse sido no contrasta de plebeu poderoso do protagonista, o que a história teria entregado de novo? Sinceramente, nada. Hyouken é bem genérico em proposta e execução. salvo uns aspectos que me surpreenderam um pouco.

Quais foram? A “computadorização” da magia me chamou atenção, mas o quanto isso fará diferença na trama? Temo que nenhuma. Além disso, não desgostei da discrição do protagonista, ela acentua o contraste quando revela seu potencial, mas por que as “cantadas?”

Aliás, não foi nem que ele estivesse cantando as garotas diretamente, é que a construção narrativa de interações entre personagens assim nesse tipo de anime sempre acaba levando as coisas para esse sentido. Bastava que ele fosse sincero, e ele foi, quando poderia ser?

Na verdade, não bastava isso, a beleza e calma ajudaram a construir uma certa imagem estoica, a qual foi desafiada pelo julgamento de status sobre ele, o que tirou a de cabelo verde da briga pelo coração do herói (ou seria pela briga de adoração da otakada?).

Em todo caso, o importante mesmo é pontuar que usar da carta do primeiro dia de aula para vomitar expositividade não foi um movimento ruim, mas que, como todo o resto, trabalhou a favor de exaltar a mediocridade de execução de uma proposta até interessante.

Por exemplo, achei bem interessante a construção pontual feita em torno do passado do protagonista e de suas conexões com outras figuras igualmente poderosas, mas a cara de pamonha dele o episódio todo pouco ou nada explorou esse aspecto da trama.

De onde ele conhecia a ruivinha que o respeitava tanto? Por raios foi parar na escola se é um dos sete mais fortes feiticeiros daquele mundo? Quem ele perdeu no passado e qual é a culpa que carrega? Percebe como essa estreia poderia ter ido para outros lados?

Preferiram destacar o amigo random de musculação, as quatro waifu wannabe que a ED fez questão de escancarar como alvos de harém do prota (elas não apareceram seminuas à toa, né) e todo o “chame” do moleque. Cansou minha feiura desse jeito hahaha…

Pelo menos a reta final dessa estreia começou a explorar a piada, que é o contraste entre a aparência do herói e suas reais habilidades, mas até mesmo isso já está ficando saturado. Iceblade Sorcerer não fez questão de explorar o que de melhor poderia oferecer, e é isso.

Por fim, indico? Se gostar desse tipo de anime sim, se não nem precisa ver mais dois eps para dropar. O problema dele nem me pareceu as ideias, mas as escolhas para colocá-las em prática, apesar delas em si já não serem nada demais para um otaku escaldado que nem eu.

Até a próxima!

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