The Reincarnation of the Strongest Exorcist in Another World (Saikyou Onmyouji no Isekai Tenseiki) é um anime de aventura e fantasia do Studio Blanc. que adapta a light novel escrita por Kiichi Kosuzu e ilustrada por Shirakomiso. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“Força não traz felicidade, mesmo que você seja o mais forte exorcista do mundo. Haruyoshi Koga, um exorcista incomparável, é traído pela Corte Imperial e fica à beira da morte. Decidido a ser feliz em sua nova vida, ele usa uma técnica secreta de reencarnação para renascer em outro mundo, onde ganha uma nova vida e um novo nome: Seika. Sabendo que lhe faltou sagacidade em sua vida anterior, ele está decidido a encontrar felicidade nesta nova oportunidade, e vai usar suas técnicas de exorcismo e seus capangas demônios para conseguir a paz que deseja… Ou será que não?”

 

Apesar de ser bem padrão isekai de reencarnação recente, esse aqui teve uma ou outra coisinhas interessantes que me chamaram atenção. Primeiro, o elemento espiritual (apenas um tipo diferente de magia), segundo, a parcimônia que o protagonista adotou em sua segunda vida.

Além disso, o uso dos shikigamis e encantamentos em outra língua traz uma dinâmica diferente as ações do herói, pois ele tem que esconder esses elementos enquanto arquiteta e põe em prática seus planos. Primeiro para reunir informações, depois companheiros e alçar voo.

Inclusive, a demonstração de poder que ele dá ao pai e aos irmãos não foi só uma demonstração clara de potencial, mas também de sua circunstância desfavorável na família. Enquanto um irmão o respeita minimente, o mais velho o odeia e o pai favorece os filhos “legítimos.”

O garoto demonstrou uma magia diferente e mais potente que a dos irmãos, por que não recebeu ensino de magia? Por causa de um status atribuído a ele no passado? Ou por que, no fundo, o pai não queria desagradar o irmão e dar a chance do mais novo ganhar poder?

As circunstâncias não são mesmo favoráveis, o que, como em quase todo isekai, acaba se virando é a favor do Seika. Por quê? Porque é justamente tudo de que ele precisava, de um entorno que o deixasse passar despercebido e sempre o estimulasse a agir com cautela.

Seika não quer repetir os erros de sua vida anterior, a qual, aliás, renderia uma história bem mais interessante (ou pelo menos mais fresca) que a de um isekai com magia em uma Europa mais próspera. Talvez por que há magia nesse mundo? Não precisa pensar muito…

Enfim, o que importa é que se o entorno acaba ajudando, muito se deve a mentalidade e a forma de agir do protagonista, coisas que me levam a crer em um nível de seriedade maior na história, mesmo se a Yifa (e uma ou outra heroína) acabe em um harém com ele.

Parece que vai ter uma pegada “escolar,” de aventura… Em todo caso, a certeza é de que se não surpreendente, a estreia pelo menos foi consistente e equilibrada, ficando também o destaque a escrava cujas habilidades casam com as dele e a perspectiva de vida diferente para ambos.

Eles vão sair em uma aventura e aí a briga do Seika será por poder, mas não da forma como fez em sua vida passada. Nada como um gato escaldado com medo de água fria, ainda mais renascendo como pária na realeza. Autores de isekais poderiam ser menos óbvios, e preguiçosos, né?

Até a próxima!

P.S.: Esqueci de falar da waifu/espírito, que trouxe um tom mais cômico a obra e a ideia que citei acima, de que, no fim, tudo acabará em harém. Ainda assim, como a trama não abraçou a galhofa, é razoável esperar para criticar. No resto, até o final foi tudo que isekais têm sido hoje em dia.

Comentários