Hikari no Ou (The Fire Hunter) é um anime de fantasia do estúdio Signal.MD que adapta o romance de Rieko Hinata. Segue abaixo a sinope extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime),

 

“Após a última Grande Guerra, o mundo é coberto por uma floresta negra habitada por demônios de fogo. Os sobreviventes da guerra, vivendo em pequenas áreas protegidas por barreiras, foram infectados por um patógeno que os faz entrar em combustão espontânea na presença de fogo comum. O único “fogo” seguro, a única fonte de luz e calor que podem usar, vem dos demônios capturados na floresta. E quando os caminhos de uma garota do campo e um jovem da capital se cruzam, um novo destino se abre para eles.”

 

Uma estreia sólida, mas que poderia ter entregue mais. Por quê? Porque se sustentou muito na apresentação da heroína, de seu contexto e do universo; mas pecou ao mostrar pouco do co-protagonista, e quando o fez repetiu informações sem necessidade alguma.

A estreia foi bastante sóbria em tom e clima, mas entregou uma animação bem acabada e inteligente. Como assim “inteligente?” Simples quando não carecia detalhamento, mas fluida e bem acabada quando carecia mais. Além disso, a paleta de cores foi um charme a parte.

Mas não vamos nos prender ao visual, né? Digo, até o CG não atrapalhou, apesar do recurso ter tido uma qualidade mediana nesta estreia. O que importa nessa anime é seu enredo e narrativa, a distopia de fogo que insiste em frisar como o mundo mudou sua relação com o fenômeno.

Apesar de não ser fã de narração, ainda mais feita por terceiros, acho que coube aqui. Só, repito, não precisavam repetir o quanto o mundo estava lascado por causa do fogo e etc. Ainda assim, acho que a produção e o roteiro se conversaram bem e entregaram o tom certo para a história.

Esse claramente não vai ser um anime de ação por ação, até porque os caçadores de fogo não são os protagonistas. O que sobra? A aventura, denotada pela jornada quase que imposta a protagonista Touko, em compensação por sua entrada na floresta e a morte do caçador.

Além, é claro, do drama, pois as perdas provocadas pelo fogo são imensas e exploradas já nessa estreia e para ambos os personagens principais. Inclusive, eu dispensaria a abertura e o encerramento para conhecer mais do Koushi, que apareceu bem pouco.

Ainda assim, é inegável a qualidade da música e do arranjo das cenas na abertura e no encerramento, as quais, por outro lado, vendem o anime para quem quer que não tenha se empolgado com sua estreia (o que acho compreensível, visto seu ritmo lento e sóbrio).

Por fim, vi potencial em Hikari no Ou. A estreia teria chamado mais atenção se tivesse mostrado mais do que será a trama, mas há potencial em seu ritmo cadenciado, taciturno e até pueril, afinal, a heroína ainda é criança, mesmo que já com queimaduras de um mundo em cinzas.

Até a próxima!

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