A primeira parte desse episódio mandou bem na cena em que o All for One divide a tela consigo mesmo, na volta de alguns vilões antigos e na despretensiosa apresentação de uma personagem que terá relevância nesse cour. Porém, contudo, entretanto…

Me irrita demais essa construção de mundo do Kohei no seguinte aspecto: é difícil de acreditar que Tártaro nunca tenha sido invadida, que se manteve como uma prisão de segurança máxima para os meta, considerando o que vimos de seu aparato de segurança.

E se era só aquilo, pouco ou quase nenhum herói, muitas armas de fogo e guardas, custava contextualizar, adicionar detalhes que contribuíssem para tornar mais crível o nível de segurança da prisão? No fim das contas, só senti uma grande falta de recursos.

Que recursos? Criatividade, personagens, construção de mundo boa o suficiente para entregar mais fatores que solidificassem o que e como aconteceu. Entendo que é difícil pedir isso de um mangá semanal (a fonte), mas não é por isso que não vale a crítica.

Acabou que a invasão à Tártaro foi pouco ou nada interessante, tirando o que elogiei mais acima. Além disso, é inequívoco que contribuiu para o estado de insegurança instaurado após o vexame protagonizado pelo Endeavor e família, tema do próximo episódio.

Enfim, a segunda parte desse episódio já acertou mais em tom e construção, apesar do suspense em torno do coma do Deku ser balela. Ver a reação do Bakugo, as preocupações dos heróis e parte da reação da população contribuiu para a “construção.”

A construção de quê? De um cenário em que a vida particular do herói número um, Endeavor, se confunde com seu trabalho de herói e age como rastilho de pólvora para outras problemáticas. Não à toa, como conta a prévia, civis “pegarão em armas.”

Em meio a isso, a visita simbólica de uma mãe e os temores do herdeiro de um legado conturbado, trouxeram o fator humano (falho ou não) ainda mais à tona em uma salada de emoções (entre erros e acertos) que muito me comovem e me interessam.

Me preocupo genuinamente com uma possível passada de pano para o Endeavor (acho que a trama ainda precisa aprofundar e nomear algumas culpas), mas também sei que não adianta apenas demonizá-lo (seria fácil demais). O que espero é ainda mais “cinza.”

Tais tons que também podemos esperar do Deku e de seu plot quando o herói acordar. Não é por acaso que a roupagem dele na abertura e no encerramento ganhou um tom mais melancólico, mesmo em meio a uma interação com a personagem nova misteriosa.

O que pega é o quanto isso impactará a trama e como conversará com as outras problemáticas em curso. Além disso, quais serão os próximos passos de uma união monopolizada pelo “Todos por Um”? Mal posso esperar pelos próximos episódios…

Até a próxima!

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