Olá a todos, novamente.

Há algumas semanas eu pedi recomendações de animes aos redatores do blog e dentre elas eu escolhi assistir Rainbow: Nisha Rokubou no Shichinin.

Rainbow foi um anime impressionante e comovente. A premissa da obra era mostrar as dificuldades pelas quais jovens delinquentes poderiam haver de passar em “escolas” reformatórias, o que eles fizeram para “merecer” o que “mereceram”, as razões para terem ido parar em um local tão abominável e desesperador, as suas forças, as suas esperanças, os seus sonhos, os seus amadurecimentos, as suas decisões,  os seus futuros etc.

O enredo desse anime merece aplausos. Simplesmente. É simplório. É bem iniciado. É bem desenvolvido. É bem encerrado. É mágico.  Rainbow é com toda certeza uma das obras que melhor utilizou o conceito de amizade. É de longe uma das mais primorosas nesse quesito. Agora, por quê? Fácil, o conceito de amizade (e também o de família) não foi tratado de forma ridícula. Foi tratado como um enorme valor social, um valor humano, um valor mais do que enobrecedor e necessário. A grandiosa saga dos 7 jovens protagonistas desse anime é hipnotizante. O enredo possui um ritmo excelente do início ao fim. Eu apenas devo dizer que às vezes pode parecer levemente lento, mas isso não é por problemas de direção e sim porque em cada episódio é possível ver muita coisa acontecendo. Os episódios de Rainbow possuem muito conteúdo, muitos acontecimentos. E estes funcionaram perfeitamente bem durante o anime, ficaram perfeitamente coesos uns com os outros, dando ao anime uma linearidade de causas e consequências ótima de se acompanhar e de compreender. Somente o episódio 13 que eu não recomendo assistirem para não perderem tempo, pois este foi apenas um episódio de recapitulação dos 12 primeiros. Esse foi um anime que me fez sentir muita coisa com o que eu via acontecendo no desenvolvimento: raiva, tristeza, tensão, nervosismo, esperança e felicidade. Poder ver os jovens se tornando pessoas de grande valor foi uma experiência provavelmente inesquecível. E eles tiveram que passar por muita dor, dúvidas e más decisões em busca de felicidade. Se eu fosse citar um defeito do anime, seria que há uns 3 acontecimentos na história que foram um tanto forçados, mas isso não tira o mérito do ótimo enredo no geral.

Um outro aspecto que eu apreciei foi o roteiro, pois foi extremamente simplório, mas muito bem feito. Mostrou bem o sentimento de cada um em cada momento diferente e estava muito fácil de acompanhar. Não faltaram coesão de texto e coerência com os fatos e as situações.

Agora, o melhor de todo o anime: os personagens. Todos, simplesmente todos eles foram excelentíssimos personagens, pois cada um foi eximiamente desenvolvido. Como eu disse antes, o anime me provocou muitos sentimentos. Isso se deveu aos personagens. Rainbow é um anime de drama, por isso o foco são eles. E o drama de cada personagem é comovente e mais comovente ainda quando eles se reúnem para ajudar uns aos outros. Muitos deles passam por desilusões, mas a amizade construída entre eles no passado através da dor e do amor faziam com que eles sempre conseguissem seguir em frente e com coragem por terem sempre pessoas valorosas para darem apoio quando se estivesse na pior.

Pôde-se ver muita cena escura no anime, mas nada que chegasse a atrapalhar seriamente, embora eu recomende assistir evitando reflexos na tela o máximo possível. Bem, de um modo geral eu adorei a animação, pois, como é uma obra que se baseia no pós-Segunda Guerra Mundial, seria preciso uma boa ambientação. E adivinha, Rainbow tem uma ambientação bem bonita e fiel à época. Entretanto o que eu mais admirei no anime foi a expressividade dos personagens. Foi otimíssima. Às vezes pode parecer um pouco dramalhão demais, mas você percebe que os  sentimentos são bastante expressivos e verdadeiros. Tanto os sentimentos positivos como os negativos. É possível ver muito bem a expressividade facial e até corporal nos personagens, coisa que foi um dos pontos mais essenciais para o anime funcionar como ele se propôs.

Por último, mas não menos importante, teve a trilha sonora que foi perfeita. Não poderia ter sido de outro jeito. A abertura é perturbadora assim como os pesadelos pelos quais os jovens tiveram de passar e tem uma letra dolorosa, porém bastante esperançosa como um contraste. A música foi feita pela banda Coldrain. Já o encerramento foi feito pela banda de power metal e metal neoclássico conhecida como Galneryus (eu sempre acho engraçado o cantor dessa banda cantando em “ingrêis”, hahaha XD); foi uma música muito boa também, pois combinou perfeitamente com a temática da amizade que os personagens desenvolveram. E eu devo mencionar que a trilha sonora interna estava recheada de solos e bends de guitarra e arpejos de violão meio espanhol, meio mexicano. Os solos e os bends de guitarra eram especialmente bastante “dramalhões” ao ponto de ficarem um pouco engraçados, mas não se preocupe, pois eles foram bem encaixados no anime.

Rainbow foi um anime de onde eu pude tirar muitas lições, sendo a mais marcante pra mim a da necessidade de se criar uma determinação afiada e genuína de querer viver e se tornar uma pessoa grandiosa e de valor. Por causa disso tudo eu recomendo fortemente que assistam esse anime, caso não tenham visto ainda. Eu penso que esse anime é ótimo para aquelas pessoas que precisam acender aquela chama pela vida e buscar um futuro sempre melhor. Ainda mais considerando que naquela época as coisas no geral eram mais difíceis. A vida era algo consideravelmente mais difícil de se manter com uma disparidade absurda de tecnologia e de oportunidades em relação a atualidade. Fora que a corrupção dos adultos e dos jovens e as cicatrizes da guerra permeavam durante todo o anime. Mais uma vez, eu recomendo fortemente que se assista Rainbow!

Eu fico por aqui.

Caso queiram comentar algo sobre o anime ou sobre o texto, sintam-se à vontade.

Até a próxima!

  1. Tenho nem palavras para dizer o quanto este anime é bom, começa pela sua trilha sonora e seu ótimo desenvolvimento de personagens, além de abordar assuntos bem interessantes e sérios.

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