Falar em “felicidade” depois de tudo o que os personagens de Grimgar passaram durante o anime todo parece até irônico né? Deveria ter sido o artigo de primeiro de abril, hahaha! Bom, tem a ironia também, mas além disso estou zombando do gênero fantasia comparando-o aos contos de fadas, já que no fim das contas não deixam de ser praticamente irmãos, não é?

E o final foi feliz. Todos estavam felizes e sorridentes, e nenhum espectador teve traídas suas expectativas positivas (os que tinham expectativas negativas em relação ao Ranta, por outro lado, foram traídos sim, mas já não era mais o meu caso). Foi um episódio basicamente só de ação, é até difícil escrever exatamente sobre ele. Vou falar bastante sobre os personagens então, quem eles eram e quem eles são agora.

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Esse episódio teve duas partes completamente distintas entre si, sendo uma delas interlúdio da outra e uma forma muito boa de resolver o último conflito da Mary sem desperdiçar um inimigo muito poderoso e formidável para o grupo inteiro. Embora tenham sido partes distintas elas são tão bem relacionadas e bem desenvolvidas que não achei isso prejudicial ao enredo como um todo. Funcionou.

E aproveito para comentar o quão burro eu sou. Só nesse episódio eu entendi porque eles descem para níveis maiores: é uma mina, afinal de contas, é subterrânea pois, os níveis crescem de cima para baixo. Mas mantenho o que disse no artigo anterior: esse mundo tem uma mecânica quebrada. Como assim em uma mina com mais de dez níveis o chefe aparece logo no quarto? Se Grimgar for um jogo, é um jogo muito ruim. Contra todas as evidências, sou forçado a acreditar que Grimgar não é um jogo. Ou é um jogo em modo nightmare.

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Eu critiquei o Ranta desde o começo. Critiquei o Ranta na primeira ação estúpida dele, quando no primeiro episódio ele fez a Shihoru chorar sendo um machista idiota. Critiquei de novo no episódio dois quando ele foi espiar as garotas no banho (para ser sincero, critiquei o episódio em si por ter aquela cena; eu cheguei a mudar de ideia depois achando que era só caracterização do Ranta, mas vendo capturas de tela do episódio 2,5, que vem no primeiro disco do anime, acho que acertei na mosca na crítica inicial). No terceiro eu não o critiquei diretamente, mas fiz uma análise sobre como ele era uma presença indesejada no grupo.

E tudo isso me torna mais isento para defendê-lo agora? De forma alguma. Só quero dizer que é fácil criticar o Ranta agora quando desde o começo ele sempre foi assim e nunca ninguém se importou muito – nem mesmo seus companheiros de grupo. Até o Ranta é mais complexo do que apenas um criador de problemas, e até o Ranta já esteve certo antes. E dessa vez, pelo menos parcialmente, acho que ele está certo de novo.

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Dia de folga no episódio! Vou folgar nesse artigo também (além do que já folguei pela demora em escrevê-lo, me desculpe por isso) e aproveitar também que o clima foi mais leve para escrever um artigo mais leve!

Esse episódio de Grimgar pode ser visto tanto como um ponto final no arco anterior (caçada aos goblins e vingança pelo Manato) quanto como um interlúdio entre esse e o próximo arco, e de fato ele é um pouquinho ponto final e interlúdio ao mesmo tempo. Se foi uma escolha adequada de roteiro eu não sei, mas o resultado foi razoável.

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O que esse episódio tem de mais importante é o que é dito e o que é subentendido no diálogo que os personagens (principalmente o Haruhiro e a Mary) têm no começo do episódio, antes mesmo da animação de início. É ali que citam e resolvem a maioria dos seus problemas até agora. É o fim do arco da Mary.

O resto do episódio resolve coisas importantes para os personagens mas nem tanto para o anime em si. A vingança pelo Manato não tem tanta importância para o espectador porque ele não era um personagem muito carismático (a bem da verdade, poucos ali são carismáticos para a audiência). A questão moral do anime foi tocada bem de leve e meio que tentou se encaixar tudo, com sucesso variável ao longo do episódio.

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Nesse episódio eu concordei até com o Kanta e isso tem que ser um sinal. Pode ser um sinal de que o anime está mandando muito bem ou pode ser um sinal de que eu estou com problemas mentais. Depois de ler esse artigo você me diz o que acha, por favor? Principalmente se achar que estou com problemas. Sabe como é, quanto antes diagnosticar, melhor.

O problema de relacionamento com a Mary foi lidado de uma forma bem mais simples e natural, mas não exatamente fácil. Ao mesmo tempo, Haruhiro e companhia estão fazendo o que podem para sobreviver no mundo de Grimgar. E essas duas tarefas são mais semelhantes do que parecem.

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Vocês são sacanas hein? Ninguém me avisou que eu escrevi errado o título do artigo anterior – e do jeito que ficou não tem sentido nenhum. O que deveria significar “O que fazer quando não quem te dizer o que fazer?”, alguém pode me dizer? Leia com cuidado, palavra por palavra, porque nosso cérebro é bom em achar sentido no que não tem. Eu pensava em algo como “O que fazer quando não tem quem te dizer o que fazer?” (ou algo com esse significado).

E o título desse artigo faz sentido, mas parece com um conceito matemático que não tem nada a ver com o que escrevi aqui, hehe. Quem conhece relações bem-ordenadas sabe do que estou falando. Quem não conhece provavelmente está mais feliz assim – mas é até legalzinho, pesquise aí se estiver curioso, exige muito mais pensamento lógico do que pilhas de contas.

No episódio o Kanta fez kantisse de novo. Principalmente no começo dele quando ficou inquirindo o Haruhiro pelo que aconteceu entre ele e a Yume no episódio anterior. Mas sem mais nenhuma consequência disso. E aí Yume, e aí Haruhiro, rola ou não rola? É namoro ou amizade?

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A situação está uma barra. Para ser honesto, poderia ser muito pior: não seria inesperado se o grupo ou parte dele se dissolvesse, e em dado momento do enterro eu realmente achei que o Ranta estava caindo fora (mas ele estava só indo embora do local). Mesmo sem separação, poderiam haver muitas disputas internas; não exatamente uma luta até a morte para decidir o novo líder, mas simplesmente brigas bestas entre pessoas muito estressadas levadas às últimas consequências. Nada está ótimo, mas até que estão lidando muito bem com a perda.

É notável que o Haruhiro tenha meio que assumido a posição de líder sem ele próprio perceber e sem que qualquer outra pessoa questionasse. Tenho certeza que o Manato já havia percebido esse potencial no colega também. Agora Grimgar entra no seu segundo grande arco com mais desenvolvimento de personagem e mais revelações sobre o mundo!

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Arremessados em um mundo estranho, sem memórias. Um mundo perigoso, um mundo hostil, um mundo difícil. Pensando bem, Haruhiro, Ranta, Yume, Shihoru, Moguzo e Manato são incríveis. Mesmo se te dessem armas e um treinamento básico, quanto tempo você acha que sobreviveria em uma aldeia medieval sem recursos, tendo que caçar para sobreviver? E nem estou falando de enfrentar monstros, que fossem lobos e animais da floresta mesmo, ou seja, criaturas que normalmente não estão querendo te matar tanto quanto você está tentando matá-las.

Há vários outros aventureiros lá e Grimgar dá a entender que o grupo de Manato é o mais fraco e desajustado deles, mas não pode ser verdade, não é? No segundo episódio, durante a animação com insert song na cidade, apareceram dois aventureiros caídos no chão em um beco qualquer. Talvez até fossem mais fortes para matar, mas se tudo o que faziam era queimar o que ganham com seus saques em bebidas, então eles são psicologicamente muito fracos.

O grupo de Manato e Haruhiro passou por algumas desavenças internas enquanto mal conseguia ter o suficiente para saber se passaria mais um dia sem morrer de fome, e sobreviveram a isso. Se esforçaram. Se tornaram fortes. Se tornaram inesperadamente unidos. Apesar de eu ter certeza que a direção poderia ter deixado tudo isso muito mais claro, foi o suficiente para eu entender o quanto eles cresceram em Grimgar.

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O humor do grupo e as relações entre eles melhoram ou pioram conforme eles conseguem dinheiro pra passar mais um dia vivos. Faz sentido, é assim na vida real – quando começa a faltar dinheiro famílias se desestruturam e melhores amigos que moram juntos saltam no pescoço uns dos outros. É tão lugar-comum que é usado como mero dispositivo de enredo em diversas histórias. Em Grimgar, pelo menos até agora, isso não é apenas um truque mas parte importante do que faz a história (junto com a questão moral, que comentei no artigo anterior, e com a amnésia dos personagens, da qual falei já nas primeiras impressões).

Os garotos estão tentando viver juntos, sem lembrar de onde vieram e encarando uma perspectiva de futuro moralmente questionável. Isso resume Grimgar – pode ir lá falar pro seu amigo que ainda não está convencido a assistir para ver se isso o tira da inércia. Sobre o tema principal desse episódio e desse artigo, já há uma boa quantidade de desafios para famílias ou para melhores amigos viverem juntos, como nos exemplos que eu dei. E completos desconhecidos então?

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