O artigo de hoje é sobre um mangá que me encheu de amores e me causou histeria em certos momentos (culpa de alguns personagens que estavam pisando no meu coração, mas segue o baile). Vocês já devem ter se deparado com o anime Kamisama Hajimemashita, certo? Pois bem, estarei falando sobre aquele amontoado de capítulos maravilhosos que deram origem à adaptação e tentar convencê-los a ler.
Esse episódio final de KamiHaji me trouxe um misto de emoções difícil de explicar. Tristeza. Saudade. Emoção. Alegria. Esperança. Frustração. Ternura. Alívio. Mas o mais latente foi, sem dúvidas, a raiva. A começar pelo título mais spoiler que abertura de anime. Mas boa parte dela veio, como sempre, do comportamento do Tomoe. Centenas de anos de vida, e ainda não é capaz de fingir que não se importa. So cute.
No episódio passado, Tomoe resolvera ficar para saber mais da pequena Nanami. Ele acompanhou seu relacionamento com os pais, o pai inútil, a perda da mãe, a dificuldade em se estar sob a guarda de um pai tão irresponsável. Quase impossível não sentir vontade de consolá-la e botar no colo. Uma das partes mais interessantes desse começo foi realmente constatar que a personalidade da Nanami foi completamente modelada pela mãe. Desde que ela era pequena disse que a sua família tem azar com homens e sempre gera somente uma menina por casamento, como consequência de uma troca feita muitas gerações atrás. Se é verdade ou não, eu queria saber. Mas sobre azar com os homens, vendo o Tomoe, eu nem consigo discordar dela.
Reta final dessa temporada, já tá ficando aquela saudade de um anime divertido. Mas não tão rápido, senhoras e senhores, que ainda temos toda a treta do Kirihiro/Akuraou pra resolver! E esperem, não desliguem ainda! Paralelamente há o desenrolar de uma subtrama aparentemente simples centrada na Nanami, mas prestem atenção nas palavras de alguém que não aguentou e foi ler o mangá: é bem legal.
(Eu queria usar esse título desde que o arco começou, LOL)
Eu poderia dizer que estou surpresa com várias coisas. Com o fato de o Soujoubou estar, literalmente, no fundo do poço, o mesmo em que Suirou salvou a vida de Kurama. Com a mudança constante de personalidade do Jirou. Mas eu jamais seria tola a ponto de estranhar a solicitude suicida da Nanami. Entrar em um buraco escuro e perigoso com uma fera elétrica assassina e um corvo que quer vê-la longe? Claro, porque não? Tomoe vai ficar careca antes que ela complete 30 anos.
Então, pessoas. Os espiões estão infiltrados, metade na presença do atual líder e a outra metade em busca do antigo. Nanami está disfarçada de garoto e Tomoe só pensa em se vingar de Jirou por ter tocado em sua deusa. Quem quer fazer a contagem regressiva até todo o plano ir por água abaixo? Este episódio foi sobre jaulas, prisões e negação. Sim, estou falando das grades do seu coração, Tomoe.
Sou mesmo uma idiota. Tava toda contente achando que tinha conseguido ficar em dia com meus artigos, abro o último episódio lançado de KamiHaji e percebo que ainda estou um episódio atrasada. É, coisa de idiota mesmo. E preciso corrigir isso imediatamente.
Ai ai, pobre deusa humana. Quando não são os deuses imortais ou o seu coração oscilante, são ayakashis problemáticas que complicam sua vida. Se bem que, convenhamos, é tudo culpa de seu grande coração e essa mania tola de querer ajudar a tudo e a todos sem pensar nas consequências. Fica difícil defendê-la assim. Mas tudo bem, nós a amamos mesmo assim. E é com este sentimento que realmente começa o arco dos corvos deste belo shoujo e, antes de mais nada, preciso confessar que estou sofrendo para não comparar a história daqui com o mangá Black Bird. E não, o nome do Jirou não ajudou em nada com isto. Então, metade das minhas opiniões e achismos virão um bocado influenciados. Maldita Sakurakoji.
Este episódio de KamiHaji foi mais uma transição do que qualquer outra coisa. Também pudera, acabamos de ter um monte de ação, deixa a Nanami ter um pouco de sossego! Ou será que não? (Voz do Cosmo, ativar!)
Primeiramente, temos uma conversa nada animadora entre nossa deusa favorita e o pervertido Ookoninushi, que é bastante enfático ao dizer que deuses e humanos não devem ter um relacionamento romântico. Isto mina ainda mais as esperanças dela em, quem sabe um dia, algo acontecer entre ela e o Tomoe. É amiga, dói, a gente sabe. Mas, coincidência ou não, seus servos sabiamente resolvem usar o tempo extra que sobra para irem às termas. Tomoe, sempre responsável (leia-se: chato e ciumento) decide que o templo está abandonado há tempo demais e eles precisam retornar. Nanami, sábia como sempre, toma um terceiro rumo: que eles vão na frente e ela vá depois. Ok, né…
Este foi o episódio mais lento de KamiHaji até agora, mas nem por isso foi tedioso ou inútil. Pelo imenso contrário. Foi um episódio sobre amor e paixão, medo e recusa, desejo e rejeição, sabedoria e imaturidade. Sobre prisões físicas e grades mentais. Acima de tudo, foi um episódio sobre o Tomoe. Mas vamos devagar, seguindo o ritmo da raposa.
Este episódio trouxe até nós vários acontecimentos interessantes, mas certas coisas nunca mudam. Nanami continua agindo como um garoto protagonista de anime battle shounen: impulsiva, impetuosa e confiante até demais. Mas é sagaz, e, contrariando meu artigo anterior, já percebeu que a companhia ao seu lado não é exatamente um humano comum. Claro que isto não a impede de fazer o necessário ajudá-lo, mesmo que para tanto precise ludibriar a própria divindade superior do mundo dos mortos, Izanami. Bom saber que seus talismãs funcionam de vez em quando, deusa da terra.