Garo: Honoo no Kokuin – ep 1 – Marcado pelas Chamas
Outra estreia do estúdio MAPPA, outra fantasia medieval, outro sucesso. Shingeki no Bahamut e Garo têm ainda mais semelhanças: uso de modelagem 3D em algumas cenas de ação, cavalos correndo por telhados e saltando altitudes impossíveis, humor bem colocado, os dois são adaptações transmidiáticas (Bahamut é um card game, Garo uma série com atores). Coincidência? Não sei. Mas imagino se não ajuda a um estúdio ao trabalhar mais de uma série ao mesmo tempo que elas tenham tantas semelhanças. Mas já falei demais das semelhanças entre Garo e Bahamut, vou agora falar do que é Garo.
Garo tem um grande senso de urgência. O personagem-título foi criado desde bebê para combater seu inimigo, e o primeiro episódio termina com ele e seu pai adotivo indo na direção do conflito depois de todas as apresentações, pois esse é o dever deles. Eles são caçadores de demônios com poderes mágicos, e o vilão é ninguém menos que o primeiro-ministro (ou sumo-sacerdote?) do reino onde Leon (o alter-ego de Garo) nasceu. O próprio nascimento dele é poderoso e é onde o episódio começa: sua mãe era uma bruxa (e bruxas nesse mundo têm a função de caçar demônios, embora a população geral pareça não saber disso pelo menos desde o advento de uma nova religião) e estava na pira sendo queimada, por ordem do vilão, quando deu à luz. Zoro surge de dentro do castelo, onde era mantido cativo, salva o bebê e o cria.
No parágrafo anterior já ficou delineado o conflito principal da série. Mas há outro, tão importante quanto: o vilão goza de grande poder e prestígio no reino, sendo conselheiro pessoal do rei. Quando a mãe de Garo foi queimada o rei estava doente e o vilão culpou a bruxa por isso, como se fosse uma maldição demoníaca. É óbvio que era uma mentira. Como Zoro fugiu com o bebê, e o vilão parecia saber o significado dela ter dado a luz ali, naquele momento, fez o rei ordenar então uma grande caça às bruxas por todo o reino e mesmo em vilas próximas. Note: a família real vem sendo enganada esse tempo todo.
Dezesseis anos depois Leon/Garo cresceu e está voltando para o reino onde sua mãe foi morta. É por justiça, é pelo Bem, mas também é por vingança. O príncipe, filho do rei, completa 20 anos e recebe uma festa especial onde ganha de sua mãe um amuleto, que parece ser objeto de cobiça por parte do vilão. Que papel o príncipe irá desempenhar na história? Se me permite um chute cego, ele irá com aquele amuleto se tornar um cavaleiro igual Garo e Zoro, mas enganado pelas mentiras do vilão irá combatê-los (os demônios que apareceram até agora não tiveram a menor chance contra os dois, não creio que demônios serão seus adversários por toda a série). Matará Herman (alter-ego de Zoro, o pai adotivo de Leon) e deixará Garo ainda mais furioso e com sede de vingança.
Garo está em um tom de seriedade acima de Bahamut, mas ainda tem seus momentos de humor, deixando a série mais leve e divertida. A animação é boa, mas o 3D não está tão fluído, o que não chega a me incomodar mas sei que incomoda algumas pessoas. O character design dos personagens é interessante, e Leon (e só ele) tem uma aparência meio setentista, destacando-se entre outros personagens.
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