Ore Monogatari – Ep 4 – Direção de Michael Bay
[sc:review nota=3]
Todas as pessoas que assistem a saga de Takeo, mas não têm contato com o mangá original, estavam se fazendo a mesma pergunta: Agora que o relacionamento dos dois começou, qual será o próximo conflito do anime? Bem, não é só porque a primavera chegou para ele (literalmente) que tudo precisa ser necessariamente perfeito, mesmo que inicialmente pareça que seja. Inicialmente. Eu comentei essa semana no meu artigo sobre Rin-ne que a Sakura percebeu que só começou a ser realmente ameaçada por fantasmas após a chegada do Rikudou. Me pergunto quando a Yamato perceberá que a mesma coisa está acontecendo com ela depois de conhecer o Takeo. Fala sério, primeiro uma viga desabando e depois um prédio em chamas? Que diabos há de errado nesse slice of life?
Ahhh, como o amor é lindo… Início de namoro na primavera, tem coisa mais fofa? Aí depende se você é parte do relacionamento ou ocupa o lugar do terceiro homem, como o Suna. Aí fica mais complicado, porque você literalmente se sente uma área de escuridão nesse mar de purpurina. A cara dele de “eu só quero ir embora” foi a melhor coisa da primeira metade do episódio. Enquanto Takeo e Yamato mais pareciam um casal em lua de mel, ele tava lá, segurando um fucking castiçal, mas sem conseguir deixar de se sentir feliz pelo melhor amigo. A vantagem de ser a terceira pessoa é ter o direito de encher o saco do casal, com piadinhas como a de Suna sobre “Os dois parecerem um casal de velhinhos”. É, Takeo está embriagado por felicidade, e Yamato também. Aliás, ela pelo visto não esconde de ninguém que tem um namorado e adora ele, o deixando orgulhoso feito uma mamãe recém-parida. Numa conversa com uma amiga pelo celular, Takeo é convidado para um goukon (pra quem não sabe, são aqueles encontros em grupo entre adolescentes que não se conhecem, que os japoneses adoram fazer pra ver se descolam uma companhia). Como irá com a namorada e ainda conhecerá as amigas de que ela tanto fala, ele topa e se incube de conseguir mais cinco garotos para fechar o grupo. Quer dizer, quatro, já que a gente sabe muito bem quem ele arrastará primeiro.
Takeo vai à caça de solteiros! Logo descubro que meu palpite estava certo: ele não tem problemas em fazer amigos. Homens, ao menos. Pelo contrário, ele parece estar ainda mais popular no colegial do que era no ginasial. Os garotos o vêem como uma meta, alguém pra admirar, algo do tipo, mas o resultado é que todos o adoram. Quando ele vai informar a Suna que ele está cordialmente sendo forçado a ir, Suna comenta que Takao não deve achar que as garotas serão legais apenas por serem amigas de sua namorada. Muitas vezes, amizades só existem porque uma pessoa tolera a outra. Não sei se esse loiro é meio filósofo, realista ou duro demais, mas eu tenho um affair por ele. O pior é que logo fica claro que ele estava certo, como sempre. Ao conhecerem Takeo, as amigas dela não reagem muito bem ao aspecto dele, inclusive o comparando a um urso. Como são a dupla de bobos Takeo e Yamato as coisas ficam bem, mas qualquer outra pessoa teria ficado chateada. Opa, mas quem disse que acabou? Eu é que não!
No começo do goukon, como todos esperam, as garotas ficam em cima de Suna, mesmo que os outros garotos sejam super simpáticos. Mesmo que Suna tenha a cordialidade de uma parede. O único momento em que ele demonstra um pingo de emoção é quando seu bro abre uma garrafa com as mãos e ele ri, sem percebem. Tchum, amor instantâneo. A sorte é que os outros quatro solteiros não desistem fácil, e a conversa flui agradável entre os grupos. Em dado momento, duas amigas de Yamato saem para ao banheiro. Quando demoram a voltar, ela e Takeo vão ver o que aconteceu. Clichê dos clichês: eles ouvem o que não era pra eles. Que Takeo é grande demais, desajeitado, constrangedor, parece um gorila, que Yamato deveria estar com Suna. Óbvio que ela chora e corre, e ele vai atrás dela. Quando finalmente a alcança, a dupla de algodão doce me surpreende mais uma vez: Takeo nem liga pro que disseram dele, só não quer vê-la chorando. Já ela está chateada consigo mesma pelo que as amigas disseram, porque provavelmente não explicou direito o quão legal seu namorado era, que elas entenderam tudo errado. E ele na verdade está feliz por ter descoberto que ela só falava bem dele para as amigas. OK, eu sei que os dois são assim e isso tem funcionado muito bem até agora, mas sinto que faltou profundidade nos personagens nesse momento. Takeo é o caricato gigante alegre e gentil, uma versão alternativa do gordinho palhaço que todo mundo conhece. Ele estás sempre pra cima, mesmo quando o mundo está contra ele. E nunca se chateia com ninguém que fale mal dele, sobrando essa responsabilidade pra Suna e, agora, pra Yamato. Takeo, você é humano. Te direito de ficar bravo, de se chatear, de chorar e responder à altura de vez em quanto. E você, garota boba, tem mais atitude em 15 anos de idade do que eu tenho com 22. Se orgulhe. Nem tudo nesse mundo é sua culpa, pare já com isso antes que eu te dê uns cascudos no cocoruto.
Os dois se acertam e voltam… E o lugar está em chamas. Como assim, amigo? É sorte no jogo e azar na segurança diária agora? E quem tá achando que tem gente presa no prédio, ganhou um sorriso do Takeo. E se acham que Takeo vai dar uma de Senhor Incrível e ir lá resgatar todo mundo, ganhou um doce da Yamato. Ele traz a primeira garota em segurança e volta pela segunda. Até a salva, mas fica preso e começa a perder a consciência devido ao dióxido de carbono inalado. Ao saber disso, sua namorada entra em pânico e tenta ir até ele a todo custo, sendo firmemente contida. Já Suna é mais direto: ele liga pro amigo e faz com que ele ouça os gritos da namorada. Isso faz com que ele tire forças do mesmo lugar em que protagonista de shounen tira aquele golpe-mortal-inédito-que-ele-aprendeu-na-montanha-da-fênix-com-o-velho-mestre-jedi, e ele salta a janela em chamas. Ó, eu podia ficar aqui mais dez parágrafos explicando o quão sem noção essa cena foi, que exagerou, que era um plano de fundo completamente desnecessário pra que as amigas da Yamato o aceitassem e gostassem dele, mas nem perderei meu tempo. A galera parece que está curtindo, então não serei a chata da vez. Vou terminar meu artigo ressaltando o jeito indireto de Suna dizer que não quer que o amigo morra, e que a vida dele é bem sem graça sem o grandalhão por perto. O bromance desses dois é, de longe, a coisa que eu mais shippo nesse anime.
Fábio Mexicano Godoy
O Suna disse que existem pessoas que toleram qualquer tipo de pessoa. O Takeo sabe que existem vários tipos de pessoas e ele é o tipo de pessoa de quem o Suna estava falando. Não achei forçado, ele realmente é do tipo que não se importa. Por isso talvez ele nunca tenha percebido que todas as garotas por quem ele se apaixonou antes não só não gostavam dele como tinham vergonha, nojo, asco ou coisa assim. Mas ele não se importa que elas pensem isso ou que as amigas da Yamato pensem aquilo, ele só fica feliz de ter os dois (e triste quando a Yamato chora).
Exageros à parte, bom, olhe o tamanho do Takeo. Isso não vai parar, é pra isso que ele serve. Mas que ele parece aquelas divindades japonesas que atraem azar, ah, tá parecendo mesmo.
DK
To curtindo muito esse anime, até porque eu sou grande quase como o takeo e uma vez já me apaixonei por uma menina baixinha ><
Só que fiquei na friendzone :'(
Então esperoq eu pra eles dê tudo certo… só que estava pensando que se eles formaram um casal no EP 3, então vai dar muita merda até o fim do anime. Estou torcendo pra eles superarem todas as dificuldades!
Leena
Esse anime, o mangá <3
O Takeo é como um super herói, nossa nossa, ele é sempre assim, acudir os indefesos, tão fofo! Suna é realmente tão leal aaaaa As personalidades são tão diferentes e tão bem encaixadas, fugindo de qualquer romance que tenha visto, isso é tão bom!