Kuroko no Basket 3 – Ep 18 – Ultrapassado
[sc:review nota=4]
Lado ruim da história: eu subestimei a Rakuzan. Lado bom: não fui a única a fazê-lo. Akashi pelo visto tem mais cartas na manga do que um trapaceiro de jogo de pôquer, e ele está disposto a tudo para vencer esse campeonato. Só falta descobrir que isso vem da sua criação que o força a ser o melhor me tudo o que faz, ou se tudo isso é desejo de provar por A mais B que não, o basquete de seu pupilo não é lá grandes coisas. PS: tenho a impressão de que seus antigos companheiros estão torcendo ferrenhamente pela derrota do grande Seijuro… E eu compartilho de seus sentimentos. Vai nessa, Seirin!
Kagami tá na zona. E tá arregaçando bonito no primeiro quarto. Lindo, massa, show daora, mas todo mundo já sabe que a zone só é uma boa escolha em certos momentos, como no quarto final. Ela esgota o usuário, já que ele está usando praticamente 100% de seu potencial, ainda mais no caso dele que não só está atacando mas também defendendo. Aomine é especialista em zona, então sabe bem que, se seu rival não perceber o que está fazendo e se controlar um pouco, poderá estar exausto bem antes da metade do jogo. O porém é que está dando certo, e Seirin avança da dianteira. Riko decide não freá-lo e aproveitar esse ímpeto inicial, e troca Kuroko por Mitobe que é um melhor defensor. Deste jeito, Kagami pode se concentrar em atacar sem problemas. Quando a Rakuzan admite que não é páreo para o camisa 10. A solução? O próprio capitão o marcará, claro. Pelo visto a enterrada aérea que levou no episódio passado não o assustou nem um pouco.
A batalha da Zone x Emperor Eye foi bem daora. Uma não foi capaz de quebrar a outra, mas, se por um lado a dominância de Akashi foi incompleta, por outro ele impediu que Kagami encestasse. Isso inflou ainda mais o ego desse pombo vermelho, e de quebra, o outro lesado começa a se culpar e pensar demais. Pensar nunca foi o forte do Kagami, e pensar besteira no meio da zona vai acabar com a dominância dele. Resultado óbvio: Akashi derruba ele. Juro que eu eu estivesse no meio dessa quadra tava esbravejando com os seguranças me contendo e gritando “Me deixa dar neles, me deixaaaa!”. E Akashi o chama de arrogante! OI? É tipo o Murasakibara me chamando de comilona! Audácia.
A dominância psicológica do psicopata surte efeito, e a galera de fora começa a temer que a Seirin se sinta inferior… Pobres mortais tolos. Enquanto todo mundo só se concentra nos ruivos, há mais oito pessoas em quadra lutando pela vitória. Diga-se de passagem, acho meio triste os demais jogadores estarem sempre à sombra dos ex-milagres, sendo que são tão bons ou melhores do que eles. Os passes e jogadas de Mitobe e Teppei que o digam, e mesmo Akashi admite tê-los subestimado. Ao ver o esforço de sues colegas e senpais, Kagami finalmente se acalma e sai da zona. O jogo flui com mais tranquilidade, então Riko decide devolver Kuroko. É aí que todo mundo finalmente percebe que tem algo muito errado. Quando foi substituído, a plateia reclamou a saída dele, e quando voltou em quadra, todos comemoraram. Kuroko está famoso agora, mas isso não é bom. E quando salta pra trás, Reo, da Rakuzan, vê o garoto e desvia, mas só Fuhihata percebe o movimento. Quem, durante todos estes anos de basquete, foi capaz de desviar de um Kuroko que vinha silenciosamente por trás? Até seus colegas de time eram surpreendidos, mas no momento os holofotes estão todos sobre ele. Até demais. E isso vai ser o seu fim.
No início, os passes até fluem, mas isso esgota bem rápido. Akashi obviamente notou, Furihata está inquieto, e Kuroko está sendo firmemente marcado por Mayuzumi (segurem esse nome!), sem conseguir escapar. A gota d’água é quando seu passe é interceptado pelo adversário. Ficou óbvio agora: não é que Reo tenha superpoderes, ele simplesmente viu Kuroko. Todos os viram, todos o vêem com clareza. Akashi está frustrado em ver seu projeto se esmorecendo por si só: Kuroko foi moldado para ser uma sombra e não chamar a atenção. Ele jamais deveria ter aprendido a fazer cestas ou a driblar, se tornou praticamente um chamariz de atenção, adquiriu a própria luz. Me sinto ridiculamente estúpida por não perceber o que estava se desenrolando, mas faz todo o sentido do mundo. Pensem bem: ele aprendeu técnicas incríveis, desde o Ignite Pass Kai até o Vanishing Drive e o Phantom Shot. Todas elas são desenvolvidas a partir de sua capacidade de não chamar a atenção, mas são técnicas que por si só chamam a atenção. É um paradoxo, um ciclo em que, se ele se torna mais forte, automaticamente fica mais fraco. O resultado é um jogador fraco, pior do que qualquer reserva de seu time. Kuroko destruiu a si mesmo. Está tudo acabado.
O impacto da revelação quebrou o time inteiro, e todos estão desconcentrados. Não há outra escolha senão tirá-lo do jogo, talvez permanentemente. É injusto e doloroso, mas é o certo a se fazer. O que não quer dizer que é o que acontecerá, já que a lógica deles é diferente da dos reles mortais. Riko só queria uma DR com seu garoto, e logo o devolve à quadra. Ela deu a Kuroko os três minutos finais do primeiro quarto, e eu senti como se essa fosse a sua última chance. Se ele falhar, estará fora de vez. Mas ele lutará, e seus companheiros também. Nenhum deles quer terminar o campeonato com sua sombra no banco, mas vai dizer isso pra Rakuzan enquanto eles viram o placar. E pra quem acha que as coisas estão ruins, calma, que ainda tem muita coisa pra rolar.
O primeiro tempo acaba em empate. O plano agora é deixar Tetsu-kun sentadinho e comportado em como pensam em um jeito de trazê-lo de volta (se é isso vai rolar). Ou seja: não existem garantias pra ele. Por hora, melhor se concentrar no que eles têm. As marcações são remanejadas, mas no meio de um time comandado pelo ex´capitão da Geração dos Milagres e três Reis sem Coroa, ninguém se preocupa com o pobre Mayuzumi (o que tava marcando o Kuroko, lembram?). Ohh, isso será um belíssimo erro… Ninguém entra no time do Akashi pra preencher cota não minha gente, se liguem! Aomine fica curioso e pede que sua stalker informante Momoi diga o que ela sabe sobre essa criatura obscura. Um garoto franzino, sem grandes habilidades, que entrou no time da Rakuzan logo depois de Akashi. Antes disso, sequer era reserva. Familiar? Sim, ele é exatamente igual ao Kuroko. Só que melhor. Isso me faz indagar se a Seirin nunca pensou em treinar uns contra os outros de forma a descobrir as próprias fraquezas. Assim, teriam previsto uma situação como essa e saberiam contorná-la, além de descobrir cedo as falhas de suas próprias técnicas para cobri-las ou descobrir como reagir em quadra caso fossem desmascarados. Sim, é um bom plano. Mas é tarde demais pra isso. Neste momento, não vejo de que forma Kuroko mostrará a Akashi o valor de seu basquete, que acaba de ser completamente sobrepujado, e todo o conceito do anime cai por terra. Só resta esperar por um deus ex-machina que os faça vencer o anime de forma satisfatória, porque olha, tá ruim cara.