[sc:review nota=2]

Como se a vida de um jovem atormentado pela morte trágica e sanguinolenta de sua família já não fosse atormentada o bastante por pesadelos, Asuramaru decide ajudar seu mestre um pouco mais, fazendo com que Hyakuya sonhe com Mikaela, que lhe pergunta por que ele os abandonou. O demônio-espada-kawaii dá lugar à Mikaela e completa, dizendo que, caso um dia Hyakuya não possa mais seguir em frente, para que ele se entregue a ela e, assim ela buscará vingança por ele. Jeito simpático de começar o dia.

Sonhos ruins à parte, hoje é um bom dia. Hyakuya finalmente vai começar sua vida militar. Ele encontra Shinoa no metrô (que está funcionando, mesmo depois do quase apocalipse!) e ela explica que está lá para lhe entregar ordens (mas claro, só depois de tirar uma da cara de Hyakuya, que fica vermelhinho ao vê-la com o uniforme militar… o que eu não entendo porquê acontece, já que ele não exibe nada que o uniforme escolar já não exibisse). Eu sofro de uma séria dissonância cognitiva toda vez que paro pra pensar na Shinoa como mais velha/veterana no exército de Hyakuya, mas isso não vem bem ao caso. Ela explica que os vampiros da região de Kansai pretendem retomar Shinjuku e, naturalmente, a reação de Hyakuya é: “Opa, então poderei matar vampiros se eu for até Shinjuku?”.

Tá, tá… eu sei que você comeu o pão que o diabo amassou por causa dos vampiros, eu sei que isso é grande parte da motivação da sua vida (ou assim você pensa) mas, por favor, será que podemos parar de brincar de Chachacha com a evolução do personagem?! Cada vez que ajuda um companheiro a superar um obstáculo, Hyakuya demonstra uma maturidade emocional/cognitiva razoável e no episódio/segundo seguinte ela é esquecida e substituída pelo discurso: “MATAR TODOS OS VAMPIROS!”. Sério, já deu o que tinha que dar essa lenga-lenga, nós já descobrimos que o Hyakuya pode ser um personagem menos bidimensional do que isso então faz o favor de nos entregar ele, produção!

Shinoa critica a postura dele: Você não vai sobreviver fora da muralha de mantiver essa atitude. Eu acho que nenhum de vocês vai sobreviver fora da muralha sem os Equipamentos 3D, seus doidos!

Erm… –caham-

Saindo da muralha, Shinoa revela que tinha uma irmã mais velha, que morreu. Hyakuya pede desculpas por tocar no assunto e a jovem retruca que, em tempos como os que eles vivem, é difícil encontrar alguém que não tem perdido alguém. E aí eles perderam uma incrível oportunidade de aprofundar mais a personagem da Shinoa, mas como isso não era importante a idéia morreu logo em seguida. Uma discussão chama a atenção dos dois e desvia e aí temos a adição de Mitsuba, a loirinha tsundere veterana no exército que se acha capaz de treinar uma unidade de novatos (e eu já vou explicar porque ela não é). Mitsuba e Shinoa parecem ser velhas conhecidas (do tipo que se provocam o tempo todo) e a tsundere questiona Guren sobre a decisão dele em colocá-la sob o comando de Shinoa. As duas brigam, Guren aparta a briga daquele jeitinho especial que só ele sabe (não com chutes dessa vez, mas com um enforcamento leve) e a vida segue. Guren explica que ele irá para Shinjuku por uma rota diferente e que, agora que os cinco pivetes deixaram a muralha, eles devem deixar as diferenças entre si para trás e agir como um time em nome da sobrevivência de todos.

Mitsuba começa bem, atacando Hyakuya pra testar seus reflexos.

A missão consiste em localizar vampiros que estão caçando seres humanos e usando-os como fonte de alimento em Harajuku, exterminá-los e libertar os prisioneiros, pra depois seguirem viagem até Shinjuku. Mitsuba dá um chilique no meio do caminho, chamando todos de amadores e fazendo recomendações óbvias como: “Não se distraiam” e “não se achem a última bolacha do pacote”, deixando os garotos perplexos.

Perto da estação, uma menininha foge de um centauro-alado-monstruoso e a reação de Hyakuya e Mitsuba é automática: ele decide salvar a vida dela. Mitsuba o impede, sob a prerrogativa de que aquela era uma óbvia armadilha dos vampiros e que quebrar a formação naquelas circunstâncias poderia ser fatal para o grupo (o que me fez perguntar se, nos minutos gastos com a tensão quebramos-a-formação-ou-não não teriam sido melhor gastos com uma ação em grupo bonita e bem coordenada, todos juntinhos para cair na armadilha, salvar a mocinha e aumentar a chance de sobreviver à armadilha). Naturalmente, Hyakuya ignora as recomendações da tsundere e parte para salvar a pivetènha, mesmo que isso signifique que ele vai se tornar um alvo.

Shinoa, Kimizuki e Yoichi ficam à postos, esperando pelo momento em que os vampiros aparecerão, enquanto Mitsuba e Hyakuya partem ao resgate. Não demora para os vampiros aparecerem depois disso; Mitsuba dá área do lugar, Hyakuya enfrenta os três brevemente e, sentindo que pode ser sobrepujado, invoca o poder de Asuramaru. Kimizuki e Yoichi logo partem para cobrir sua defesa (powah of bromance!) e os vampiros recuam.

De volta às instalações militares, Mitsuba discute com Hyakuya sobre sua postura de colocar o grupo em risco e descobrimos que, no passado, ela já foi como ele e acredita que foi isso que causou a morte de todo seu antigo esquadrão (também, o que você espera de uma menina de 13 anos no exército!?). Hyakuya diz que não se arrepende do que fez e que faria de novo, se necessário, mas pede desculpas assim mesmo. A menininha resgatada revela que os vampiros estão na estação Omotesando e assim nossos heróis já tem o destino de sua próxima missão.

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