Fune wo Amu – ep 4 e 5 – Bom trabalho, Nishioka
Se os três primeiros episódios foram, podemos dizer, do Majime, esses dois foram do Nishioka. Assim, começo a acreditar que ele não seja apenas o deuteragonista, mas co-protagonista mesmo. É como o James Mays descreveu em um brilhante comentário no artigo anterior: um precisa do outro. O Majime tem o conhecimento necessário para que A Grande Passagem se torne realidade, mas é o Nishioka quem reúne as habilidades gerenciais e principalmente sociais para permitir que a produção seja realizada em primeiro lugar.
Depois da competência com palavras do Majime ser enfatizada de forma transcendental, mágica mesmo, no primeiro arco, esse segundo mostra a competência social do Nishioka de forma agitada, principalmente com os quadros que se alternavam rapidamente e até dividiam a tela no episódio quatro. Escolhas estéticas deveras adequadas para os diferentes momentos e diferentes ênfases.
Mas se a sociedade japonesa recebe de braços abertos pessoas com habilidades técnicas (desde que sejam necessárias no momento) como o Majime, o mesmo não se pode dizer sobre os pró-ativos como o Nishioka. Majimes são excelentes apertadores de parafusos. Já Nishiokas, é como disseram por suas costas no episódio quatro: pregos que se destacam são martelados.