Corrente de ódio em Fullmetal Alchemist Brotherhood
Chegou a hora de falar da grande waifu desse anime… Winry! Tá meio difícil falar da waifu de muita gente… sem machucar ninguém. Mas enfim, eu estive ignorando ela por alguns motivos. Um é porque a informação dela vinha em partes, e se eu fosse falar em partes, teriam só umas frases e ela iria aparecer em todos os posts. E a outra é porque mesmo a Winry sendo a heroína da história, ela às vezes parece personagem secundário. Isso não é algo ruim, mas, em alguns momentos, eu acho que ela aparece lá só porque… eu não sei mesmo, a autora quis. Digo, pra uma garota (mulher no final da série) se arriscar tanto assim, ela deve gostar muito do boy. Não é um ponto negativo, qualquer cena com ela é lucro pros fãs.
Eu não sei se eu vou falar dela em outros posts. Eu não acho que preciso falar dela nos próximos. Ela não tem mistério, quando você descobre ela, você meio que já sabe o que esperar dela. Uma das coisas que eu acho que ajuda a desenvolvê-la, é como Fullmetal alchemist anda, se você pensar que Fullmetal avança quebrando a sua inocência de pouco em pouco. Eventualmente, iríamos chegar na parte que a Winry é conectada na história. Quando descobrimos a história dela, ela meio que funciona como um dos pilares do Ed. Como eu já falei antes nos primeiros artigos, Winry e Al são meio que os componentes da inocência do Ed. Winry sendo todo o suporte que ele recebe, tanto em seu automail, como amoroso. Pensando de outra forma, seria como pensar em um amigo que você conhece a tempos, mas conforme o tempo passa, a pessoa muda. Porém, o seu amigo muda pra uma pessoa completamente diferente da que você conhecia, fazendo com que de repente se torne outra, deixando um vazio naquele lugar especial. Algumas vezes, nós conseguimos tampar o espaço deixado por essa pessoa e em outros casos o lugar que ela ocupava era tão especial que é quase impossível alguém substituí-la. Essas pessoas, para o Ed, são Winry e Alphonse. Se ele perde um desses dois, é como se uma parte dele morresse. O mesmo pode ser dito do Hughes para o Mustang, mas a diferença entre Mustang e Ed, é a maturidade. Se Ed perdesse um desses dois, eu não sei o que seria dele, mas não seria como o Mustang, só pelo fato do objetivo do Mustang e do Hughes ser algo menos egoísta. Enfim, até agora eu falei mais da relação da Winry do que dela, mas é assim que ela é usada na história, não sabemos muito dela, coisas como hobbies e objetivos (só dela, automail é algo voltado para Ed). Na real, todas as ações dela envolvem os irmãos Elric de alguma forma. O único momento que ela realmente fez algo que fosse do interesse dela, é nessa parte, onde ela quase atira no Scar.
Antes de falar do Scar, acho que eu deveria falar o que ela fez ou sente até essa parte da história. Sempre que víamos a Winry, era ela se preocupando com os irmãos ou reparando o automail destruído do Ed. O momento mais egoísta dela, até agora, é quando ela vai pra Rush Valley, mas nesse caso eu tenho minhas dúvidas, e no fim ela só fica pra aprender mais sobre automails. Essa parte foi legal, porque conhecemos mais dela e como ela era apegada aos pais. Em termos de arquétipos, já que a Winry perdeu seus pais cedo, ela meio que entra na categoria como “A órfã”. Eu não estudei direito arquétipos de personagens, mas eu acho que é isso. Ela nunca ficou órfã, é só uma forma de falar. Órfãos geralmente não ligam muito pra diferença de gêneros e priorizam mais as suas conexões, tanto que o maior medo deles é serem deixados pra trás ou de lado. O que até combina com a Winry, na série, a maioria das coisas são para benefício dos irmãos. Tudo bem que não sabemos como os personagens eram antes da tragédia de cada um acontecer, e não tem motivo, não acho que isso iria acrescentar algo ao anime ou mangá (se isso fosse um livro, aí poderia ser diferente). Se eu me lembro bem, o Hughes até a ajudou a lidar com os problemas dela. Enfim, ela é original da forma que é.
E encerrando arquétipos com a Winry, a cena do Scar meio que finaliza a evolução dela. Quanta coisa eu quero falar dessa cena, alguém me segura s/2. Felizmente, essa cena dá informação pra dois personagens: Winry e Scar. Mas, infelizmente, são tragédias. Lembra quando eu falei que o Scar era o pesadelo dos irmãos? Pois é, essa parte explica de onde vem todo o ódio do Scar e as consequências que isso trouxe pra história. É seguro falar que ele viu a utopia dele ser totalmente destruída. Significa que, transformar Ishval no que era antes da guerra ter acontecido, é impossível e, infelizmente, todos que tentaram ajudar o pessoal de Ishval, também acabou morto, vulgo os pais da Winry. Isso se aplica até ao irmão do Scar. De uma forma ele era como um professor para os civis Ishvalanos, até o fim ele tentou guiar ele pra salvação enquanto fazia seu papel de irmão e salvar seu irmão. Como resultado, Scar levou um choque tão grande quando ele perdeu a Era de Ouro dele, que fez com que a Winry fosse envolvida na história, assassinando os pais dela, enquanto caça os irmãos em busca de vingança. Essas características fazem ele ser o pesadelo dos heróis. Já a pobre Winry, ela sofreu de uma Perda de Inocência grande aqui, até agora, ela não tinha sentido emoções negativas ou pelo menos não tinha mostrado egoísmo. Bom, em geral, não tem muita novidade aqui. Ela sofreu o que o Ed e o Al já sofreram, mas a diferença é que a Winry tinha com quem contar. Quando Ed e Al perderam a mãe, a única coisa que Ed podia fazer era culpar o pai. Eles não tinham ninguém para mudar esse pensamento. Mas, com a Winry as coisas eram diferentes. Sabe quando falam que experiência conta? Então, esse caso é um exemplo disso. Atirar no Scar equivale à transmutação que os irmãos fizeram. Se ela atirasse, Scar iria reagir e seguindo a lógica, consequências iriam acontecer. Porém, já que Edward interferiu, ele impediu que a Perda de Inocência dela acabasse em uma tragédia. Ele que terminou isso, dando motivos pra ela não atirar.
Isso também se aplica ao Ed, quando falei que a Winry era parte da inocência dele e que ela tinha um lugar especial nele. Se a Winry perdesse para Perda de Inocência, iria afetar indiretamente o Ed. Essa parte é meio que um desfecho do primeiro parágrafo, a base do Ed é Winry e Al, do jeito que ele conhece, e infelizmente, se alguém mudar, a base desmorona.
E prefiro terminar o post aqui, não cobri muitos episódios, mas fazer o que né. A vida tem dessas, alguns posts com sorte cobrem mais de 3 e outros cobrem… quase um episódio. E guess what, semana que vem é semana do Natal! Vai ter post sim. Nerdice no Natal, por que não?
Escritora
Olá! Estes destrinchamentos da obra sem ficar abusando de spoilers estão ficando mais interessantes. E mais por falar de personagens femininas de FMA é para poucos: ao menos, a Arakawa teve preocupação em botar as personagens femininas sem apelar para apenas pano de fundo, como acontece na maioria dos shounens; basta ver que em “Silver Spoon” as garotas ou mulheres tem seus momentos e muitos destes interligados ao protagonista, o que dá mais significado quanto em suas participações.
A Winry nunca foi uma personagem, para mim, de grande destaque: apesar de sua vida interligar aos dos Irmãos Elric, ela estava mais para transmitir momentos mais tranquilos para eles, sabe, sair do drama e não esquecendo das cenas mais que óbvias dela mandando uma ferramenta na cabeça do Ed, cena cômica mais que declarada. Lembro mais dela na primeira versão, pelo fato de terem usado um roteiro que a colocasse mais em destaque e também tem a terceira abertura, mostrando ela e os dois irmãos brincando, algo bem fofo. No Brotherhood temos a primeira abertura e um dos encerramentos com ela e podemos dizer que parte das forças para os dois irmãos seguirem a jornada é que seu salvo-conduto é ela, afinal, tem idade próxima deles e conviveram juntos.
De qualquer jeito, o elenco feminino de “Full Metal Alchemist” é algo pra se destacar e vale a pena conhecer mais deste pessoal.
Continue com as postagens e até a próxima!!!
akunji
Bom saber que tem gente que acompanham meu posts s/2
E próximo post tem mais surpresa ou não.