Olá jovens e não tão jovens!

Bom dia/Boa tarde/noite, como vão? Tudo bem?

Vou tentar ficar mais em dia com minhas resenhas, pois quero sempre trazer o melhor para vocês, então nada de atrasos, né? Pois bem, vamos ao texto!

Ozuma foi um projeto que chamou atenção na época que foi lançado, pois era uma homenagem ao aniversário do canal WOWOW com história e o visual de Leiji Matsumoto, que fazia um bom tempo que não trabalhava em nenhum anime. Uma boa hora para os fãs de animes mais antigos, que viam o Leiji Matsumoto nos anos 70.

O início do anime foi promissor, com boas cenas no deserto, apresentando o conflito da história, sobre a humanidade tentando sobreviver ao esgotamento da água no planeta e seus conflitos, e as grandes perguntas logo no início, trazendo grande expectativa para os próximos episódios.

Um grande ponto deste anime são as lutas entre os “navios de areia”. O confronto intelectual entre os capitães dos navios é muito divertido para quem gosta de acompanhar grandes histórias de guerra e entender as táticas, os tornando bem reais.

Mas os episódios vão passando e percebemos que o curto tempo que o anime possui (6 episódios) não é suficiente para explicar tudo que aquele universo representa. Um grande erro deste anime foi tentar ser grande demais no seu conceito. Se a ideia principal fosse apenas sobre piratas revoltados com uma outra “raça” que deseja pegar uma personagem que fugiu para a base pirata, o anime teria fluído naturalmente e sem grandes furos. Mas eles colocaram a figura do “Ozuma”, que é o grande ser do anime. Ele seria um grande robô que representaria a natureza. Não consigo entender porque uma máquina robótica que teoricamente teria sido criada pelo homem representaria a natureza se revoltando contra o homem, já que este ser seria criado graças a degradação da natureza.

Eu sei, não parece uma garota

Mesmo tirando este problema de lógica, existem muitos outros problemas em relação as respostas e o envolvimento do espectador com o universo do anime. A falta de uma visão de como está a sociedade e as diferenças entre as raças fazem com que tudo não tenha o envolvimento esperado. O pior é tentar entender a própria lógica do “Ozuma” e sua pergunta final, a pergunta não faz sentido se a explicação do universo não foi concluída. Claro que tudo isso pode ser explicado caso este mesmo universo tenha aparecido em alguma outra obra do Leiji Matsumoto, o que não é algo inedito com esse autor, mas não deixa de ser uma falha.

A animação sólida do começo acaba piorando com o tempo. Existem muitas deformações nos personagens, principalmente nas personagens femininas. Talvez o problema seja que o Leiji Matsumoto não está acostumado a desenhar mulheres, e ainda paira sobre ele uma certa fama de machista, então a explicação pode estar aí. Mesmo assim, as deformações são bizarras e generalizadas. Pelo menos as animações nas lutas entre as naves são consistentes em todos os momentos, com a CG salvando nos momentos difíceis.

Mesmo com a fama de machista, as personagens femininas se destacam nesse anime

A parte musical de Ozuma é muito boa. Não sou muito fã de k-pop, mas desta vez foi bem eficaz. A música composta pelo FTIsland flui bem dentro do anime. No mais, não é um grande destaque mas também não deixa de cumprir seu papel.

Resumindo: o anime tinha uma grande expectativa e poderia ter se saído muito melhor, mas a falta de estrutura de sua história e a falta de consistência na animação estragaram um anime que tinha tudo para fazer sucesso entre os fãs de obras mais antigas.

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