Olá pessoal, quinta é dia daquela resenha especial feita pelo Kakeru17 para você que só queria uma vida tranquila e “não fez nada de errado”, ou para você que gostaria de parar o tempo para consertar qualquer coisa. Hoje é dia de Jojo, aquela obra que é um diamante inquebrável para os seus fãs!

Juro que não é o que vocês estão pensando…

Hoje vou falar sobre a terceira série de anime para tv da obra: Diamond Is Unbreakable. Ela adapta completamente o arco de mesmo nome e conta com 39 episódios e um OVA que adaptará um de seus spin-offs e será lançado posteriormente. Vamos à sinopse porque um diamante tem que se mostrar!

O ano é 1999, a cidade é Morioh, uma cidade pacífica e normal que recentemente se tornou um ninho para atividades estranhas. Jotaro Kujo, agora um biólogo marinho, segue para essa misteriosa cidade afim de encontrar Josuke Higashikata. À primeira vista não parece haver relação entre os dois, mas logo é revelado que Josuke é filho bastardo de Joseph Joestar, avô de Jotaro. Ao se encontrarem, Jotaro percebe que existe muito mais entre eles do que uma relação sanguínea.

O melhor Jojo!

Como a sinopse revela, um novo Joestar aparece, e além de possuir o sangue da família e a marca da estrela, ele possui uma Stand: Crazy Diamond, que tem a habilidade de consertar as coisas. Como em Jojo um Jojo meio que sempre “passa o bastão” para o outro, dessa vez não é diferente e Jotaro será um personagem suporte para o nosso novo herói, um colegial estiloso e bom de briga que perde a cabeça sempre que falam mal do seu penteado.

A história começa com Jotaro chegando a Morioh e se encontrando com o futuro Brojo, Koichi Hirose – até o momento apenas um humano normal –, e depois com o próprio Josuke para explicar a ele a história de seu pai ter tido um caso fora do casamento com sua mãe – é incrível, Joseph não deixa de aprontar mesmo depois de velho kkk – e também para resolver a situação da herança – pelo fato do melhor Jojo já estar bem velho, porém ainda vivo – e alertá-lo sobre uma grande ameaça que o espreita.

Menina, mas que babado hein rsrsrs…

É bem interessante destacar que esse arco se passa somente em Morioh, é uma aventura com local fixo, em uma cidade que apesar de aparentar ser pacata e comum, na verdade esconde diversas bizarrices – envolvendo usuários de Stand ou não – e peculiaridades que fazem com que ela tenha certa “personalidade” e atue como um personagem ativo na história. A cidade é essencial para o desenvolvimento do enredo e mostra suas próprias formas de brilhar durante o anime.

A bela cidade de Morioh para vocês!

Aliás, é importante citar também que há ação na maioria dos episódios, – mesmo que não seja exatamente porradaria – mas dessa vez a sensação de aventura e tensão contrasta muitas vezes com o sossego e passividade da vida cotidiana. É como se Jojo tivesse cruzado com o slice of life e agora fosse uma obra que alterna entre o melhor dos dois mundos. Acho isso muito bom, pois o autor não se manteve em uma zona de conforto e procurou fazer novamente um arco com diferenças pontuais para com os seus antecessores.

Quer coisa mais relaxante que essa fodendo pose do MITO Koichi?!?

Não posso esquecer de frisar a produção contínua ótima no que toca a trila sonora, – inclusive a terceira OP foi muito influenciada por uma música da OST de tão boa que ela era – direção, roteiro e animação – que apesar de certar inconsistências foi satisfatória nos momentos mais necessários. Na verdade, já é redundante falar do carinho e esmero com o qual a produção é feita, dando verdadeiro prazer aos fãs ao verem que uma obra que eles amam tanto é passada para a tela de forma tão bacana, sabendo respeitar as características únicas do mangá, mas também mudando quando é preciso – como o design dos personagens que no anime não é extremamente fiel ao original, mas que ainda assim é muito bom e conseguiu se tornar mais palpável para o público em geral.

David Production, estúdio que faz o anime, arrasa tanto quanto essa pose!

Agora, uma coisa continua igual: inimigos aparecendo e tentando acabar com os Joestar. E é aí que Josuke e Jotaro brilham protagonizando boas lutas contra Stands cada vez mais criativas e perigosas. Nesse meio tempo Josuke vai reunindo novos companheiros, novos Brojos, como Okuyasu – a princípio inimigo, mas depois parceiro dos heróis– que possui a Stand The Hand, que suga tudo com sua mão, e Koichi – que só posteriormente desenvolveu sua própria Stand – com seu Echoes, outra Stand humanoide, agora com o poder de escrever sons.

Aprendam como matar uma galinha super sayajin com o Okuyasu hehehe!

É importante ressaltar que todos esses usuários de Stand estão sendo criados em Morioh pelo arco e flecha que pertencia à velha Enya, e que foi responsável por dar a Stand de Dio, sendo que Josuke ganhou sua Stand naquela mesma época, mas conseguiu sobreviver ao processo e dominar o Crazy Diamond. O pai dos Nijimura – Okuyasu e seu irmão mais velho, Keicho, que atacou Josuke e Koichi – trabalhava para Dio e ficou com a posse do arco e flecha, mas acabou ficando em uma forma monstruosa por ter recebido células vampirescas do grande vilão de Jojo, que apesar de já ter sido derrotado ainda exerce uma influência considerável na história.

Isso que é fanservice em Jojo!!!

É nesse contexto que Okuyasu se une a Josuke, – para encontrar alguém que cure seu pai, já que Josuke não conseguiu – vingar seu falecido irmão e proteger a cidade – sendo esse o mesmo desejo de Koichi – dos perigosos usuários que aparecerão para se apoderar do arco e flecha. Josuke e seus amigos então se deparam com vários inimigos, – às vezes eles se tornam aliados, às vezes são apenas derrotados – culminando no embate contra Akira Otoishi e seu Red Hot Chili Pepper, na derrota do vilão, na chegada de Joseph a Morioh – sim, o melhor Jojo está de volta! – e, posteriormente, no surgimento do verdadeiro vilão da série e que pode não ter feito nada de errado na cabeça dele, mas não se safará da justiça almejada por nossos heróis!

Nossos heróis só querem PAZ!

Antes de falar de um dos vilões mais estranhos da história dos animes, tenho que falar um pouco de um ótimo personagem, Rohan Kishibe, um mangaká famoso que reside na cidade de Morioh e possui a Stand Heaven’s Door – que tem a habilidade de transformar as pessoas em livros humanos, nos quais Rohan pode designar comandos que as afetarão. Ele aparece na história a princípio em conflito com Josuke e companhia, mas depois acaba se tornando amigo de Koichi e atua meio que como Brojo do Brojo – isso só evidencia o quanto Koichi é foda, coisa da qual falarei mais à frente – e passa a lutar para proteger a cidade. Em uma dessas aventuras ele reencontra uma garota que era sua babá quando criança, Reimi Sugimoto, e descobre que ela foi assassinada – sim, Reimi é um fantasma, coisa banal para Jojo kkk – por um serial killer que se esconde em Morioh. É aí que o destino de nossos heróis se entrelaça ao do grande vilão.

Eu sou a diva que você quer copiar…

Um pouco antes de falar do vilão gostaria de comentar um pouco sobre nossos heróis. Anteriormente falei que Rohan é um ótimo personagem, isso se deve a ele ter uma personalidade forte e decidida, odiar dizer sim para pessoas que se acham superiores, e protagonizar desavenças divertidas com Josuke, mas é claro que não é só ele que possui uma personalidade legal na série. Por exemplo, Josuke é alguém amigável e divertido, Okuyasu é meio bobão de bom coração, Jotaro é menos “porta” nessa fase e apresenta maturidade e experiência, – sendo um personagem suporte muito bom – Joseph mantém seu brilho habitual, – só que agora um pouco mais velho – e Koichi não tem confiança a princípio, mas ao longo da história vai amadurecendo e se tornando um guerreiro forte e justo. É Koichi que demonstra a maior evolução no arco, inclusive é ele quem atua como narrador e que muitas vezes atrai situações bizarras e vive suas próprias aventuras com sua cota de superação pessoal e até de romance.

HOMÃO DA PORRA!!!

Bem, agora sem mais enrolação, vamos falar de Kira Yoshikage! Pode parecer piada, mas por uma “incrível coincidência do destino” Kira tem o saco do seu sanduíche trocado com o de um dos colegas de Josuke e Okuyasu, – Shigeki, usuário da Stand Harvest que coleta dinheiro – e daí acaba entrando em atrito com ele e matando o personagem com sua Stand Killer Queen, – que possui a habilidade de criar bombas e ativá-las com um toque – o que desencadeia uma perseguição ao vilão e dá o tom da segunda parte desse arco. Só que diferente de Dio – que objetivava a dominação mundial – e Kars, – que queria reinar perante todos os seres – Kira só quer viver uma vida pacífica com seu emprego estável, boa casa e status social. Até aí tudo bem. O problema é que Kira é um assassino em série que acumula vítimas, e não são mortes comuns, ele arranca a mão das mulheres que matou e as usa como “esposas”, isso dá um ar macabro à toda a sua psicose, mantendo a proposta de Jojo: ser bizarro até os últimos limites!

Na verdade isso só aconteceu por causa de uma mão… se fosse ao menos pelo sanduíche…

É nesse contexto que a perseguição a Kira começa, e após Jotaro e Koichi irem atrás de uma pista do vilão, – um botão de camisa deixado por Shigeki para Josuke – eles se deparam com seu segundo tipo de bomba, Sheer Heart Attack, – um dispositivo de longo alcance que ataca e explode guiado pelo calor – e têm dificuldades para sobreviver aos seus ataques, mas é aí que a estrela de Koichi brilha e sua Stand – agora Act II, após ter evoluído em uma luta com aquela que depois se tornou sua namorada, é sério kkk – evolui uma segunda vez e se torna Act III, derrotando a segunda bomba com sua nova habilidade e encurralando o vilão, o forçando a ir até onde Koichi estava para recuperá-la – já que ela está diretamente ligada à sua mão esquerda – e matá-lo.

Ele pode ter perdido a batalha, mas venceu a guerra! KOICHI MITO!!!

Só que nem tudo sai como Kira quer, e ele acaba sendo encurralado e ataca uma usuária de Stand residente da cidade, se aproveitando da habilidade dela para mudar de rosto, assumir uma nova identidade e conseguir escapar dessa vez. Após perder essa batalha, mas sem desanimar, Jotaro, Josuke, Okuyasu e Koichi partem para investigar a casa de Kira e lá descobrem seu pai – mais um fantasma, agora um fantasma usuário de Stand, tá pouco ou querem mais?kkk – e outro arco e flecha. Jotaro consegue neutralizá-lo por um momento, mas depois ele consegue escapar da casa dentro de uma foto e em posse da flecha, rendendo um dos prints mais sem noção desse arco.

Um velho fantasma com uma flecha na mão dentro de uma foto montado em um pássaro. Reflitam…

Depois desses acontecimentos, enquanto Kira se acostumava a uma nova vida, em uma nova casa, com uma nova família, e um novo rosto, surgem alguns usuários de Stand, a maioria deles enviados pelo pai de Kira para acabar com os heróis, o que rende arcos episódicos divertidos, mas que parecem servir mais para encher linguiça kkk. Vale destacar o mini-arco de Mikitaka e sua Stand Earth, Wind and Fire, que o permite se transformar em qualquer objeto inanimado. Ele ajuda Josuke a passar a perna em Rohan em um dos episódios mais engraçados do anime e causa uma dúvida, até hoje não respondida, na cabeça dos fãs, seria ele um Alien, como diz, – o que faria sentido já que ele foi atingido pela flecha e não sofreu reação alguma – ou apenas um usuário de Stand bastante excêntrico? Existem diversas teorias sobre o caso dele e até hoje não consigo acreditar 100% em nenhuma delas, mas de toda forma, podemos pôr na conta de coisas bizarras em Jojo que não têm uma resposta clara, e talvez nunca terão!

Você esperava um protagonista decente, mas sou eu, o filho do Joseph dando uma de espertalhão kkk…

Após esse momento ocorrem dois ótimos mini-arcos, um focado em Josuke e Rohan “superando” suas desavenças e enfrentando um usuário novo criado pelo “melhor pai do mundo”, e o outro em Kira, agora de posse do nome Kosaku Kawajiri, e um gato que morre e renasce como uma planta com uma poderosa Stand que lança ar comprimido. Sim, é sério, no quesito bizarrices Jojo nunca decepciona seus fãs kkk. Há também um personagem que desponta mais ou menos nessa parte da história e se torna essencial para a resolução desse arco: Hayato, filho do homem que Kira tomou a identidade e que vai colaborar com os protagonistas para derrotar o vilão, demonstrando grande inteligência e coragem para uma criança, além de fazer o papel de narrador na luta final kkk. Um personagem muito bom que o autor sacou no final da história e mandou muito bem ao fazer isso!

Uma das crianças mais legais que eu já vi em animes!

Depois disso Josuke e companhia enfrentam os últimos usuários criados com o propósito de livrar a cara de Kira, e então acontece o derradeiro arco em que nosso “Jojo inquebrável” enfrentará o vilão em uma das lutas mais peculiares do anime até agora, envolvendo Jotaro, Okuyasu, Rohan e Koichi de diferentes formas e culminando em um ótimo e incomum desfecho para um vilão e um arco consegue cativar cada vez mais o telespectador ao longo da história.

Bomb A Head!

Não darei mais spoilers para não estragar as surpresas do anime, que considero ótimas e que fazem valer a pena ver, por isso desde já indico bastante esse arco de Jojo que demonstra satisfatoriamente o talento do autor para criar bons personagens, bons poderes e situações bizarras que não se veem muito nos animes.

É por esse tipo de coisa que vale a pena ver esse anime kkk…

Antes de terminar o artigo só gostaria de citar a Yukako, – namorada do Koichi, que antes era meio que uma yandere louca, mas após ser derrotada por ele retomou certa “lucidez” – que foi uma personagem bem interessante e que – apesar de suas loucuras – teve seu desejado romance realizado; e o próprio Kira, que sim, era um psicopata louco e cruel, mas que seria injusto não citar a sua capacidade de adaptação às situações mais adversas e força de vontade para alcançar seu objetivo de vida ideal. Sei que isso não o torna um vilão tão bom quanto Dio, longe disso, mas faz dele um vilão com camadas e que foi interessante e instigante por causa de sua loucura e objetivo incomum para um vilão de anime.

O momento da justiça!

Na verdade, há um parágrafo que prometi mais acima e o qual não poderia deixar de escrever, e ele se refere a Koichi Hiroshe, baixinho tímido que como quem não quer nada foi comendo pelas beiradas e apesar de a princípio ser só um personagem de suporte, roubou a cena com seu carisma e suas ações gradativas e legais que o fizeram brilhar em diversos momentos, protagonizando ótimas lutas e sendo peça-chave na maioria dos acontecimentos. Não é errado dizer que ele foi o ponto de referência da obra, o qual o público poderia usar para se situar naquele universo e se envolver na trama dele, além de ter demonstrado uma personalidade mais incerta que a dos outros personagens, o que viabilizou mais seu desenvolvimento.

Ser reconhecido pelo Jojo mais forte…

Não que Josuke fosse um protagonista ruim, mas ele era alguém sem grandes conflitos e desafios, e que já era um personagem consistente desde o começo, – houve claro a exploração da relação de pai e filho dele com Joseph, mas no final isso foi resolvido sem gerar grandes problemas – por isso achei corajoso e positivo o foco muitas vezes ter sido voltado para o Brojo, mais ou menos o que aconteceu com o Polnareff em Stardust Crusaders, só que dessa vez de uma forma mais bem definida, a demonstrar que Koichi é o personagem principal, – aquele que muda e evolui ao longo da história – e Josuke o protagonista – aquele que resolve os principais problemas. Achei uma boa sacada do autor fazer isso de forma clara, pois a história pode girar em torno dos descendentes da família Joestar, mas os personagens de apoio são tão vitais para a trama quanto eles, evidenciando mais uma vez como Jojo – apesar dos bons e velhos clichês de sempre – consegue sempre apresentar um enredo com qualidades distintas. Sei que disse que seria só um parágrafo, mas ficou grande demais e dividi em dois, pois o Koichi merece kkk.

…não é pra qualquer um não!!!

Bem, acho que é só isso por hoje. Indico DIU – como é abreviado pelos fãs – tanto para quem viu os três arcos anteriores, quanto para quem ainda não conhece Jojo e deseja se aventurar nesse universo bizarro e emocionante. Claro que vendo, ou lendo, desde o começo, afinal pular partes é crime que tem como punição um toque sutil do melhor vilão de slice of life que você respeita!

Um protagonista que rouba o próprio pai sorrindo! That’s Josuke for you!!

Para essa parte dou um 8,5 com envolvimento emocional maior que a coragem do melhor Brojo até então!

A pose da coluna inquebrável kkk!

P.S.: CRAZY NOISY BIZARRE TOWN!!!

Só sinto satisfação com esse elenco maravilhoso!!!

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