Como já disse, costumo escrever o artigo sobre o episódio logo após assistir. Neste momento eu estou com um sentimento bem bacana de felicidade, pois o final de Kokkoku foi algo bem aconchegante, quente e familiar. É extremamente satisfatório começar uma obra, acompanhar o desenvolvimento dela, chegar ao seu final e fazer um comparativo de como as coisas mudaram neste intervalo de tempo. Claro, Kokkoku teve sim seus problemas, mas no geral é um bom anime e o Geno Studio fez um trabalho legal na medida do possível.

Como já havia ficado bem explícito no episódio anterior, a Juri ficou mesmo com a criança e cuidou como se fosse mãe dele, afinal, é uma criança inocente e não tem nem sequer as memórias do Sagawa, a única coisa em comum é o material genético. Foi muito bonito ver ela e seu avô cuidando da criança. O coração chegou a apertar quando ela teve que expulsar seu avô do “mundo dela” como ela mesma havia falado algumas vezes. No decorrer do episódio, acompanhamos a transcendência da sanidade até um estado de quase loucura, chega um momento em que se torna extremamente sufocante imaginar que se você estivesse na pele dela seria exatamente igual, creio que ninguém conseguiria manter sua sanidade mental ao ficar no estado dela.

E quando você acha que tudo foi  para o espaço e que ela vai se tornar um Arauto ou algum tipo de entidade no Estase, eis que aparece a Fundadora daquele mundo, e após uma conversa interessante, sabemos a verdade por trás do Estase, e assim Kokkoku fecha mais uma ponta. Claro que isso é só uma maneira “café com leite” de se fechar isso, mas lembra? Se o café com leite for bem feito, eu não me importo. E talvez uma das maiores qualidades de Kokkoku – e quem sabe a maior delas – é que o anime se fecha no seu mundo e faz o básico, e esse básico acaba funcionando em 90% das vezes, é bom que o anime não sofre de nenhum tipo de complexo de grandiosidade, tenta ser apenas um anime que aborda família, humanidade e tempo, sem se preocupar em ser o próximo x ou y.

É legal ver que o Tsubasa também evoluiu, apesar de ter pouca participação no meio do anime, ele é um dos personagens mais importantes justamente por ter o sequestro no começo da história e tal. Bem no finalzinho do episódio, ele aparece no metrô provavelmente indo trabalhar, o que mostra a evolução do personagem. O Takafumi aparentemente virou o “pai” da criança e enfim parece ter se tornado alguém mais próximo do que ele queria ser (apesar de ficar apenas subentendido). O Makoto agora tem um irmão com quem compartilhar seus momentos de infância e adolescência, e claro, de quem cuidar, pois ganhar um irmão é de fato bem legal. A Juri além de virar mãe, ainda deve ter se encontrado com a Majima e se levar em consideração as últimas cenas delas juntas e a última imagem do episódio, elas provavelmente acabaram desenvolvendo um relacionamento amoroso. Bom, algumas coisas não passam de especulações, e acho que nunca saberemos as confirmações disso, o que é muito bom, pois Kokkoku se fechou bem e eu não quero que haja uma nova temporada, afinal, já provou que não consegue alongar as coisas.

Quero agradecer a todos que acompanharam os artigos de Kokkoku aqui no blog. E agora faltam mais dois artigos sobre o anime, sendo uma introdução para a galera que não viu e quer saber se vale a pena assistir e uma resenha final para quem assistiu tudo.

  1. Oiii eu amei de todo coração essa serie e vc expressou bem o sentimento que eu senti, mas eu queria uma explicação melhor da cena dela tirando foto do avô, eu fiquei meio sem entender aquele jogo com o relógio parando e a foto escura ele afinal morreu e eles entraram um ultima vez no estase antes dele morrer??

    • Oiii, bom, isso me pareceu um simbolismo com o tempo, digo, naturalmente o tempo não para e as pessoas morrem, mas aquele mundo é o mundo da Juri, é o mundo da família dela, apenas lá o tempo não corre. Posso estar completamente equivocado, mas pensei exatamente isso.

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