Seishun Buta Yarou é uma adaptação para anime da light novel de mesmo nome (tem uma versão alternativa em formato mangá também). Lançado na temporada de outubro de 2018, a obra foi um dos animes mais comentados na internet não só de sua temporada como também do ano. Mas e aí, esse hype todo que a obra recebeu é justificável?

Bunny girl gira em torno de Azusagawa Sakuta, um colegial que em uma visita a biblioteca vê uma garota vestida de coelhinha. A partir daí, ele começa a se envolver com casos chamados de síndrome da adolescência que atingem garotas a sua volta. Bom, a história é basicamente essa e ao todo temos 5 garotas cada uma com seu arco pegando alguns episódios (primeiro arco dura 4 episódios e por aí vai). E por termos alguns arcos, é óbvio que haveriam comparações entre cada um deles e elas são um grande problema para Bunny Girl, afinal, pode-se dizer que por conta de um, o resto não parece ser tão bom quanto o hype sugere.

Sem sombras de dúvidas

O primeiro arco de Bunny Girl é muito bom. Bem desenvolvido, os personagens centrais são muito carismáticos e tem atitudes surpreendentes quando se compara com outros personagens de obras japonesas. Mas, não se engane, essa questão do protagonista ser “anti-clichê”(algo que nem existe pois ou é clichê, ou não é) é bobagem pois Sakuta é sim um personagem diferente do usual e bem carismático, porém não é tudo isso. Aliás, a Mai, namorada do protagonista e garota do primeiro arco, também é uma personagem diferente no geral mas no fim, não escapa muito. Um exemplo claro disso é que ambos namoram e como uma amiga minha sempre diz: romance sem beijo não tem graça. E ok, você até pode usar argumentos sobre as questões culturais e afins, mas a verdade é que o namoro deles é só um grande clichê cheio de desculpas esfarrapadas que tentam justificar esse romance morno.

Muito hype e pouco beijo

E a partir do momento em que você tem um arco muito bom, cria-se uma expectativa em cima do resto, algo que se mostra ser um erro. O segundo arco envolve uma kouhai (aluna do mesmo colégio de uma série anterior a do Sakuta) e ainda que a trama seja interessante assim como o desenvolvimento, pode-se “dizer” que o primeiro arco acaba sendo um empecilho. Ela acaba gostando dele, mas ele já tem namorada que por não ser o foco nem aparece direito e no fim, a resolução acaba sendo boa mas longe do esperado. O terceiro arco é um pouco mais interessante por envolver a amiga de Sakuta, Futaba Rio, que até então lhe deu alguns conselhos sobre as situações das síndromes.

O arco da irmã dele tinha tudo para ser um ótimo encerramento mas a quantidade de episódios não ajudou

É um arco interessante por ser uma personagem que já conhecemos e que tem um interesse amoroso em outro personagem que não seja o Sakuta. Mas acaba sendo um arco curto, sem tanto desenvolvimento e um final aberto que não parece ter resolvido muita coisa. Já nos dois arcos finais a obra tenta trazer detalhes novos que poderiam dar uma guinada na série. A aparição do pai de Sakuta e de um antigo amor são adições que se provam interessantes no início mas com o tempo, perdem sua eficácia. A questão do pai dele acaba sendo bem menos tensa do que parecia e a de seu antigo amor também, simplesmente por deixarem a resolução para o filme.

Apareceu, participou e no fim, não explicou nada

E outro grande defeito da obra é terminar a história em um filme. Claro que obviamente a produção só pensa no mercado japonês (a insistente burrice japonesa) e por isso não será um problema esse tipo de formato (para eles) mas a parte disso, é um erro. Primeiro que o final do anime acaba sendo aberto e sugerindo que certas questões só serão mostradas e explicadas no filme e por isso, fica complicado avaliar por completo a obra. Ou seja, como mencionado acima, toda a eficácia que tais detalhes poderiam ter, foi prejudicada e no fim, foi uma introdução inútil e desnecessária de problemas que vão precisar de um lembrete no filme para que o público consiga entender por completo.

É o que acontece com quem não era importante no arco atual

No mais, a parte técnica de Bunny Girl não deixa a desejar e apesar das críticas o anime não é de tudo ruim, apenas não justifica tanto hype. É um bom anime que conseguiu me divertir durante seus 13 episódios e que vai me obrigar a ver o filme também (sim, eu quero saber o que vai acontecer). Enfim, vale a pena se você quiser um anime legal que tenha romance para assistir, apenas não espere muito.

  1. Boa análise, principalmente na parte do vou desaparecer daqui. Por exemplo eu gostei muito do arco da Koga, mas dps do fim ela aparecia no máximo em 1 ou 2 cenas. E vc pensa era importante o arco dela pra história? Não seria melhor não adaptar o arco dela e dar mais capítulos pro arco da Cientista (poderia ser muito melhor). O amigo dele dps do arco da Futaba gpi outro que sumiu. Anime é bom, mas o Arco da Mai é muito superior aos dos demais. E isso acaba gerendo uma pequena decepção.

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