Azur Lane é um game mobile de origem chinesa que alcançou grande popularidade no oriente e repercutiu também no ocidente, não à toa ganhou sua adaptação animada na temporada de outono de 2019. E como foi que se saiu o “sucessor espiritual” de Kancolle? É hora de Azur Lane no Anime21!

Caso você ainda não saiba, Azur Lane se trata de uma história em que navios de guerra “se tornam” garotas fofas. Tudo para agradar ao público japonês, aficionado por moe. Um pouquinho diferente de Kancolle, aqui as garotas passam por uma transformaçãozinha estilo mahou shoujo e incorporam os navios ao próprio corpo.

Tirando isso e, claro, o plot base, o resto é todo muito parecido. Tem inimigos que dominaram os mares, guerra, estereótipos, um grupinho que deve ser o principal e… belas garotas.

Essa é a formula de Kancolle, essa é a fórmula de Azur Lane. Se não gosta disso, nem perca seu tempo. Não que não haja uma história a ser contada aqui, mas ela certamente não é o grande atrativo da obra.

Fui com a cara delas, mas não foram “personagens” ainda, né.

Enfim, o que gostei e foi diferente em comparação ao senpai japonês é que existem facções de garotas navio nesse mundo. Quatro para ser mais exato e dois lados diferentes, que tem o mesmo objetivo, mas certamente não usam os mesmos métodos.

Se você não sabe, a Akagi é uma das garotas mais populares do game e depois dessa estreia passei a entender o porquê. Ela ser uma “vilã” faz alguma diferença? Eu creio que não, afinal, acho que se trata mais de uma diferença de ponto de vista que exatamente de valores.

Em um eventual ataque em larga escala das Sereias isso com certeza irá mudar.

Porque as inimigas naturais das garotas navio devem aparecer, não vejo a Akagi e as outras da Red Axis como sendo as únicas antagonistas dessa história.

Como duas irmãs dessas eu queria entrar pra família nem que fosse pela porta dos fundos.

De toda forma, o importante é que a Unicorn é uma fofura só e logo fez amizade na nova base. O clichê da espiã que cria uma ligação com aquelas que antagoniza foi tudo menos criativo, mas, ao mesmo tempo, não posso negar que abre uma possibilidade de diálogo entre as partes. Ainda que pequena, afinal, a espiã é só uma subordinada, né.

No grupinho das garotas mais jovens tem a dorminhoca, a simpática, a extrovertida e até mesmo a que era para ser inimiga, mas não pareceu muito isso.

A procura pelo unicorniozinho foi bem divertida (não foi mesmo), mas o ponto alto do episódio certamente foi a ação.

Não gostei da computação gráfica quando ela apareceu, mas vi o suficiente de animação fluída aqui e acolá para achar que o anime não vai sofrer nesses quesitos técnicos, além do estúdio responsável pela produção ser o Bibury, que pode ser recente, mas fez um spin-off de Grisaia e foi criado por um nome experiente na indústria.

#PLEDGETOPROTECT

Para mim os únicos destaques, contando ambos os lados, foram a Unicorn, que lutou bem até onde deu, e a Enterprise, a mais forte da União.

Aliás, ela protagonizou as melhores cenas de ação, as quais não exigiram demais da produção, é verdade, mas foi o suficiente para essa estreia, que foi apenas uma amostra do que é o universo de Azur Lane e do conflito que deve ser explorado nos primeiros episódios.

Eu não esperava mais em nenhum sentido, e não tive mais mesmo. Só que há potencial sim, potencial para batalhas melhores, uma história mais complexa e personagens interessantes de fato.

A Unicorn e as amigas delas principalmente, a Enterprise na maior parte do tempo tem uma expressão mais severa que me faz acreditar que ela tem um background triste, mas até por esse episódio eu me surpreenderia se ela tiver toda esse tempo de tela.

Tem como não gostar da Enterprise?

Contudo, ela vai ser a protagonista, aquela que resolve tudo na hora das lutas, e sim, seria bom ver a história dela, entender o porquê a Red Axis foi criada e saber até de algo mais básico, como as antagonistas conseguem usar a tecnologia das Sereias.

É por que as garotas navio em si só existem por causa da tecnologia e só o que a Red Axis faz é estender seu uso? Não sei, mas uma hora a gente deve ficar sabendo.

Não vou trazer curiosidades sobre os navios que inspiram as personagens e seus tipos diferentes (não acho que esse é o seu foco se está vendo esse anime), mas eventualmente posso escrever isso em um artigo. Porque sim, há um pano de fundo real por trás desses animes de garotas navio, avião, etc — ainda que fique só nos nomes mesmo.

Por fim, eu nem sei mais o que dizer, talvez que gostei da trilha sonora e que fiquei triste porque minha garota navio favorita dessa franquia (a Honolulu) não apareceu?

Além disso, não vi o game disponível na play store, o que é uma pena. Love Live, Revue Starlight, Bang Dream e Girls Frontline estão lá, as produtoras de garotas navio estão perdendo tempo e grana. E você, não perca tempo, veja Azur Lane!

O resto do elenco

  1. Estava preparado para maldizer o anime e afinal gostei bastante da estreia.

    Dá para ver a milhas náuticas onde os criadores do jogo foram tirar as ideias, ainda assim parece que vai ser um anime interessante (em especial pela garota que corresponde ao Porta Aviões Enterprise, simplesmente o primeiro porta aviões nuclear da história).

    Se puder me corrigir, muitas as ideias de Azur Lane foram retiradas de Kancolle, as semelhanças são mais que muitas, só mudando os ataques das personagens e a forma como lidaram com os inimigos.

    Não abusando da boa vontade do mestre Kakeru, Azur Lane tem alguma personagem épica que corresponda ao couraçado Yamato?

    De resto, espero que o resto do anime gere um bom entretenimento.

    Excelente artigo de primeiras impressões Kakeru17.

Deixe uma resposta para Kondou-san Cancelar resposta