The Misfit of Demon King Academy – O Rei Demônio Colegial – Primeiras impressões
The Misfit of Demon King Academy (o nome japonês é enorme, esqueça ele), é um anime do estúdio Silver Link que adapta a light novel escrita por Yoshinori Shizuma e ilustrada por Shuu. Na história acompanhamos um Rei Demônio (Maou) que reencarna após 2000 anos e adentra uma escola de magia, onde descobrirá o que mudou no seu Reino.
Reencarnar como um bebê e atingir o pico da adolescência em um mês já seria motivo suficiente para se surpreender e questionar; arrasar no teste de magia da escola usando magias de alto nível então. Mas alguém sequer parou para dar ouvidos ao herói desse anime quando ele fez coisas absurdas e, pior (ou melhor, sei lá), se auto-intitulou a reencarnação do Rei Demônio que fundara o Reino 200 anos antes?
Não, e acho que esse foi meu maior incômodo com o anime, como todas as coisas incríveis que ele fez não foram questionadas, ou melhor, como ninguém se importou com a possibilidade de ele ser mesmo a reencarnação do antigo chefe da nação. O nobre que o atacou fez isso apenas por despeito, não visualizou a situação por inteiro, só corroborou com o clichê.
Na primeira parte do episódio ele já havia humilhado o carinha a rodo, precisava de outro showzinho? E o pior, àquela altura todo o peso da morte já havia se diluído, afinal, se ele é capaz de reviver até mesmo quem não matou, ainda mais sem limite de tempo, há chance de haver alguma consequência nessa trama?
Pior é que eu até gostei do clima inicial, apesar de ter odiado a falta de qualquer contextualização, pois o Maou sabe fazer cara de indiferença e a trilha ajudou a criar um clima sério, infelizmente, desperdiçado com o desenrolar da luta. Ele apenas humilha com sua força abissal e inteligência irretocável. Qualquer tentativa de seriedade caiu por terra para mim.
Menos mal que gostei da heroína e imagino que a outra garota que aparece ao lado dos dois deve contrastar com ela em personalidade, dando um algo a mais ao grupo que vai se formar em torno do Anos Voldigoad.
Ademais, não desgosto da ideia de brincar com as diferenças entre a época que ele viveu e a época em que reencarnou, mas precisava mesmo de tanta brincadeira tosca da parte dele? Imagino que as discrepâncias vão ser constantemente exploradas pelo anime, mas só isso produz uma boa história?
Não que a história vá ser boa de toda forma, mas também não garanto que vá ser ruim pela estreia, ao menos não se aquela mãe boba der uma sumidinha…
A verdade é que Misfit derrapa ao não abraçar um tom – seja de seriedade, seja de galhofa -, e a maneira como o Maou faz as coisas, e as pessoas ao redor dele não reagem de acordo, cai mais no segundo tipo, então senti que o anime tenta ser aquilo que não é e disfarçar o que realmente é, uma fantasia escolar de protagonista apelão. Nem mais, nem menos.
Se você gostou minimamente do primeiro episódio dê uma chance ao menos até o terceiro, se não se divertiu nenhum pouquinho caia fora. Eu sou o tipo de pessoa que malha anime assim, mas curte, então com certeza vou continuar acompanhando, mas não espere nada demais disso. Eu não espero.
Até a próxima!