Shokugeki no Souma apresentou mais um ótimo episódio, avançando com mais um desafio do BLUE. Desta vez, além de nos surpreender com uma prova inusitada, tivemos o retorno de Tsukasa e do bom e velho fanservice. Apesar de tudo estar indo bem, ainda fico com um pé atrás com a tal Bookmaster…

Depois da revelação no episódio anterior, este começou exatamente com uma divertida interação entre Tsukasa e seus ex-colegas de Tootsuki. Sempre gostei do personagem, principalmente por ele ser um adversário digno para Souma, ao mesmo tempo que não tem uma personalidade de vilão.

Mesmo sendo mega famoso, ele é humilde e “gente como a gente”. Um exemplo disso é a felicidade ao ver os antigos amigos no meio de um monte de pessoas estranhas – como aquele pessoal do Noir. Quem nunca passou por isso?

Sobre a prova em si, foi bem curioso a forma como envolveram uma loja de conveniência que, até onde me lembro, sequer apareceu no anime até então. Quando o assunto é culinária, pensamos logo em restaurantes finos e elegantes, mas Souma faz questão de destacar os pratos mais populares. Pra isso, não é preciso ingredientes caros e raros, mas sim algo simples, que pode ser encontrado no mercadinho da esquina.

Como se não fosse difícil o suficiente, a juíza ainda estabeleceu que o prato deveria custar mais de 100 dólares, o que para os japoneses é 10 mil ienes. Por isso a pergunta do título desse artigo: quantos Trumps vale seu prato? Como é que Souma, de um restaurante popular, vai preparar algo tão caro?

Esse episódio começou a se entregar quando foi dito que cada um teria duas tentativas. Com isso, ficou ÓBVIO que Souma iria entregar um prato se achando até ser totalmente detonado – só não esperava que ele sairia devendo dinheiro, o que foi uma ótima sacada.

Queria ver se fosse só uma tentativa, pois nosso protagonista já teria saído da competição. Outro ponto que foi pouco explorado é a possibilidade dos produtos ficarem sem estoque. O próprio Souma encheu duas bolsas de ingredientes e não prejudicou ninguém com isso.

A forma como nosso protagonista virou o jogo foi muito satisfatória, pois seu prato de Ano Novo fora de hora apresentou uma grande variedade de produtos, assim como mostrou a versatilidade do chefe ao substituir ingredientes por outros equivalentes – e o melhor, que podem ser encontrados em um mercadinho. Também foi ótimo o fato dos ingredientes já estarem limpos e preparados ser um fator positivo para ele e não um obstáculo.

Enquanto Souma e Tsukasa não se enfrentam, foi uma ótima decisão estabelecerem esses pequenos desafios a cada portão. Esse, sabemos que Tsukasa venceu, mas ainda há outros pela frente. Não duvido que vai ficar empatado até que os dois façam um shokugeki. Aliás, é bom que o anime faça esse desafio logo, pois até agora eles não tiveram um confronto direto e justo.

Enquanto o anime está dando destaque quase exclusivo para Souma, sinto um desperdício terem levado Megumi e Aldini para o BLUE, mas mostrarem tão pouco sobre eles. Fiquei muito curioso sobre como os dois conseguiram passar nessa prova e de que forma lidaram com os problemas.

Enquanto isso, Erina está fazendo um teste à parte, enfrentando todos os candidatos que foram reprovados de uma só vez! Isso é muito absurdo e injusto, mesmo levando em conta que ela é a diretora da Tootsuki. Sem falar que é uma pena não sabermos como ela está lidando com isso – só sabemos que ela está vencendo. Agora, qual é o motivo disso? Querer cansá-la?

É nesse ponto que começo a ficar desconfiado dessa temporada e a competição, pois tudo parece querer ajudar os Noirs e atrapalhar os protagonistas. O que custa fazer uma competição justa? Algo me diz que a reviravolta sobre a Bookmaster deve decepcionar, ainda mais agora que ela começou a inventar coisas no meio do torneio – o que não é a primeira vez que o anime faz.

Levando em conta o papo que Erina e Souma tiveram sobre mães nos primeiros episódios e agora essa perseguição com a Tootsuki, chutaria que a Bookmaster é a mãe de um dos dois. Pelo encerramento, o visual tá mais pra mãe da Erina, o que faz sentido dificultar tanto a vida da filha. A pergunta que fica é: Por que? O que ela ganha em ajudar os Noirs? Toda essa competição é uma armação? Tudo indica que sim. Vamos ver até onde isso vai…