O balançar do decote da Marin foi um fanservice descarado, mas, ainda assim, podemos incluir ele entre os vários detalhes que compõem um bom cosplay, o que vai além dos pormenores do vestido, mas passa muito por eles também, como a relação dos dois passava por isso.

Mas é claro que não ficaria só num cosplay, como a amizade deles não acabaria aqui. Sono Bisque Doll consegue nos deliciar com sua comédia romântica de cosplayer e cosmaker com doses de erotismo e romance que tornam esse anime o mais bonito da temporada.

Antes de mais nada, a felicidade da Marin não foi contagiante? É gratificante ver uma personagem tão carismática feliz, ainda mais quando o público do anime (que na maioria é otaku de carteirinha) entende o processo e o prazer que é dar vida a um personagem que se ama.

E esse é só mais um dos elementos que compõem esse ato de tirar fotos tentando encarnar a personagem em detalhes, algo básico, mas que corrobora com a ideia do anime ser sobre o cosplay (talvez até mais do que é sobre as bonecas hina) e seus bastidores também.

Com isso, após a criação instantânea da cosplayer Marin nas redes sociais, veio o primeiro evento, que de maneira até muito realista mostrou o desconforto do Gojo em um ambiente atípico, mas também seu deslumbramento com a animação e dedicação de todos ali.

A pegada no decote já no evento foi ainda mais fanservice do que a primeira vez e só reforça a personalidade “desinibida” da Marin, que ela não fica à vontade só com o Gojo, apesar de que com certeza tem limites que ela só passa com ele. Mas ela não é uma exibicionista, né.

Digo, talvez ela até seja, mas se for ainda não descobriu, pois não se expõe com esse tipo de recompensa em mente. Sua recompensa é o reconhecimento dos que apreciam seu cosplay e pedem para tirar foto com ela, o nosso é tudo isso e suas caras e bocas hilárias também.

Esse episódio não deixou a peteca cair em nenhum aspecto, seja técnico ou narrativo, mas friso a qualidade da animação, o uso super inteligente e eficiente do CG para realçar certas cenas, a trilha sonora pontual e uma ou outra composição de cena inteligente e gratificante.

É claro que nem tudo isso é mérito do anime, afinal, adapta um mangá, mas com certeza há muito a elogiar na direção. Não é à toa que o anime vem fazendo um sucesso estrondoso, aumentando as vendas do mangá, como também a procura por bonecas hina. É um fenômeno!!!

Como também é fenomenal a inocência do Gojo ao achar que uma otaku se satisfaria apenas com um cosplay e que sua amizade com a gyaru mais simpática das quebradas acabaria só com esse cosplay. Chega a ser fofo como o Gojo aprecia o tempo que passa com a Marin.

Aliás, não só o tempo, como as novas experiências que ela traz para a vida dele. Muitas delas com uma dose de erotismo que sim, quem odeia ecchi ainda pode reclamar, mas quem tenta entender o uso até curte, pois, pensa comigo, são formas de explorar a “intensidade” da heroína.

E não só ela, como o que faz o Gojo se apaixonar. Não, ele não gosta dela pelo pedaço extra de pele que vê nas situações constrangedoras, mas esses momentos mais íntimos vão envolvendo o rapaz, isso é claro. Homens são visuais, não todos, não sempre, mas um pouco o Gojo é sim.

E nisso ele elogia a beleza dela no trem, em uma cena extremamente bem composta seja visualmente, tematicamente ou narrativamente. Pensa aqui comigo, quais as chances dele ter falado algo para agradar ou da boca para fora no estado em que estava e após o que falou antes?

Zero. E a Marin se tocou disso, que ele realmente a achou belíssima. Mas repare que a cena chave em que ele lembra dela é com ela sorrindo e não do seu decote. Ele aprecia uma beleza que vai além da sensualidade que ela provoca, que diz respeito ao seu estado de espírito também.

E se a direção faz parecer que ele se apaixonou na corrida dela até ele, o mesmo vale para a reação dela após a declaração dele, em uma cena que teve como pano de fundo sombra e luz, sonho e realidade, as rodas do trem como se a similar as batidas de um coração acelerado, etc.

Sono Bisque Doll acertou em cheio nessas cenas, mas se me perguntar se garanto que os dois já estão apaixonados, diria que não, diria que isso é o que menos importa, o importante é o processo, e nele os sentimentos dos dois crescem com a carreira de cosplayer da mais bonita de todas.

Até a próxima!

P.S.: As marcas nas coxas dela são coisa da personagem e cada traço representa uma vez que ela fez sexo. Se você é fetichista tem como não se apaixonar por esse anime? Se você não é, tem como não se apaixonar por esse anime? Te desafio a não gostar de Sono Bisque Doll! ❤️