RPG Real Estate (RPG Fudousan) é um anime do estúdio Dogakobo (para a surpresa de zero pessoas) que adapta o mangá de Chiyo Kenmotsu lançado na clássica revista de CGDCT, a Manga Time Kirara. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“Está em busca de uma casa? RPG Real Estate é a sua solução! Quinze anos após o rei demônio ser derrotado, a paz retornou ao mundo, fazendo com que muitos procurassem um lugar pra morar, incluindo nossa protagonista Kotone. Ela acaba encontrando um lar numa imobiliária, que ajuda outras pessoas em situação similar a se acomodar, e com suas três novas colegas, elas vão arranjar a casa perfeita para todos os seus clientes!”

 

A chegada da protagonista para trabalhar na imobiliária RPG (Rent Plain Guide) já começou com muita comédia e fofura, tudo o que se pode esperar de um anime CGDCT (Cute Girls Doing Cute Things – Garotas Fofas Fazendo Coisas Fofas), o anime com essa proposta na temporada.

Não é difícil acertar a mão nessa linha de produção e o Dogakobo é um lar doce lar para essas obras. Sendo assim, tudo o que posso escrever sobre a protagonista (Kotone), suas amigas (Fa, Rufuria e Rakira), o mundo (mesmo pouco explorado) e o contexto (a imobiliária) é positivo.

O equilíbrio entre as personalidades das heroínas e o tom de suas interações é uma qualidade desse tipo de anime, tanto pelo quanto isso explora a fofura sem perder a mão de uma história minimamente crível, quanto pelo quanto torna a trama leve, mesmo que haja seriedade.

A Kotone é o exemplo perfeito disso, o equilíbrio entre fofura e seriedade, enquanto a Fa é o extremo da fofura e sapequice, mesmo que ser uma tradutora universal a qualifique o suficiente para estar no grupo. As outras duas também são um pouco opostas e um pouco semelhantes.

A Rakira gosta muito da amiga e do ambiente de trabalho, do dia a dia que compartilham, enquanto a Rufuria quer subir na vida, se destacar. Ainda assim, a que é mais tímida usa a roupa mais safadinha, enquanto a outra muitas vezes “trai” sua aura de onee-chan confiável habitual.

Isso dá muita margem para comédia e fofura, mas também para que a Kotone entre com sua sensibilidade e bom senso (perceptível em algumas cenas, trejeitos e atitudes da heroína) e se destaque logo de cara, entregando para a cliente o que ela realmente desejava.

Sim, sei que todas são estereótipos, mas, convenhamos, o que queremos de um CGDCT senão a boa execução deles? A partir daí um ser melhor ou pior que o outro depende muito mais de gosto pessoal e até circunstância, pois as premissas de produção quase sempre são as mesmas.

Criatividade demais poderia até trabalhar contra a trama. Por exemplo, adorei a prévia do próximo episódio, acho que o pano de fundo, de mundo de fantasia com magia e demi-humanos, pode propiciar casos divertidos e criativos, como pode acontecer já no segundo episódio.

Esse tipo de história não precisa inventar a roda para valer a pena, não mesmo. Não é à toa que o tempo todo mangás da Time Kirara são adaptados pela Dogakobo, é a fome junto da vontade de comer. Ou melhor, é o melhor do moe nas mãos de quem sabe trabalhar com isso.

Por fim, também teve o bait yuri básico que pode desembocar em alguma coisa, como também não. O mais importante foi vermos a extensão da intimidade das personagens, a Rakira e a Rufuria, o que pode gerar conflitos futuros ainda mais intensos devido a objetivos distintos.

Enquanto uma quer manter o status quo, a outra quer alçar voos maiores. Uma hora elas vão ter que se entender ou a imobiliária pode ter problemas. Aliás, esse lance do governo controlar a imobiliária é engraçado, não seria mais rentável uma “franquia” ao que elas fazem?

Por fim, detalhes a parte, o importante é que a estreia fez o feijão com arroz, dando toda a pinta de que nos fará gostar das heroínas e da imobiliária que administram. Será que a Kotone (que chegou comendo quieta, bem mineirinha) vai bater todos os recordes de vendas? Veremos!

Até a próxima!

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