Não fossem os protocolos militares, a chamada burocracia, e a possibilidade dos malfeitos do Duque vazarem tenho certeza de que o Mittermeyer teria rodado de cara, mas ele ficou vivo tempo suficiente tanto para mitar, quanto chegar ao impasse necessário a sua salvação.

Esse episódio escancarou porque o Mittermeyer e o Reuenthal foram buscar a ajuda do Reinhard e juraram lealdade a ele. Não foi apenas por necessidade momentânea, mas alinhamento de visões. Os três pensam da mesma maneira e são muito competentes no que fazem.

É verdade que o Reinhard tem a preferência do Imperador por causa da irmã, mas ele só cresceu tanto no exército por mérito próprio, o máximo que esse benesse fez por ele foi inclui-lo em um circulo ao qual normalmente não pertenceria. Crescer dentro dele foi mérito próprio.

O mesmo vale para seus novos aliados, que, de formas diferentes, verdadeiramente mitaram nesse episódio. Não sei qual a necessidade do Reuenthal correr na chuva até a casa do Reinhard (não podia ir de carro?), mas sua chegada e papo floriu bem o personagem.

Não foi marra, mas personalidade, o que já havia demonstrado ao visitar o amigo. E quanto ao Mittermeyer, como não elogiar sua coragem para bater de frente com seus torturadores mesmo em uma situação de clara desvantagem? Achava ele bonzinho demais e estava errado.

Reuenthal foi sagaz ao demonstrar suas intenções ao Reinhard a fim de convencê-lo a ajudar deixando transparecer confiança suficiente para exaltar o valor dele e do amigo. Já o Mittermeyer ganhou tempo de forma louvável, e sem abaixar a cabeça para seu ninguém.

Aliás, sobre o trecho em que o problema é resolvido, o Mittermeyer arrasou nele, mas também foi muito legal ver a entrada do Reinhard, e a maneira como o Comodoro conduziu a situação a fim da saída ideal, que era a nulidade das queixas, algo razoável para ambos.

É claro que o Mittermeyer tinha a razão, mas ali não se tratava de estar certo ou errado e sim de quem tinha o poder. Reinhard não tinha mais poder que o Duque, porém, sabia exatamente como bater de frente com ele e tinha o mínimo de autoridade para fazer isso.

Sendo assim, foi compreensível, até inevitável, o auxílio do “moleque loiro”, mas não foi só por ele que a lealdade foi jurada, como comentei mais acima. O que aconteceu foi uma conveniência de eventos, inclusive a consequência extra oficial disso, que foi mandá-los para a guerra.

Mexeram os pauzinhos para enviar o Reinhard e seus subordinados à guerra na esperança de matá-los todos, mas o que pensavam ser uma sentença era uma oportunidade, afinal, em uma nação essencialmente militar, não tem nada mais poderoso que méritos de guerra.

Por isso o Reinhard sorriu ao saber de seu destino, pois era a forma mais fácil de acelerar o processo que a gente viu na segunda temporada, o qual o conferiu enorme poder dentro do Império, o suficiente para conduzi-lo a “luz” que tanto criticava inexistir na Dinastia Goldenbaum.

Se ele conseguirá fazer isso ou não eu não sei, mas não é irresistivelmente interessante que ele e seu grande rival busquem o mesmo e que a única diferença resida em seus entornos e na necessidade que há de se digladiarem? LOGH é isso, um épico em seus ínfimos detalhes.

Até a próxima!

  1. Tenho que frisar que é o ódio pelo Imperador e nobres que fez o Reinhard se conseguir destacar por mérito próprio. O cair no bom grado do imperador foi só um bónus muito bem vindo.

    Passando aos acontecimentos do episódio, como foi bom assistir o best boy Mittermeyer dar uma lição aos nobres ladrões, só acho que o Mittermeyer foi demasiado cavalheiro com o nobre ladrão (para dar o exemplo para o resto das tropas, esse nobre devia ter sido fuzilado em praça pública). Como foi prazeroso ver o herdeiro do Imperador e dos seus lacaios quando o Mittermeyer só falou a verdade. Os nobres do império são o equivalente aos parasitas da Aliança só que mil vezes pior.
    Achei bem trash o carrasco que estava a torturar o Mittermeyer, sorte que o best boy lhe deu uma surra. O barão Fegel também está bem trash neste remake e isso é bom, só mostra que o status só torna as pessoas fúteis e burras.

    Passando ao Reuenthal, foi bom ver ele desesperado para ajudar o amigo, pensando que não o Mittermeyer é um irmão para ele.

    Agora o encontro do Reuenthal com o Reinhard e o Kircheis foi o ponto alto do episódio para mim. Fazia tempo que o Reinhard queria puxar para a sua asa os dois grandes almirantes e do nada eles vieram até ele (entre dois almirantes de elite e leais e um príncipe corrupto, a escolha é mais do que óbvia). Foi bom ver o Barão Fegel com o rabo entre as pernas.

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