Kumichou Musume to Sewagakari (The Yakuza’s Guide to Babysitting) é um anime de slice of life dos estúdios feel. e Gaina que adapta o mangá de Tsukiya. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“Toru Kirishima ficou conhecido no submundo como “o Demônio dos Sakuragi” por sua tendência a resolver todo e qualquer problema na base da violência… até o dia em que o chefe do clã Sakuragi o aponta como nova babá de sua filha única, Yaeka! Uma comédia emocionante sobre a vida a dois do braço-direito de um clã yakuza e da filha pequena do chefe!”

 

Quanto bati o olho nesse anime logo lembrei de Gokushufudou: Tatsu Imortal, mas ele tem uma pegada diferente, tanto por ser menos cômico, quanto por envolver literais yakuzas, tem nada de ex não. Além disso, aqui tem criança, o Tatsu e a Miku ainda não tinham filhos.

Nem o protagonista, Toru, tem, mas em compensação seu chefe um tanto quanto “excêntrico” o torna babá de sua única filha. Coragem que chama? Ou seria confiança em seu braço direito? Além disso, como raios um yakuza durão pode cuidar de uma criança de 7 anos?

Digo, não fazia mais sentido o pai contratar uma babá e colocar o Toru de guarda-costas? É claro que assim a história não teria tanta graça, mas se formos pensar em lógica… Outra coisa que não ficou explicada é porque o pai não pode ir no colégio da filha. Prisão domiciliar?

Se não isso, ele é muito ocupado com o trabalho ou alvo fácil para outro yakuzas (como o que aparece no final e tem tara no Toru)? Não sei e, em todo caso, o mais importante é como ninguém, hora nenhuma, questiona uma criança ser criada em uma casa de mafiosos.

Entendo que a mãe dela está em coma (foi o que pareceu) após um acidente, mas, ainda assim, não é como se fosse o ambiente mais adequado para uma criança tão nova. Mas claro, o anime vai suavizar isso e já fez um bocado disso nessa estreia fofa e eficiente.

Para o que se propõe Kumichou apresentou bem os personagens mais importantes nessa estreia, mostrou nuances cômicas (ainda que estas também um tanto perigosas) do protagonista, enquanto caracterizou a protagonista como uma criança tímida comum.

Toru é sisudo para meter porrada, mas gentil ao lidar com a Yae; enquanto ela se abre aos poucos e segue o que os adultos a dizem sem muito questionamento. O pai ainda foi um pouco uma incógnita para mim, mas podemos descobrir mais dele na sequência.

Gostei da interferência da tia e do que ela diz para o Toru, ainda que, honestamente, a responsabilidade fosse do pai ou dela. Sabe o que me parece? Que o Toru foi criado junto dos dois é é, além de um funcionário de confiança, um verdadeiro amigo da família.

Além disso, se não me engano fica claro que a Yae só veio a morar com o pai agora, o que indica que ela morava com a mãe em um ambiente mais seguro, tranquilo e propício a criação de uma criança. O pai não deve ser tão irresponsável assim, né.

Sendo assim, acho compreensível ele ter confiado a filha ao Toru, e também a irmã querer aproximar os dois através dessas atividades escolares que exigem presença familiar. Os irmãos sabem que com o Toru a Yae está segura e que é uma boa essa interação.

Contudo, não é como se tudo fossem flores também. Por exemplo, a piadinha de espiar a criança do kouhai achei de péssimo tom, pois é o tipo de coisa que realmente não cabe aqui. Além disso, ele pode tirá-la de perigos, mas pode colocá-la neles também.

Essa interação é fofa e diverte, mas comporta desafios, além dos normais que são entender e lidar com uma criança com a mãe em coma e um pai ausente (ainda que amoroso). Menos mal que o pai corresponde ao carinho dela e também tem uma tia atenciosa.

Ademais, adorei o clímax dessa estreia, com o conselho que o Toru dá a Yae e o estreitamento dessa laço (meio que de irmão, meio que de pai) que vai se formando entre os dois. O anime tem um clima gostosinho e deve prover bons momentos de comédia e drama.

Por fim, se gosta de slice of life e animes de “família postiça” indico que dê uma chance a este. Outro detalhe que curti foi a tradução da Crunchyroll, mais adaptada e menos literal, menos “otaku”, o que cabe em um anime para a família (seja esta mafiosa ou não).

Até a próxima!

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