Summer Time Rendering – ep 13 – Empate técnico?
Como a Ushio, que já estava colaborando com a Hizuru (não havia me tocado disso até esse episódio), transplantou o olho direito no Shinpei? A sombra não sabe, mas nem a original parecia saber. Será que ela fez isso inconsciente de todo o poder que detém?
Em todo caso, já entendemos que a Ushio é a tal, mais importante por ora foi o aperto de mãos entrega senha e as considerações que os heróis fazem quanto as limitações, até físicas, de uma deusa que come humanos e controla um exército de monstros.
Por um momentos eu realmente pensei que derrotá-la não seria tão difícil assim, até o plot twist da outra metade do episódio, o qual, na verdade, não foi plot twist coisa nenhuma. Se um dos olhos da Haine está com o Shinpei e o outro está com ela…
Era claro que ela também poderia se enfiar em outra linha do tempo, além da marca estranha sem explicação até então. É fácil apontar isso agora, pois, olhando em retrospecto, depois dela os dois sempre cruzam caminhos e o Shinpei sempre estava um passo atrás.
Sim, eu mesmo vacilei e não antecipei esses desdobramentos, mas como aconteceu tudo dentro do mesmo episódio não tem tanto problema, né? Ainda mais quando a nova abertura, e até o novo encerramento, dão a entender que o anime será mais “objetivo”.
Digo, ambas as novas OP e ED são mais comerciais e mais bem produzidas, mas, por outro lado, me parecem menos identificáveis com o que a obra tem de mais peculiar, que é seu sentimento de estar a deriva vivendo uma aventura de sentimentos conflitantes.
Isso é um problema? Não exatamente, ao menos não se o que indica a montagem dessa nova OP e ED, que há dois lados bem definidos e um conflito para ver quem resta em pé no final (Haine ou Shinpei), não se descolar do que a trama foi até aqui.
E o que a trama foi? Um mistério sobrenatural sedutor. Continua sendo? Menos, pois muita coisa vem sendo revelada nos últimos episódios. Porém, coisas como o incidente com o Ryuunosuke e como a Ushio se tornou tão poderosa ainda instigam bastante.
Voltando aos acontecimentos do próprio episódio, não julgo eles não terem percebido o movimento que a Haine poderia fazer e nem lembrado de suspeitar da marca que ela deixou no Shinpei. Eu no conforto da minha casa não notei, imagina eles no aperto.
Além disso, o poder que a Ushio pensou ter começado a dominar (de apagar a existência da Haine) a encantou e era natural que isso acontecesse, possibilitando até uma inusitada referência a Precure. Inusitada, não aleatória. Ushio é uma garota mágica, literalmente.
Inclusive, outra coisa legal foi o que ela revelou sobre sua capacidade de extrair informações mesmo entre loops, o que expande o leque de possibilidades para o grupo dos heróis, este já bem limitado depois da armadilha que matou 3 dos 4 mais uma vez.
E aí entra um novo loop, o qual só foi possível pela transformação brilhante da cabelinho de ouro e de seu sangue frio, que a torna capaz de decapitar seu amado sem hesitação. Isso é extremo, mas convenhamos, depois de tudo que já aconteceu entendo ela ter essa “força”.
Na verdade, força é o que a Ushio mais tem, não à toa a sombra de todo mundo é má, só a dela não. Aliás, não sei se você concorda comigo, mas o conceito de sombras não é bem sagaz por aproveitar os mesmos personagens só que no espectro diferente de índole e etc?
O autor foi bem feliz nesse sentido, de economizar em personagens e nos prover versões sádicas deles, até porque ele manteve os principais vilões, o monstrengo e a garotinha, sem contrapartes, não se deixando limitar apenas por essa dualidade.
Por fim, começou o flashback dos eventos ligados a morte do Ryuunosuke, história essencial para tanto entender melhor a Haine, quando traçar uma estratégia para derrotá-la. Além disso, seria bom entender melhor como funciona a dupla personalidade da Hizuru, né?
Entre tantas torturas, ver os pais vivos foi mais uma para o Shinpei, mas uma gentil, como é compartilhar momentos com a Ushio, que não é uma sombra normal, então vai saber o que vai acontecer no final, né? O que for, espero que não perca sua beleza singular.
Até a próxima!