Na verdade, não é tão difícil ver personagens da categoria, porém, boa parte das vezes, infelizmente, são apresentados como piada. Quando não é alguém que já se descobriu e é muito tarado, é alguém que se descobre a partir de um fato que aconteceu um dia (como foi o caso de Kushidori Madoka, de “Chio-chan no Tsuugakuro”(“O caminho da Escola de Chio-chan”)).

Isto o que eu descrevi acima é no caso de obras que não são Boys Love ou Girls Love, que retrata desde o início o amor entre duas pessoas e a história discorre sobre isso, sem precisar apelar muitas das vezes.

A lista a seguir contém animes que não retratam personagens LGBTQIA+ de forma pejorativa.

Vocês não sabem o quão difícil é ver animes em que alguma minoria é distratada ou jogada em segundo plano. Escolher dentre tantos que não sejam Boys Love que, muitas vezes, são aqueles que as pessoas criticam como as autoras sendo fetichistas, ou um Girls Love que é retratada de mesma forma.

Na lista a seguir tem Yuri, sim, mas é referenciado como sendo um dos que retratam melhor a realidade. Não é à toa que a autora, Shimamura Takako, aparece duas vezes.

Também tem um anime que é de comédia no meio, mas é aquilo: precisamos de uma comédia leve para prosseguir com a vida.

 

Aoi Hana

Escrito por Fábio “Mexicano” Godoy

Fumi e Akira eram melhores amigas no ensino fundamental, mas Fumi mudou-se para longe com sua família. Elas se reencontram agora que estão no ensino médio, em escolas separadas, porém vizinhas, mas algumas coisas mudaram.

Agora elas possuem idade para falar sobre e sentir sentimentos românticos e desejos sexuais. Akira não sabe, mas sua amiga de infância já teve sua primeira experiência, e foi com uma garota mais velha. As duas precisam equilibrar os estudos, a vida social em suas respetivas escolas, além das frustrações românticas que a Fumi ainda irá ter. Eventualmente ela irá se abrir para a amiga e isso pode mudar seu relacionamento para sempre.

 

Blend S

Escrito por Flávio

A história desse anime se passa numa cafeteria peculiar onde as garçonetes não apenas servem os clientes, mas interpretam personagens como a irmãzinha, a sadista, etc. Uma das garçonetes é a Hideri, uma garota trans que veio de uma família de fazendeiros, mas não gosta desse tipo de trabalho, preferindo ser uma idol.

Função esta que ela pode exercer como garçonete no simpático, aconchegante e divertido Café Stile.

Blend S está disponível no Crunchyroll.

 

Hoshiai no Sora

Escrito por Tamao-chan

Há uma equipe masculina de soft tênis que está prestes a acabar, já que está com um grande problema: não vencem um jogo a um bom tempo. Sabendo disso, Shinjou Touma vai em busca de novos jogadores, e Katsuragi Maki surgiu, atraindo sua atenção, já que tem bons reflexos. A princípio, o novato recusa, mas depois de fazer um acordo, resolve entrar para a equipe.

Depois de um tempo, percebemos que uma das coisas que todos têm em comum são problemas familiares de todos os tipos imagináveis e inimagináveis. Apesar de tudo ser apresentado de forma um tanto quanto violenta, a chave principal foi o entendimento de cada situação.

O que atrai bastante neste anime são as atitudes através de questões sexuais apresentadas por alguns personagens, e o entendimento de Maki é maior que esperado, principalmente porque o melhor amigo de sua mãe é um homem trans.

 

Hourou Musuko

 

Escrito por Tamao-chan

Nitori Shuuichi se veste como garota desde pequeno, e Tatsuki Yoshino não se identifica como uma garota, por isso se veste como um garoto. Ambos possuem segredos e questões sexuais desde novos, e a vida começa a mudar quanto mais pessoas se relacionam.

Este anime mostra a vida dessas duas crianças do início ao final do Ensino Fundamental, e é importantíssimo, já que mostra sobre a busca da identidade e sexualidade de cada um, como ambos se sentem com as mudanças corporais, os seus relacionamentos, sendo amorosos ou não, e muito preconceito, ou afeto, perante a quem é diferente.

 

Utena

Escrito por Fábio “Mexicano” Godoy

Quando criança, Utena foi salva das profundezas do desespero por um príncipe, que a deu um anel com a promessa de que se veriam novamente. Anos depois, e por causa desse evento, é a Utena quem quer se tornar um príncipe!

Vestindo-se e comportando-se como homem, no ensino médio Utena envolve-se em uma série de duelos cujo vencedor tem direito à posse da Noiva da Rosa, que é Anthy, uma colega de escola que acreditam possuir um grande “poder”. Utena luta para salvar Anthy de ser usada e objetificada, no processo desenvolvendo uma relação com ela que talvez vá além da amizade.

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