E no mais novo episódio do moranguinho, tivemos um avanço lento, mas talvez necessário para compreender melhor a situação e claro, o inimigo. A forma como eles atuam, seus objetivos e quem são, eram dúvidas que aos poucos estão sendo explicadas de várias formas.

Até aqui, o que mais me agrada nos episódios é a forma como tudo está sendo transmitido. O desenvolvimento lento é parte disso, inclusive, pois com cenas que parecem inúteis, a obra está nos mostrando aspectos que normalmente seriam ignorados.

Sempre acho muito interessante quando o antagonista é desenvolvido de maneira que você saiba o motivo de suas ações, sejam elas justificáveis ou não. Aqui, a ideia é destacar o conjunto completo ao invés de focar nos ideais de um indivíduo.

Com isso, estamos vendo a crueldade dos Quincys com um povo que na teoria é mais “humilde”, seja no Hueco Mundo ou na própria Soul Society. E tudo isso se torna ainda mais interessante uma vez que tudo fora da parte onde as 13 divisões estão é esquecido.

Claro, isso infelizmente não será desenvolvido ao ponto de ter algum destaque e mesmo o incidente no Hueco Mundo também será esquecido. Os Arrancars são um meio dos Quincys usarem peças descartáveis e para a Soul Society, bem, é um lugar que não fomenta interesse.

Mas ver a crueldade do inimigo, daqueles que na teoria representam o mal é “necessário” para que o Ichigo tenha motivos muito claros para lutar (e você concorde com ele). Como sempre, ele está ali para proteger quem precisa, seja humano, conhecido, inimigo e etc. O pedido de ajuda feito pelo Pesche reforça essa visão.

A ligação no momento em que o Ichigo estava presente para que ele ficasse sabendo da situação indiretamente, junto com a chegada da Nelliel e o pedido do Pesche ascenderam de vez o alerta do Ichigo. E o resultado não poderia ser outro: a ida ao Hueco Mundo era urgente.

Por outro lado, na Soul Society ainda não foi mostrado o impacto disso tudo. A morte de uma figura querida e respeitada foi representada por um singelo enterro, que mostrou um pouco do amargor do grande general, mas talvez não representou bem o impacto dessa perda.

Ainda restam 5, talvez 4 dias para o retorno dos inimigos e tudo é incerto. Agora os capitães sabem quem vão enfrentar, mas a informação é muito rasa para o menor dos descansos. O alerta mais do que nunca parece ser o máximo possível e estou bem curioso para ver como esse tempo até o fatídico dia será gerenciado.

E uma vez no Hueco Mundo, tivemos o retorno de outra figura muito importante: Urahara. Particularmente não espero que ele entre em algum combate nesse início, mas sabemos de sua importância para a Soul Society como um todo.

Já a parte final do episódio dedicou-se a mostrar um pouco das ações dos Quincys. Já comentei bastante sobre a crueldade deles e agora, sabemos que Harribel foi facilmente capturada pelos inimigos. Inclusive a representação da chegada deles foi bem interessante, ainda que pouco explicativa ou intuitiva.

Talvez essa seja uma das dúvidas mais simples até aqui. O rei Quincy mata com algum poder misterioso e tem a questão do motivo da Harribel ser tão valiosa assim. Se fosse apenas para derrubar o balanço de poder do Hueco Mundo, ele poderia matá-la, mas uma vez que a captura, ela tem utilidade.

Enfim, não adianta ficar questionando certos detalhes uma vez que no tempo certo será explicado (ou pelo menos assim espero). Fato é que Ichigo terá seu primeiro desafio na luta contra o líder da expedição Quincy no Hueco Mundo.

Não sabemos a extensão de seus poderes e nem quais são suas habilidades. A única coisa que temos certeza é de que as assistentes da Harribel não tiveram a menor chance contra ele. Que ele não vai perder sua Bankai é certeza, mas quais serão as dificuldades que ele vai enfrentar, bem, fica para o próximo episódio.

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