Reborn to Master the Blade – Segunda chance para se divertir lutando – Primeiras impressões
Reborn to Master the Blade (Eiyuuou, Bu wo Kiwameru Tame Tenseisu: Soshite, Sekai Saikyou no Minarai Kishi♀) é um anime de ação, fantasia e comédia do Studio Comet que adapta a light novel escrita por Hayaken e ilustrada por Nagu. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).
“Após viver uma vida dedicada a servir seu país e seu povo, o único desejo de Inglis é se livrar do fardo da coroa e de se tornar uma bela jovem guerreira! Renascida num futuro distante como filha de cavaleiros renomados, Inglis agora pode se dedicar plenamente às artes marciais. Graças ao seu desejo realizado, Inglis partirá para as linhas de frente para realizar seu sonho de se tornar a cavaleira mais forte do mundo.”
Essa romantização da nobreza em animes, principalmente isekais, não me cai muito bem. Pelo menos esse daqui é mais um em que esse fundo pouco ou quase nada importa, pois a intenção era apenas explorar contrastes e com isso trazer à tona a comicidade da heroína.
Heroína que era Rei em sua vida passada… Uma das modas do momento no isekai é a troca de sexos, mas esse daqui em especial parece que focará menos nesse potencial e mais na comédia relacionada ao desejo ardente, e divertido, por lutas da protagonista.
Esta que é a grande estrela da companhia, pois seus diálogos internos são impagáveis, ainda mais levando em conta que ela acorda como um bebê já em posse da habilidade de sua vida passada e questiona a tudo e todos em sua cabecinha prateada fofinha.
Sua altivez e obsessão pela adrenalina que conquista nas lutas tornam seus questionamentos e conjecturas muito engraçados e de quebra isso vai nos revelando detalhes do mundo ao redor, que é o mesmo de sua vida passada, “apenas” situado décadas no futuro.
E é um apenas relativo mesmo, pois a mudança foi drástica, com a perda do conceito de magia como ela conhecia, o que levou a humanidade a um estado de ignorância sobre seu potencial. “Reverter” um pouco esse cenário, ainda que sem intenção, deve ocorrer por tabela.
Porque tudo o que ela quer mesmo é se divertir manejando uma espada, coisa que começa a fazer aos cinco anos. Ela bebê explodindo o dragão na base da magia antiga que possuía foi bem legal, mas nada comparado a garotinha que humilha o filho trapaceiro do comerciante.
Apesar de relativamente clichê (é um semi-isekai, né, por favor), o trecho todo funciona muito bem pelo contraste da figura dela em oposição ao rapaz, ainda mais após ele acabar com quase todos os guerreiros da região, com exceção ao molenga do pai dela.
Molenga por ter aceitado a chantagem barata da filha, mas não por deixá-la lutar. Eu entendi que se ela e a priminha, a fofa Rafaela, podem ficar na arena de treinamento, é porque podem manejar uma espada, e se podem manejar uma espada, podem entrar em uma luta.
O conceito de “infância” como o conhecemos não é imutável desde o princípio da civilização, então esse cenário de fantasia inspirado na Europa de séculos atrás ter essas crianças mais “adultizadas” é comum. O primo mesmo só tem treze anos e é visto como um adulto.
Por fim, Reborn funciona enquanto comédia e até um pouquinho como ação também. A heroína é uma fofa tagarela que cativa qualquer um e a trama tende a ser leve, situada em um cenário favorável aos objetivos da heroína, herói… Isso não importa, não se Inglis tiver a sua espada.
Até a próxima!
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