Chihayafuru – Divertindo-se com poemas
Olá, pessoal! Aqui quem vos escreve é a Tamao-chan! Como sabemos, alguns animes terminaram, inclusive Sangatsu, que eu estava publicando terça-feira, às 13 horas. Então, resolvi preparar um artigo extra para apresentar uma resenha de um anime muito bom por sinal.
Chihayafuru é um josei muito bonito, e que com certeza atrai e enche os olhos de quem o vê. Ele conta com um anime de duas temporadas (uma que saiu em 4 de Outubro de 2011, e a outra em 11 de Janeiro de 2013), cada uma com 25 episódios, um OVA que saiu em 13 de Setembro de 2013 e um filme em Live Action que saiu em 19 de Março do 2016. A obra original é um mangá que ainda está em publicação desde 28 de dezembro de 2007, pela revista Be-Love, e sua autora é a Suetsugu Yuki.
Conta a história de uma garota chamada Chihaya que, quando estava na sexta série, ainda estava à sombra de sua irmã e não sabia exatamente o que fazer, até que se encontra com Wataya Arata, um aluno transferido da zona rural de Fukui. O menino, que é bem quieto por sinal, tem uma habilidade de jogar karuta competitivo, que é um jogo de cartas tradicional japonês, onde juntam 100 poemas. Ela fica fascinada pelo jogo, e também acaba levando o seu amigo Mashima Taichi para o seu mundo. E sua obsessão não cessou nem depois de anos. Agora já no colegial, ela tenta atrair mais pessoas para esse jogo interessantíssimo, para formar um clube de Karuta e ir para o campeonato nacional em Omi Jingu.
Como o mangá e o anime foram recebidos com muita positividade, o interesse em Karuta cresceu exponencialmente, e até mesmo em São Paulo foi criada uma Associação de Karuta. Quem morar na capital e tiver interesse, é só clicar aqui.
Este é um anime que me agradou muito. No início, até nos identificamos com certa postura da protagonista. Ela admirava a irmã, que é modelo, e venerava para todos os cantos que ia. Na verdade, nem mesmo sabia o que queria fazer da vida. Foi só encontrar uma pessoa diferente que sua vida mudou da água para o vinho. A maneira com que a obra mostra isso ajuda a entender claramente como as coisas podem funcionar. O que eu preciso fazer para mudar? Será que seguindo por esse caminho poderei mudar a minha visão de mundo? O anime explica.
E Chihaya também vai descobrindo diferentes pessoas em seu caminho. Como ela precisa de 5 pessoas para formar um clube de Karuta (contando com ela mesma), com muita dificuldade tenta recrutar mais algumas pessoas para esse mundo.
Mas afinal, o que é Karuta?
UM POUCO SOBRE O JOGO DE KARUTA:
Karuta é um jogo de cartas tradicional japonês. Consiste em definir rapidamente qual das cartas é a certa para a parte do poema que está sendo recitado, e pegá-la antes do oponente. No caso, o jogo tem dois tipos de cartas: o yomifuda ou “cartas de leitura”, e o torifuda ou “cartas de pegar”. Em Chihayafuru, o yomifuda é recitado a partir de um áudio tocado em um rádio, e os jogadores têm que observar todas as cartas para conseguirem as certas. E, como todo jogo, tem uma série de regras.
O tipo de Karuta utilizado em Chihayafuru é o Competitivo e as cartas utilizadas para tal são as de Uta Garuta (cartas de poema), onde os 100 poemas estão escritos em dois sets de cartas, e cada um é escrito por um poeta diferente.
No caso do jogo, são 100 cartas de torifuda, onde 50 são deixadas de lado e as outras são distribuídas para os dois jogadores que competem entre si, cada lado ficando com 25 cartas e estas são organizadas em três fileiras, sendo que antes mesmo do jogo começar, cada um tem 15 minutos para decorar a posição em que cada uma se encontra. E, como eu disse anteriormente, o yomifuda é recitado através de um áudio. Se o poema lido não corresponder a nenhuma das cartas em jogo, ela é uma carta morta. Caso contrário, é obrigatório um dos jogadores pegá-la.
SOBRE AS FALTAS NO JOGO:
Otetsuki (Faltas):
- Tocar em uma carta quando uma carta morta é lida;
- Tocar na carta errada no território do adversário;
Faltas duplas:
- Quando um jogador toca uma carta do território do oponente e este tocar a carta certa do território do outro jogador;
- Quando um jogador toca em ambos os territórios enquanto uma carta morta está sendo lida;
SOBRE O POEMA DE CHIHAYAFURU:
Essa é uma das cartas do jogo mais conhecidas, e que também coincide com o nome da protagonista do anime. Chihaya a princípio achava que era um poema que representava o cenário, porém lhe foi explicada a sua verdadeira essência.
O poema fala da futura imperatriz de Nijo, Kasaki, que tinha o dever de se casar com o imperador do Japão, mas já estava apaixonada por Ariwara no Nahira, sendo uma paixão inesquecível e impossível. O restante da explicação está neste link, juntamente com a explicação do poema que é pronunciado a partir do momento em que se inicia o jogo.
Explicando de maneira rasa como o jogo funciona, o anime pode ser super sem graça à primeira vista, porém, quando iniciamos esta linda obra, não paramos mais de ver. Os cenários são muito bem elaborados, os personagens se desenvolvem de maneira incrível, e também percebemos que algumas coisas que se passaram nunca mais serão as mesmas, principalmente com a volta de um personagem super importante para a obra, e que nos deixa divididos entre um ship e outro lol.
Sendo assim, recomendo fortemente este anime. Não só apenas pelos cenários, mas pela história também, e pelo jogo que é explicado de maneira fantástica. Não é à toa que ele ficou tão famoso a partir do momento de seu lançamento.
Mario
Definitivamente sou apaixonado por este anime!!! Valeu escrever sobre ele Tamao!!!
Tamao-chan
Obrigada pelo comentário, Mario!
Se tiver mais alguma sugestão, estamos aí! 😀
James Mays
Entrou no meu “hall da fama” tambem!!! Bem quando eu (um apreciador de slice-of-time) o vi achei ele meio arrastado, mas achava a Chihaya lindinha (e até meio bobona) e dei continuidade. E não é que surpreende! O enredo é bem equilibrado tem “catch” e alguns “twists” e de graça aprende o que é karuta, há muito tempo numa associação aqui na Vila Mariana tinha campeonatos disso e era muito interessante ver as disputas (eu achava que um daria era um tapa no outro…Burrinho que sou…) parecia um jogo de truco (o karuta tem muito de teatro do blefe). Ficava admirado com o profissionalismo do Arata e a tenacidade da Chihaya, e vc se indentifica pq é um grupo de amigos com suas diferenças de pensar de agir diante de uma situação algumas brigas que pareciam que ia acabar o grupo, ou seja algo que acontece muito em qualquer grupo de amigos seja no Japão ou no nosso bairro.
Esse eu garanto que dá tristeza quando acaba…”O que farei de minha vida após assistir isso…”
Tamao-chan
Olá, James!
Sim, esse anime é muito bom!
A beleza das cenas, a qualidade e o defeito de cada personagem, os desentendimentos, os ships criados(UIDFHSUIS)… tudo é muito espetacular.
E o jogo é muito interessante. Eu lembro que, assim que a primeira temporada acabou, fiquei sabendo da página do facebook da Associação de Karuta em São Paulo. E como é um estado com forte presença oriental, achei espetacular.
Também adorei a relação de cada um dos personagens entre si, e cada um aprendendo karuta de sua forma, tanto no jogo mesmo, quanto na interpretação dos poemas.
Muito obrigada pelo comentário!