Kuroko no Basket 3 – Ep 3 – Um bom clichê shounen
[sc:review nota=3]
~Comecemos o texto ignorando o fato de este post estar muito atrasado. Obrigada~
Bem, todas as minhas análises deram errado. Tudo o que eu observei, estudei e chutei deu em zebra. Se tivesse apostado eu certamente teria perdido dinheiro, mas admito que a culpa é minha. Quem mandou eu não me lembrar dos clichês típicos de um shounen de amizade?
Vamos aos fatos: sabíamos que Haizaki era um bastardo. Sabemos que era forte a ponto de derrotar alguém da geração dos milagres, inclusive pelo fato de ser um dos cinco reis sem coroa. Sabemos de tudo isso. Mas, pelo visto, a determinação de um personagem é mais forte do que o talento nato (isso me lembra muito Naruto clássico). Kise estava no fundo do poço, sentindo dor e sendo completamente superado pelo seu adversário. É o que normalmente acontece quando se encontra alguém com o mesmo talento que você, só que mais competente. Seu arsenal de jogadas quase no fim. E, com a moral baixa, o rendimento cai ainda mais. Haizaki sendo o canalha que é, ainda passa na cara do loiro que roubou a garota dele. Mó golpe baixo, na minha opinião, se fosse com outro personagem a coisa poderia ter acabado em socos.
E então, a reviravolta que todos esperavam – menos eu, ao menos não do modo como aconteceu: Kuroko se pôs de pé e gritou, a plenos pulmões e bem no meio do jogo, que acreditava em seu amigo. Pronto, acabou jogo, todo mundo sabe o que acontece agora. Kise sorri, diz que a garota nunca fora mais do que sua tiete e que ficou feliz por se livrar do incômodo (curti isso, tão Nico di Angelo). Termina a cena de reviravolta com um arremesso copiado do Midorima. A mudança de aura do armador contagia o time, e eles conseguem aproximar o placar no último quarto obviamente com a ajudinha dos arremessos característicos de outros membros da antiga Teiko – me levando a indagar porque diabos Kise não usou nenhuma delas antes. O cerco se fecha sobre o moreno a ponto de ele começar a apelar para táticas sujas. Leia-se: pisar no pé machucado dele. Kirisaki Daichi, alguma vaga pra titular sobrando?
Mas não é o bastante, e ele perde. A comemoração é intensa. Normalmente eu ficaria meio revoltz ao ver uma vitória baseada apenas no poder da amizade, mas com Kuroko é diferente. Não que eu esteja defendendo a falta de noção do anime, mas já joguei em competições de esportes de time. Eu sei na pele como um incentivo no momento certo, uma frase de animação ou a determinação do capitão do time podem levar a determinação a superar o talento bruto e a uma virada inesperada. Eu sei como é vencer quando ninguém mais está acreditando em você. Por isto, esta noite eu te deixarei em paz, Kise-kun.
Mas é claro que não é o fim. Haizaki está furioso, e precisa descontar em alguém. Porém, deu azar em encontrar justamente com o Aomine na saída do estádio. Talvez por terem temperamentos parecidos, ou por terem jogado juntos antes, ele previu que a derrota não desceria suave pela garganta do outro e ele buscaria algo, ou alguém, na qual descontar. Daiki alertou, ele não quis ouvir, e o resultado foi um soco muito bem dado na cara do estressadinho. Foi bonito, todos queriam isso, admitamos. E o episódio se encerra com um momento bastante Murasakibara: eu não amo basquete, só jogo para ser melhor do que todo mundo. Aham. Senta lá, Haizaki.