[sc:review nota=3]

 

 

O anime está em seu episódio cinco e o tal do “Shokugeki” no título ainda não foi citado. Afinal, de que adianta dar a um anime um nome e não explicá-lo? É esse o único defeito em histórias como Yuyu Hakusho e Bakuman, a falta de uma explicação para o título. Só que Shokugeki não seria assim, até porque essa coisa estranha que faz parte do título da série será, aparentemente, uma das bases dela de agora em diante, então nada mais justo do que colocar as cartas na mesa… De uma forma simples,de preferência, para que o Souma-kun compreenda talvez.

   A última vez que vimos, Isshiki-kun contava pro ruivo que era parte da Elite dos Dez, e o desafiava a cozinhar algo que estivesse à altura de sua determinação. Óbvio que Souma topou o desafio prontamente, e ainda se dispôs a usar a mesma base que o seu desafiante. Após o tempo de preparo, período em que boa parte dos residentes desmaiados acordou, Souma apresentou seu prato: ochazuke de onigiri de cavala, ou seja, um prato que consiste em arroz cozido mergulhado em chá ou dashi. Quando procurei essa receita na internet ela me pareceu tudo, menos saborosa, mas pelo visto a galera da pensão não concorda comigo. A base de chá salgado de konbu fez sucesso, mas o diferencial mesmo foi a sua técnica de selagem do salmão, o poêler. Eu já vi programas de culinária o bastante pra saber que essa técnica de derramar o azeite quente na parte nua da posta do peixe durante o aquecimento gera uma pele crocante e um exterior firme, prendendo a maciez e o umami dentro da carne. O X da questão é que esta é uma técnica francesa de cozinhar, aliada a um prato tipicamente japonês, de boteco mesmo como diz Isshiki. Aliás, Souma nem sabia o nome do que estava fazendo, só imitou o que aprendeu com o pai a vida inteira. O poêler, assim como a maioria das técnicas francesas, só deve ser utilizado em condições específicas, mas o garoto é instintivo e soube, mesmo que nunca tenha tentado usá-lo em cavala antes, que daria certo. Instinto e mistura de estilos culinários completamente discrepantes. São estes dois fatores que levam Isshiki a reconhecer o diamante bruto que é o ruivo.

 

Tá gostoso? Acho que tá gostoso.

Tá gostoso? Acho que tá gostoso.

 

Todos vão enfim a seus quartos, e no meio da arrumação, Souma pergunta a Isshiki o que é necessário para se entrar na Elite dos Dez. Não, ele nunca brincou sobre ser o melhor da escola. O loiro o enrola, mas o novato não se deixa enganar fácil assim. Quando todos levantam na manhã seguinte, ele já está de pé, desafiando seu veterano em troca de seu lugar na Elite. Souma é sumariamente ignorado por todos, e Isshiki se desculpa por não ter deixado as coisas claras: na Academia, todas as disputas são resolvidas através de desafios públicos e regulamentados, os chamados shokugekis. Para que um shokugeki ocorra, devem ser cumpridas algumas regras, dentre elas:

-Cada concorrente deve ofertar algo, e as duas ofertas devem ter valor equivalente e os dois devem estar cientes do preço;

-Um fiscal, para garantir que o desafio é legal e está dentro das regras;

-Um número ímpar de juízes, para evitar empates.

 

O palco real de um verdadeiro shokugeki.

O palco real de um verdadeiro shokugeki.

 

Dentro destas regras, praticamente qualquer coisa pode ser disputada entre quaisquer alunos, até mesmo uma cadeira na Elite dos Dez. No entanto, a oferta de Souma também deve ser alta, sendo que neste caso nem mesmo a sua expulsão seria o suficiente. E é por isso que Isshiki recusa seu desafio, já que não quer que ele parta (ele certamente sabe quem seria o vencedor). Shouma fica frustrado, já que também pretendia desafiar Erina, mas engaveta a ideia por ora. Enquanto ele e Megumi vão para a aula, o calado Ibusaki acusa Isshiki de não ter levado o garoto a sério e cozinhado um prato seguro, que não era a sua especialidade. O motivo disso é óbvio para todo mundo: o loiro quer que o garoto permaneça aceso. Viu o que ele é capaz de fazer, e quer que ele seja a semente para uma nova Elite dos Dez e uma nova academia.

Paralelamente, um shokugeki de verdade rolava entre a própria Erina e a Sociedade de Pesquisa de Chankonabe (uma variação do famoso onabe de inverno, um grande cozido cheio de carnes tradicionalmente consumido por lutadores de sumô). Erina quer o espaço do prédio do clube, já que a sua própria cozinha está “pequena demais pra ela” e, de seu ponto de vista, aquilo era só gasto inútil de verba estudantil. Claro que os membros do clube não vão deixar barato, e contra-atacam exigindo sua saída da Elite. Ela vence a disputa, e manda demolir o prédio do clube. Ok, eu me controlei até agora, mas loirinha, you’re such a bitch! E as lacaias dela não ficam pra trás… Atenção à morena recém-apresentada, o palco será dela no episódio que vem. Claro. Será esse o primeiro shokugeki oficial de Souma? Até onde ele pode ir apenas com o que já tem em mãos? Não muito longe, espero, cair de cara ás vezes faz bem.

 

A guria anda com um cutelo na cintura. Um maldito cutelo. Só tem gente bizarra nesse lugar???

A guria anda com um cutelo na cintura. Um maldito cutelo. Só tem gente bizarra nesse lugar???

  1. O anime tá divertido e tudo mais, mas está numa lentidão estranha. Ao mesmo tempo em que todas as reações são bastante aproveitadas e nada, nada mesmo, é desperdiçado, fico com uma sensação chatinha ao meu lado, visto que há MUITA coisa pela frente e ainda nem ocorreu o primeiro Shokugeki do Souma. (tá que vai ser logo no próximo episódio, mas pô, já estamos no sexto…)
    Enfim, só queria expressar esse desabafo hauahuahua.
    E como minha forma de incentivo: esses comentários semanas eram pra ser reviews ou expressões de opinião? Porque, como review, foi bem detalhado, entretanto, como expressor, não consegui ver seu ponto de vista além das três estrelas.
    Grato pela atenção. o/

    • Paulo, um review é uma opinião (ou melhor dizendo, envolve necessariamente opinião). Do inglês: crítica, análise, estudo. Acho que você quis dizer resumo =)

      De todo modo, aqui no anime21 nós editores escrevemos livremente, desde que seja sobre o episódio. O estilo de cada e o andamento do anime (há episódios em que simplesmente não há nada para comentar…) afetam o quanto cada artigo carrega de conteúdo opinativo, mas ele sempre está presente. Nem que seja as vezes apenas na forma como os fatos são encadeados em um resumo e na escolha do que citar e com qual destaque.

      Sobre esse anime em particular, eu não estou assistindo então vamos esperar que a Lidy apareça aqui para dar a opinião dela sobre isso =D

      Obrigado pela visita e pelo comentário, volte sempre!

      • Aaah, suave.
        É que eu estou mais acostumado a ver alguém falando aquilo que achou, buscando pontos positivos e negativos, coisa que eu não percebi muito. (o que pode ser por minha “culpa”, mas enfim…)

      • Então, dá uma lida em outros artigos. Pode ser que nesse simplesmente não havia muito sobre o que opinar… não sei porque não assisti, mas vai saber =D

        Os meus artigos variam loucamente. Alguns têm tanta opinião que quem não assistiu o episódio simplesmente não vai entender do que estou falando, enquanto outros é mais uma descrição comentada. Depende muito do episódio e de como eu mesmo estou no momento em que escrevo. Ultimamente em alguns artigos tenho colocado muito conteúdo de fora do anime (curiosidades mesmo) quando o anime toca no assunto, como falar sobre as músicas e artistas tocados em Hibike! Euphonium, ou falar sobre história e geografia em Arslan Senki e Fate/Stay Night.

    • Paulo, esse review ficou mesmo um pouco sem a minha opinião, mas foi mais porque o episódio em si foi fraco. Eu acho que dava pra ter deixado essa explicação pros dez minutos iniciais e acabado o episódio já com o início do primeiro shokugeki. Como foi só blá blá blá, acabou que eu nem tinha formado opinião nenhuma (aliás, até formo, mas ela estava contaminada com spoilers do mangá então tive de me controlar). Mas eu procuro sim expressar o que achei e o que eu espero, isso é bem mais evidente nos meus artigos de Kuroko no Basket por exemplo. Levarei sua crítica em consideração e tentarei ser mais expressiva, rsrsrs.

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