Kyoukai no Rinne – Ep 6 – Tá tudo na mesma
[sc:review nota=3]
Esse artigo atrasou por dois motivos. O primeiro é que, por algum motivo, o episódio legendado demorou para sair nas páginas de fansub. E, mesmo quando enfim saiu, eu demorei pra assistir. O que aconteceu no primeiro caso eu nem faço ideia. A justificativa pro segundo é fácil: eu tô desestimulada. Rinne tá repetitivo, chato, sem motivos pra me fazer ficar empolgada e meus olhos brilharem de expectativa a cada semana como outros animes fazem. Cadê o dom da Takahashi que a tornou uma das maiores mangakás da história? Cadê suas histórias memoráveis e eternas, que nos fazem suspirar de nostalgia e saudades? Tô esperando, mas sentada.
O pequeno conflito desta vez gira em torno de um pequeno santuário quebrado e assombrado, e de um garoto que anda se comportando de forma estranha. No primeiro caso, como de costume, Sakura é conduzida por suas colegas e logo pensa em chamar Rokudou pra dar uma olhada na situação, mas este já está ocupado atendendo a um pedido pessoal. Não sei dizer quando exatamente as pessoas de fora tomaram conhecimento dos serviços dele, mas levando em consideração que em nenhum momento o trio de esquisitos de preocupou em ser discreto, creio que faça sentido – sendo que pra ele, quanto mais fama melhor né? O pedido é de um adolescente, cuja família anda sendo ameaçada por seu irmãozinho mais novo. Uma visita domiciliar revela o problema: a criança foi possuída por um espírito de um gato. Bastaria um toque da foice dele pra acabar com tudo, mas vejam só: a foice se quebra. Mal conservada na loja de penhores, ela foi atacada por pragas de foices (?) e isso teve consequências desastrosas. Sem uma arma e com seu alvo tendo escapado, ele acaba colhendo mais informações e descobre que amigos do garoto estão desaparecidos. É Rikudou pra um lado, Mamiya Sakura pra outro e Tsubasa vai pra casa do único menino do grupo de crianças que permanece normal. Quem acha que isso é uma má ideia?
Sem surpresa, é revelado que a assombração do santuário, na verdade, são os garotos sumidos que foram atraídos até lá por uma mulher de kimono e agora estão presos. Regra número um do anime: não confie em mulheres de kimono. Enfim, quando tentaram abrir o santuário em busca de espíritos, os quatro acabaram libertando os espíritos de dois gatos travessos, ficando presos em seu lugar. Mistério parcialmente esclarecido, vamos tentar resolver a confusão. Nosso herói Tsubasa foi belamente enganado e inutilizado, sendo resgatado (ao custo de 250 ienes) por Rokudou, que ao mesmo tempo usou a já apresentada Roda de Fogo pra atrair os felinos do mal. O único jeito de se livrar de vez deles é tornando a prendê-los, usando como isca as coisas de que eles mais gostam: ootoro de atum. Eu já vi e li Ouran o bastante pra saber que ootoro é um corte nobre de peixe bastante caro, e pra quem pechincha balinhas de 5 reais, jamais seria uma medida válida. Rokudou, que certamente tem o espírito brasileiro nas veias, dá um jeitinho mais barato e improvisa um brinquedo com a foice quebrada. Funciona perfeitamente… Mas a mulher de quimono de antes torna a atrapalhar a vida alheia e prende-o junto com os gatos. Na verdade a maldita é uma damashigami, que nem o coelho rosa que tentou “matar” a Sakura uns episódios atrás, lembram? E sim, ela só queria preencher cota. Tsubasa reaparece magicamente e explode santuário, libertando os três. Influenciado por Rokudou e achando que, se for como ele, terá mais chances com Sakura, ele muda sua estratégia de exorcismo e usa ootoro (ele pode, ele é rico, e mata o rival de inveja) e erva de gato pra satisfazer os arruaceiros de modo que eles se elevem por conta própria. Fora de seu estilo, mas funcionou ao menos.
O que acontece depois é o velho blá blá blá irrelevante, mas olha, parece que finalmente as coisas ficarão divertidas por aqui. A damashigami escapa e pede desculpas a seu chefe por não ter cumprido sua cota,e diz que foi atrapalhada por um shinigami que tinha cabelos ruivos “iguais ao dele”. Irmão de Rokudou? Provável, mas também pode ser o pai ou algo do tipo. Ele é aparentemente quase igual ao nosso Rinne, mas nem por isso, a avó dele não aparenta mais do que 30 anos. Pra um shinigami mestiço a aparência física é bem diferente da que ocorre em humanos puros, então podemos esperar qualquer parentesco vindo deste novo personagem “misterioso” com o rosto já escancarado na opening, shit. O que eu posso chutar, com base na abertura, é que eles são parentes e rivais ao mesmo tempo, e eu diria que o misterioso é na verdade o comandante do exército de damashigamis que já apareceram e ainda aparecerão pra causar problemas. E ele e Rokudou lutam pau a pau e não é de hoje, talvez por motivos pessoais ou puramente por estarem em comércios conflitantes. Ah, e suas foices são bem parecidas. Talvez todas as foices de shinigami se pareçam, mas gosto de pensar que não.
PS: Falando em antecedentes, eu REALMENTE espero que o Tsubasa, nessa série, seja tratado como Ryoga e não como Kouga. Entendedores entenderão.
Fábio Mexicano Godoy
Sendo justo com essa história dos rostos parecidos, deve existir só uns três desenhos de rosto diferentes no anime, sendo os personagens diferenciados apenas pelo cabelo. E aí sim, esse daí tem a cabeleireira bem parecida com a do Rokudou.
Emmannuel Alexandre
Seria melhor se esse anime seguisse uma progressão mais semelhante a uma série e menos como eventos episódicos isolados.
Fábio Mexicano Godoy
Talvez seja complicado fazer isso porque Rinne vai ter só 25 episódios, ao contrário da mais de centena dos animes anteriores da Takahashi?