Kuroko no Basket 3 – Ep 20 – Jogo sem honra
[sc:review nota=4]
Olha, não precisa se expert em mangás e animes pra já ter manjado que a Seirin vai fazer alguma loucura pra poder vencer esse jogo. Mas, antes disso, ela ainda precisaria de afundar mais em desespero e desesperança antes de partir pro abraço e pro happy end. Foi justamente isso o que aconteceu na primeira metade deste episódio, mas então, pra tristeza (ou seria felicidade?) geral da nação a situação mudou nem nenhum aviso prévio. A salvação do time de preto vem na forma de Mayuzumi, o copiador. E cara, eu realmente não fiquei feliz com os meios utilizados.
O espírito do time está bastante despedaçado. As únicas esperanças que restam, por hora, são Hyuga e o ás Kagami, que mais do que todos se recusam a desistir. Riko conta com eles, e deixa isso bem claro para o capitão. Já Kuroko dá aquele “Toca aqui” característico dele para o ruivo, que dispensa explicações. Mas nem mesmo a melhor das intenções do mundo poderia prever o que aconteceria minutos depois: já prevendo que ele seria um problema, Reo arma para que Hyuga cometa uma falta contra ele, a terceira do moreno. Isso é perigoso, já que a quarta falta elimina o jogador de quadra, e estar na berlinda intimida o jogador – tentaram usar essa tática contra Aomine lá nos primórdios da história, mas ele não se deixou abalar. Mas Hyuga toma a saída que ninguém esperava, e discute com o juiz por não haver sequer encostado em Reo. O time tenta impedi-lo, mas não adianta, e ele toma uma falta técnica, sendo enfim expulso. Ok, fiquei genuinamente surpresa e chateada com mais essa. Não basta afinal estar se desenrolando sem o jogador fantasma que queria revanche mais do que todos os outros, mas agora sem o seu esforçado capitão que deu o sangue para ter a chance de estar ali? Jogo sujo, Rakuzan.
No início do terceiro quarto, Rakuzan está 25 pontos à frente. Em um jogo comum esta não seria uma dianteira insuperável, mas com o moral do time na lama está difícil ter esperanças. Kuroko perde a paciência e implora para voltar ao jogo, já que não suporta mais ver o massacre sem fazer nada (tá, o discurso dele foi mais bonitinho e menos cruel, mas foi no mesmo sentido). Todos se surpreendem com seu retorno e pensam que a Seirin armou alguma grande estrategia, mas que nada. O desempenho dele continua tão ruim quando antes, sua distração não funciona e ele só fica mais e mais patético ao lado de Mayuzumi, que brilha com suas jogadas. Espera, ele brilha? Um suposto Tetsuya aprimorado? Algo de errado não está certo aqui, e me cheira a tropeço em breve.
As duas sombras se emparelham, e a marcação está fechada. Em vários momentos Mayuzumi é o único com posse de bola e se vê impedido de realizar passes, mas como está sendo marcado por Kuroko não vê problemas em driblar e encestar. Fácil. Até demais. Claro, eles o estão deixando passar de propósito. Afinal, se é preciso ceder, que seja para o jogador mais fraco do grupo, não? Só que ele não ficou nem um pouco feliz ao se notar tão subestimado, e com toda razão. Geez, eu achava que esse cara teria uma personalidade calma como a do Kurokocchi, por terem a mesma habilidade e talz, mas ele tá bem mais pra Murasakibara, e se irrita com mais facilidade do que o esperado, além de estar levando essa rixa de “Melhor jogador fantasma” pro lado pessoal demais. Isso certamente há de intervir em suas habilidades. Mas chega de falar da cópia e voltemos nossa atenção pro original… Epa. Cadê o Kurokocchi?
Não sei quem do time montou a estratégia, ou se ela simplesmente se formou ocasionalmente, mas foi uma jogada esperta, na verdade até lógica. Se Mayuzumi brilha, Kuroko volta a se apagar. Então, deixá-lo ser marcado por Kuroko, que estava chamando a atenção de todos, furar seu bloqueio e ainda encestar foi como marcar uma grande seta em cima dele, ainda mais considerando que ele é visivelmente mais habilidoso do que o outro. Todos querem ver o que ele fará, e consequentemente não se importam mais com Kuroko. Ok, plateia volúvel tá me irritando, mas ao menos foi por uma boa causa. Porém, novidades, só isso não será o bastante. Então voltemos com um elemento que tava até meio em falta nesta história em particular, que é o poder da amizade e companheirismo, fortes o bastante para trazer Kagami de volta à zona. Êêêêêêêêe… (sarcasmo). Somadas, as habilidades dos dois são capazes de enfraquecer a sombra adversária e inclusive, mesmo que só um pouco, intimidar Akashi. A diferença cai pra 19 pontos na metade do quarto, e a saída do jogo é quase certa para o pobre Mayuzumi, que além de tudo ainda é rejeitado por seu time agora que não tem mais habilidades. Deixa eu dar neles, deeeeixa!
Mas vejam só, não houveram substituições na Rakuzan. Isso por si só é suspeito, já que mesmo a Seirin que é um time unido trocou Kuroko quando este se tornou um estorvo, então porque manter Mayuzumi? Bom, Akashi sempre tem um plano, claro, e desta vez não é diferente. A ideia é simples, mas maligna e eficaz: usando de movimentos oculares velozes, o ruivo chama a atenção pra sombra como se fosse passar-lhe a bola, mas na verdade arremessa para outro jogador. Quem o marca, no caso o Kagami, segue seu olhar inconscientemente (ainda mais estando na zona, cheio de instintos, tsc) e é sumariamente enganado. Por outro lado, Mayuzumi não tornará a tocar na bola durante o resto do jogo. Ele servirá de isca e nada mais, descartado por Akashi como um tênis inútil. Olha, eu não sei se ele esperava ser melhor tratado quando resolveu aceitar ser um dos cachorrinhos deste maldito ruivo bastardo, mas não consigo não me sentir meio mal por ele agora. Rakuzan, vocês merecem nada menos do que a derrota, e o rei deverá cair por último.
Gui Feliciano
Eeeeh, no volume oito do mangá (Kaijo vs. Touou) o Aomine leva sim 4 faltas mas permanece em campo. Se não me engano, para ser expulso são necessárias 5 faltas. Inclusive, tenho certeza de que o Hyuuga ainda vai voltar para o campo.
Ele tem rincha com o afeminado do Reo.