[sc:review nota=4]

 

 

Existem poucas expressões capazes de abalar mais profundamente um ser humano do que a famosa “E se”, aplicada ao passado. Especialmente quando a pessoa em questão está se consumindo em culpa. “E se eu tivesse pego aquele ônibus mais cedo?”. “E se eu tivesse feito aquela prova?”. “E se eu tivesse dito que o (a) amava?”. “E se eu não tivesse sido tão egoísta naquele dia?”. “E se eu tivesse ouvido os alertas que me deram?”. No caso do Suna, especificamente, a culpabilidade é resumida na frase “E se eu não tivesse desviado do caminho de casa no dia em que meu pai desmaiou?”. A grande armadilha desta conjunção adversativa é que ela é capaz de atribuir a responsabilidade sobre um evento inesperado ao interlocutor, como se uma decisão aparentemente trivial pudesse tê-lo feito evitar o futuro ruim que o esperava. Bom, poderia. Mas ao menos que você seja um orientado do professor Xavier, se afogar em um oceano de solidão e culpa não vai mudar o que passou, garoto. Você não tinha como saber.

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[sc:review nota=4]

Tecnicamente esse episódio foi bem parecido com os anteriores desse grande arco: muita falação e pouca ação. Mesmo quando está havendo ação os personagens passam mais tempo falando do que agindo. Nesse aspecto mantenho minha avaliação negativa de Fate/Stay Night. Ele não é um anime de ação, porque essa lhe falta. Tampouco é um anime psicológico, porque complica demais coisas simples apenas para parecer inteligente e na verdade tem muito pouco o que dizer. É um anime orientado a seus personagens, embora eles evoluam pouco ou demorem muito a evoluir, e que esteticamente está o tempo todo tentando parecer “legal”, com resultados variados mas na média bem sucedido. Nesse episódio, sem renunciar seus vícios, Fate/Stay Night finalmente deixou claro sobre o que estava falando e pôs em evidência a evolução de seu protagonista. O Shirou quer ser um herói, mesmo sabendo que jamais será um herói, que isso é impossível. Ele é apenas louco?

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