Às vezes a palavra “decepção” pode resumir muito uma avaliação sobre qualquer que seja o assunto discutido. O problema é quando somente essa palavra não pode resumir o sentimento. Fica apenas uma sensação de vazio depois de tudo que se viu… nada, digo absolutamente nada, será lembrado dessa obra, algo apenas fadado ao esquecimento. Vamos à análise do episódio final de Saredo Tsubimito Wa Ryu To Oduru.

Bom, o último episódio de Saredo mais pareceu algo introdutório sobre o passado de Gayus. Algo que tanto cobrei durante todo o percorrer da obra: “Dê foco no ponto de tensão criado em cerca da história de Gayus”, e o autor resolveu fazer isso, dedicando o último momento de sua obra, exatamente 18 minutos e 45 segundos, para mostrar como Gayus se relacionou com Cuella, e como começou sua parceira com Gigina.

Você caro(a) leitor(a) pode me dizer agora: “Bom, por que não está feliz já que a obra fez o que você queria?” O motivo é bem simples, há momentos certos para se realizar algo, e esse não era mais o momento de relembrar o passado. O motivo de ver dessa forma é que a carga emotiva para construir laços com a obra já não era mais necessária, afinal já era o último episódio. A única coisa a ser feita era dar um final descente, ou tentar um plot twist curto e inovador, para ao menos tentar deixar algo marcante na obra.

Saredo mostrou seus trâmites políticos como a grande essência da obra, mostrou como os humanos são sujos e como manipulam tudo para sempre conseguir o que querem. Em sua finalização havia bons pontos políticos para serem desenvolvidos. Foram desenvolvidos? Sim… em um grandioso 1 minuto. Nesse minuto foram dadas várias informações sobre o andar da carruagem de todos os impérios e governos e sobre o culminar das atitudes do episódio passado. O discurso de Gayus de 1 minuto foi o melhor momento do episódio, o único minuto salvador de uma obra que tentou mesclar um pouco de tudo e que resultou em algo sem sal, sem tempero, sem nada; isso é apenas Saredo.

Preciso comentar o que foi dito por Gayus? Acho que é só prestar condolências ao querido Levvi (Zhuo Lu), aquele que provocou o bom plot twist na obra e que teve seu final “honroso” apresentado em 10 segundos, nos quais ele foi morto e encontrado decaptado em uma das valas de Urmun. Realmente minhas condolências a esse personagem, que tentou até nadar contra a maré do esquecimento a qual todos os outros insistiram em navegar em direção.

Levvi

O final? Bom, Gayus disse que agora irá tomar jeito, pois tem uma mulher que ama e um parceiro que cuida dele. Tenho certeza que você, ao tomar seu café da manhã, vai relembrar essa cena. (Risadas? Espero que não, pois isso só exemplificaria o que venho tentando passar nesse artigo.)

Há algo em aberto que possibilite uma segunda temporada? Não vejo nada de muito relevante, talvez apenas o fato de Cuellar ainda estar viva.  Mas vejo que, se houvesse uma segunda temporada, algo que beira o impossível, a história se focaria em mostrar joguinhos de Gayus e Gigina matando monstros pela cidade de Eridana. Depois de se meter em toda a podridão do mundo politico, não mudar nada e apenas terminar em seu final mediocremente feliz, esse é o resumo de uma segunda temporada.

Cuellar.

O homem realmente é um ser sujo, cujos atos de manipulação, egoísmo, orgulho e ganância sempre o corrompem. Afinal, meu artigo também é um ato de certa “manipulação”. Evidentemente que, ao lê-lo, você o confrontará com sua ideia de final e irá julgar se acha que o redator aqui está certo ou errado em suas duras críticas. Se você leitor(a) possui uma visão diferente, digo-lhe que isso é normal, opiniões podem ser diferentes. Se precisar discutir quanto a isso, terei o prazer de responder ao seu comentário.

Sinceramente, fico feliz por Saredo Tsubimito Wa Ryu To Oduru ter terminado. Acredito que a todos aqueles que começaram e se viram “obrigados” a terminar, a série já estava sendo algo tediosa e uma experiência ruim. Para mim, como redator, a sensação era a mesma só que em dobro.

Como meu último ato de redator de Saredo Tsubimito Wa Ryu To Oduru, vou dar apenas um conselho a essa obra: vá para os confins do esquecimento, pois lá é seu lugar.

Adeus.

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