Sairaorg é forte. Extremamente forte. Rossweisse, Yuto e Xenovia sequer serviram de treinamento para ele, e até mesmo Issei teve grandes dificuldades. Por outro lado, após uma evolução que pode até mesmo ser considerada protagonismo, Issei tornou-se mais forte e muito provavelmente páreo para seu inimigo. Rias infelizmente acabou atrapalhando, mas por conta de suas ações, Issei finalmente pôde entender seus sentimentos e objetivos.

No fim, talvez seja mais correto dizer que a primeira luta de Sairaorg foi apenas um teste. Yuto e companhia sabiam que não tinham chances de vencer, mas ao menos poderiam expor alguns pontos notáveis para Issei. Apesar de terem conseguido, o preço foi um pouco alto. Levaram uma surra e, mesmo usufruindo de táticas para enganar o inimigo e fazê-lo usar as lágrimas da fênix, acabaram despertando algo que não deveriam, a fúria de Issei. Como ele mesmo disse, falta-lhe maturidade para ter a frieza necessária numa situação desse tipo, e ele pôde extravasar na luta seguinte onde venceu esmagadoramente a rainha adversária. Sim, ele estava com “sangue no olhos”, e, por uma questão de necessidade, a rainha desistiu da luta, porém de certa forma isso atrapalhou tudo. A sorte foi que Sairaorg tinha um forte desejo de enfrentar Issei e por isso fez uma proposta favorável.

Ou seja, tudo cooperou para que a luta ocorresse conforme o esperado e, bom, tivemos algumas surpresas. Primeiro foi o fato de que o peão de Sairaorg era simplesmente uma sacred gear com inteligência o bastante para lutar sem um portador/mestre e, segundo, Rias perdeu ridiculamente fácil. Levando isso em consideração, se teve algo nesse Rating Game que foi decepcionante foram as atuações das mulheres da família Gremory. Akeno perdeu com um golpe; Rias atrapalhou Issei; Asia sequer entrou em campo; Xenovia apanhou que nem condenado e foi ok; Koneko fez uma boa luta, mas perdeu de maneira tosca; e, por fim, Rossweisse foi teoricamente nula nas duas partidas em que lutou. Claro que no geral as lutas não foram o ponto forte e isso acaba até mesmo ajudando essa luta que teve mais emoção. Ainda que não tenha terminado, ela se tornou uma das melhores do anime (considerando todas as temporadas), mesmo sendo essa sua “função” por ser a luta final da temporada.

Devemos destacar também a evolução de Issei. Apesar de estar perdendo e com suas esperanças no ralo, o nosso querido protagonista ressurgiu com uma inesperada carta na manga. Seus antecessores queriam ativar o Juggernaut Drive a todo custo e, juntando o fato do descontrole e a aparição de um aliado inesperado, Issei pôde mudar. Essa mudança não se limita apenas a sua armadura que agora provavelmente faz frente a de seu eterno rival, como também atinge seus objetivos e sentimentos. Ver o amor que Irina confessou ter, o apoio das crianças e uma “dica” desse aliado incomum, Issei pôde reverter todo o ódio e rancor de seus antepassados em um futuro promissor com amor e esperança. Pode parecer tosco inicialmente, entretanto isso foi essencial para que Issei pudesse finalmente usufruir de seus esmagadores poderes que estavam bloqueados por falta de conhecimento. Após entender seus sentimentos em relação a seu futuro e a sua verdadeira amada, Issei pôde ressurgir para enfim vencer seu adversário.

Infelizmente chegamos ao penúltimo episódio dessa temporada, e confesso que a saudade já começa a bater. As emoções dessa versão reformulada foram boas e na medida, diferente de seus antecessores, que de certa forma mancharam a série ao mesmo tempo que davam um toque único. A luta final se encerrará no episódio seguinte, e finalmente veremos as resoluções que esperamos durante a temporada inteira.