Bem, sobre o episódio dessa semana, tenho que relatar que em geral ele até foi aceitável. Muita coisa muda em relação ao mangá, como já esperava, coisas essas que empobrecem o anime, ou mesmo reforçam e potencializam defeitos próprios do mangá. O anime consegue destruir personagens aos distorcê-los em suas ações.

Novamente, a animação aproveita muito mal situações intrigantes, como o encontro de Abayama com Habaki. Segundo o anime, Abayama foi ao banheiro, e quando voltou, todos os membros da Itto-Ryo tinham sido assassinados. Isso é forçado, no mangá é bem diferente.

 

 

Outro momento onde Abayama aparece, ele confronta o espião da Mugai-Ryu, no anime ele simplesmente é jogado na tela em face ao espião, não sabemos como isso aconteceu. Não dá pra negar que o mangá também força situações e as utiliza como ferramenta de roteiro pra encaixar situações diversas que movem a história, mas no anime isso é muito mal feito.

Temos algumas cenas onde Gyiti mostra mais as caras, são boas aparições, ele tenta comprar a liberdade de Hyakurin, que está fragilizada após tudo o que aconteceu com ela, e nunca foi a mais capaz em termos de caçar bandidos, e um agravante, ela aparentemente está grávida devido ao estupro que sofreu.

Após isso Gyiti vai ao encontro de Manji, buscar ajuda do matador de cem. O confronto entre ambos é interessante devido ao pragmatismo do Mercenário, ele mira nos pontos fracos do imortal, como o único olho que ele ainda possui, mas não dá sorte em um combate prolongado, já que Manji se regenera.

 

 

Podemos ver que Manji ficou muito desleixado com a arte da espada e pouco se defende, sua imortalidade o deixou arrogante, para um samurai que conseguiu matar cem pessoas seguidas, habilidosas, quando ainda não era imortal, é incrível o quanto ele apanha em todo e qualquer combate.

Segue-se a esse combate, o aceite, por parte de Manji, em conversar com o líder da Mugai-Ryu. Ele novamente é relapso nessa situação, o preço que paga será desenvolvido nos próximos episódios. O interessante aqui é o como Habaki o engana, ele o atrai para uma armadilha agindo de modo muito sincero, já, Manji cai feito um pato.

Voltando a Itto-Ryu, Anotsu, abalado pelo assassinato de seus companheiros e pela traição do governo, encarnado na figura de Habaki, ainda mais devido ao fato de que aqueles que foram assassinados serem a elite do seu bando, àqueles que tinham sido indicados como os mestres dos futuros dojos da Itto-Ryu, resolve, após reunir os remanescentes, voltar as origens do grupo. Queima a sua cede e casa principal e espalha o grupo para planejar a sua vingança, ou demonstração de força, perante o xogunato.

 

 

Anotsu vacilou ao ser ingênuo e não perceber que por mais que o bando fosse forte ao ponto de não poder ser mais ignorado, ele não era forte o suficiente, e pior, ele menosprezou o preconceito, subestimando a tradição e o asco que a classe samurai tem para com os métodos que ele emprega. Força, vitória e aprimoramento para além de qualquer método não são coisas que a classe dominante da sociedade aceita. O preço que pagou foi caro, a Itto-Ryu volta às sombras, o seu desejo de reconstruir a classe guerreira do Japão fracassou!

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