Já ouviu aquela expressão “matar dois coelhos com uma cajadada só”? Então, ela serve muito bem para descrever o que foi esse episódio. Foram dois pequenos coelhos, mas dois coelhos que deram trabalho, ainda que menos trabalho do que eu esperava.

Esse episódio teve foco em dois personagens, então nada mais justo que meus comentários também se dividam a esses mesmos. Primeiro começarei com Gil, e mais a frente com a Delia.

O Gil é uma criança temperamental, e bem diferente da Myne. Porém, ainda assim um garoto de personalidade simples. Tanto que o problema que ele apresentou era simples, a solução que a Myne usou foi igualmente simples (e funcionou!) e a coisa que realmente precisava foi tão simples quanto.

Claro que a situação que ele se encontrava torna suas atitudes contra a Myne compreensíveis, mas sua desavença com ela já vinha do momento em que se conheceram. Além disso, sua reputação entre os servos demonstra que sua personalidade é um problema muito maior que o problema momentâneo cuja existência ele culpava a Myne. No caso, a fome.

Ou seja, de fato o que ele precisava era outra coisa, e essa coisa era ser reconhecido. Por isso que a decisão da garota foi tão acertada, se ela apenas desse a comida para o garoto sem mais nem menos ela não teria resolvido o problema.

E por isso que não só a recompensa pelo trabalho, como os sinceros elogios tiveram tanto impacto no garoto. E assim essa primeira parte do episódio se fecha, mas antes de ir para a Delia, quero comentar sobre o Lutz e o Benno.

Fiquei muito contente sobre a participação desses dois personagens aqui, já que uma das coisas que temia era que a história focasse apenas nesse novo núcleo, e assim esquecesse de seus outros núcleos.

A narrativa desses primeiros episódios de Honzuki está muito clara, ela está apresentando certos problemas e os está resolvendo o quão cedo possível. Tanto que esse episódio tratou sozinho de dar a Myne o respeito sobre dois de seus servos.

Mas sobre Delia, ela foi abandonada pelo sumo-sacerdote. Convenhamos que ela fazia um trabalho horrível como espiã, até pois fez o exato oposto daquilo que era seu trabalho. No lugar de tentar ganhar a confiança da pequena Myne, foi apenas sua aversão que ela conquistou.

Olha só quem fala!

Ela é uma personagem bem complicada de se comentar, parece no final das contas não querer nada além de uma vida confortável. Isso é bem diferente do caso do Gil cujos problemas materiais (no caso a ausência de comida) inflamava suas já presentes necessidades emocionais.

Já com ela, eu confesso que não entendi muito bem qual é a da personagem. Claro, esses dois últimos episódios deram uma boa apressada para poder resolver o problema dos três servos o mais rápido possível, então futuramente a relação deles com a Myne e com seus próprios problemas devam ser melhor exploradas.

Porém no final das contas ele serve mais como um episódio para desenvolvimento de trama mesmo, ainda que com algumas coisas bem interessantes como a participação do Lutz e da preparação de algo adorado por muitas pessoas de nosso mundo contemporâneo, a pizza. É, não tinha como não citar, mas por falta de espaço fica só a citação mesmo.

Enfim, esse foi o episódio, e foi bastante agradável de se assistir. Bem, quando Honzuki não o é? E que os outros episódios continuem agraciando nossos finais de semana, até mais.

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