Outro ótimo episódio desse ótimo anime. É hora de Deca-Dence no Anime21!

O que fez a primeira metade do episódio ser tão boa foi o frescor da novidade, surrupiar o antigo corpo do Kaburagi naquelas condições, com uma adversidade daquelas, foi ao menos um pouco emocionante, e a coisa foi bem envelopada, pois a trilha sonora desse anime combina demais com a pegada sci-fi da obra, além da discussão do plano ter sido até interessante.

A ideia segue sendo sonhadora, mas não se pode negar que é uma forma válida de fazer a Natsume descobrir a verdade, durante a execução do plano. Só o que eu não gostei foi do desfecho, tinha tempo para colocar aquilo na câmara e reaver o corpo? Foi meio bobo, mas tudo bem, não é detalhe relevante, fica a licença cômica para essa situação inusitada.

E era óbvio que o Kabu chamaria a Natsume para o serviço, não é como se tivesse outra pessoa a qual pedir ajuda mesmo, além de que ela pode lutar e quer detonar o status quo. Até aí tudo bem, o problema se dá quando há um contexto por trás da missão, o qual ela desconhece, além de uma revolução carecer de
mais que um plano e alguns poucos gatos pingados.

Enfim, a conversa com o comandante foi o momento em que a fragilidade do plano ficou mais clara, mas não foi só isso, afinal, de uma vez por todas o Kabu revela porque a Natsume o cativa tanto, porque ela é a liberdade que ele, como ciborgue, nunca teve. Não que isso seja exatamente surpresa, mas a exposição do ponto de vista falando pela raça foi interessante.

O sistema força os ciborgues a aceitarem o mundo e o entretenimento sem direito a real liberdade, o que se aproxima com a falta de liberdade dos humanos, mas ao mesmo tempo se distancia já que em seus microcosmos eles tentam subverter as amarras que lhe são impostas. Não é só a Natsume não, afinal, a garota não é a única Tanker a lutar por mudanças.

Mas sim, o Kaburagi toma a Natsume de exemplo para sua própria vida, é a vontade de decidir o próprio destino o que ele quer proteger e para isso ele terá que mudar o mundo, o problema é que, como em todo plano louco, não teria como não haver quem não visse futuro em tudo isso, além de que se há um elo fraco entre os revoltosos, este é sim o alcoólatra.

É uma construção simplória, é verdade, mas nem foi exatamente pelo vício que o ciborgue foi coagido e sim por sua falta de convicção com a causa, a qual já havia ficado bem clara com a bebedeira em meio ao resgate. Sendo assim, faz sentido que ele seja esse elo fraco e que seja explorado para melar o plano. Eu só queria saber se a ideia da “cobra” foi dela ou não…

Se vai dar certo é outra história, eu aposto em um desenrolar bem plausível, que é a destruição não se concretizar, mas ao menos a Natsume conhecer a verdade e isso fortalecer a empreitada, duas cabeças pensam melhor que uma, né, pelo menos se as duas conseguirem se manter coladas ao corpo. Eu creio que o futuro é promissor, mas inevitavelmente árduo.

Até a próxima!

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