Outro ótimo episódio, mas que não empolgou muito, apesar da protagonista ter se destacado. Tenho algumas observações a fazer sobre o torneio, outras sobre as personagens, mas nada assim tão profundo. É hora de subir pelas paredes no Anime21!

O contraste entre uma veterana e uma novata já nos primeiros minutos do episódio foi flagrante. Enquanto a fera se comporta de forma diferente da confiança que deveria ter, a Konomi é confiante demais para uma novata e isso nos faz ver como o nível de preparo para uma competição não depende só da experiência, mas também de um psicológico forte e, é claro, de coragem.

Porque a Konomi traçou uma estratégia ousada, mesmo pensando em suas características como escaladora. Se ela decidiu por analisar profundamente o quebra-cabeça e só assim escalar a parede é porque tinha convicção de que alcançaria o tipo. E é aí que pode morar o problema, porque nada garante que ela conseguirá subir a quarta parede ou mesmo ganhar assim na final.

E nem me refiro ao nível de dificuldade crescente dos problemas, mas o excesso de confiança da garota, o qual sequer vem da soberba, mas sim da alta concentração no quebra-cabeça a sua frente. Isso pode ser um problema, a cena da Jun falando para ela se tocar ao menos de enxugar o suor me fez pensar nisso, apesar de que, no geral, ela só acumulou glórias nesse episódio.

A Konomi escalou os três problemas de primeira e gostei de como isso pressionou as outras escaladoras na sala de espera, já que dava para ouvir a reação do público e era algo tão eufórico que só dava para pensar nisso mesmo. Além disso, o sucesso de uma escaladora simbolizava o avanço de outro ao palco da disputa e isso questiono pela possibilidade de espiar a parede.

Não percebi se a divisória dificultava isso, mas ao longe, ao entrar no salão, alguém com memória fotográfica não seria capaz de memorizar os obstáculos e se preparar de antemão? Claro que isso só valeria em uma situação bastante específica e ainda assim não seria algo fácil, então, pondo na balança um tempo razoável de disputa e a inexistência de vantagens, foi o melhor.

Enfim, o que fez a Konomi se sair surpreendentemente bem para uma novata foi sua capacidade analítica tão acima da média, a qual justificou a brincadeira com a versão high-tech da protagonista e as especificações tão complexas de cada obstáculo. É algo do qual gostei, mas sei que foi só para dar uma disfarçada na animação, cada vez menos exigida a cada parede escalada.

Acho uma pena que Iwakakeru não empolgue tanto em fluidez de animação na escalada, mas acho que os artifícios usados e as peculiaridades de cada personagem atenuam um pouco sim, pois acaba sendo divertido acompanhar as escaladas mesmo assim. Contudo, também não posso negar que há episódios mais e menos interessantes e esse foi um desses menos “legais”.

Só que, ainda assim, foi um bom episódio, afinal, deu para conhecer um pouco mais de certas personagens, ver a Konomi se dando bem por méritos próprios, dentro de uma coerência narrativa que não surpreende, e até mesmo chacoalhar algo que ficou no ar episódio passado: a rivalidade da 2° bailaria com a protagonista. Aliás, ambas ficaram para trás, a rivalidade e ela.

A garota foi pulverizada e mesmo que a Konomi fracasse na última parede das semis duvido que seu resultado seja pior que o de sua rival. Uma das duas não deve chegar as finais tendo apenas seis vagas, mas me pergunto se a Konomi chegará, porque a prévia dá a entender um fracasso e, repito, aqueles olhos fissurados dela e seu sucesso meteórico foram perfeitinhos demais.

Não vou me espantar se a Konomi ficar de fora da final, assim como não vou me espantar se ela chegar a final e nela fracassar, porque vai ser surpreendente mesmo é se ela vencer. Não me parece hora disso, dá até para dizer que uma derrota agora fará o favor de moldá-la para uma vitória futura. Inclusive, a Cool Kurusu (que negócio irritante) pode ser essa grande rival no final.

Até a próxima!

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