O episódio de início ao fim teve a Inarizaki no domínio absoluto da partida É impossível não destacar os gêmeos Miya aqui, que brilharam mais do que nunca. Escolher qual dos dois eu vou destacar primeiro é inútil, porque em ambos eu irei destacar as mesmas capacidades. Que tão bem demostraram nesse episódio.

Atsumu com seus levantamentos é espetacular, mas se precisar de alguém para fazer essa função então saiba que o seu irmão gêmeo está à disposição. Osamu por sua vez está sempre preparado para o ataque, mas se precisar de outro pode contar com o Atsumu também. É quase como se a Inarizaki tivesse dois jogadores a mais em quadra. São membros fortes de uma equipe forte com uma mentalidade forte.

E nisso o lema da Inarizaki “Não precisamos de memórias” é muito revelador. E bem poderoso também. De início parece apenas uma frase de efeito sem o menor conteúdo. E de fato há motivos de sobra para desgostar dela. Mas ainda assim ela esconde sua própria verdade.

O treinador da Inarizaki diz “Se ficarmos presos no ontem, o que seremos amanhã?” e o desapego do Atsumu com as glórias da sua equipe se baseia exatamente nisso. Pois ao negar o passado a única coisa que resta é o presente, e o presente é a única estrada que pode leva-los para o futuro que tanto anseiam. É o pensamento do verdadeiro vencedor. Não daquele que venceu, mas daquele que vencerá.

Algo que torna a situação da Karasuno ainda mais desesperadora é o fato que ela não cometeu tantos erros assim. De diversas formas foi uma excelente partida de sua parte. O Tanaka teve uma chance de brilhar mas foi parado. O Tsukishima quase parou dois adversários seguidos. O Azumane quase fez um belíssimo ponto de saque. Bons momentos não faltaram. Mas os poucos momentos que a Karasuno pontuou mais pareceu sorte do que competência.

Quando Ojiro Aran corta aquela bola, completamente livre de defensores, todos nós (fora e dentro de quadra) somos surpreendidos pelo pequeno Hinata. Essa cena é grandiosa, mas todas as que vieram em sequência foram incríveis. Inclusive uma do próprio Hinata, onde além de salvar o time buscando a bola que saía de jogo ele ainda correu e se colocou em posição de ataque outra vez.

O vento estava soprando para o lado da Karasuno e todos os corvos voavam numa mesma direção. Tudo isso por conta de um único lance, de uma única pessoa; Hinata Shouyou. Aliás, mesmo que a cena seja repentina ela ainda é muito bem trabalhada. Nos remete de imediato a temporada passada, e de certo modo tudo que o Hinata treinou e se esforçou até então.

Mas mesmo essa mudança nos ventos não foi capaz de mudar a situação. Na realidade ela pareceu até piorar, transformando aquela grande e valente ofensiva no último suspiro de um time já derrotado. Mas é até engraçado ver o quão rápido as coisas podem mudar por motivos tão simples como a vontade de uma única pessoa.

Na verdade é esperado que a Karasuno não se abata por completo tendo em vista todas as experiências e dificuldades que já superou mas surpreendente foi o quão rápido fez isso. E ainda mais, agora o time está cheio de “fome” como o Osamu bem notou. Veremos quem dos dois times será o mais faminto e quem irá devorar quem.

Esse foi sem dúvidas um dos meus episódios favoritos dessa temporada. Além de ser outro onde a parte técnica estava espetacular. A animação teve os seus grandes momentos e a direção brilhou inúmeras vezes aqui. Além de excelentes escolhas de adaptação que conseguiram manter o brilho das cenas originais, senão até aumentando-as.

Agora sim o anime está mostrando do que é capaz. Se essa partida esquentou, então os próximos episódios estarão pegando fogo. Até mais.

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